Vista Alegre: o maravilhoso mundo da fina porcelana portuguesa
Visitamos o ótimo museu da marca - e mergulhamos no complexo da fábrica que inclui uma linda capela, um teatro e até um novíssimo hotel de luxo
![A entrada do museu, no edifício da antiga fábrica: viagem no tempo](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/09/dsc0872.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Corria o ano de 1824 quando o empresário português José Ferreira Pinto Basto decidiu se enveredar em novos negócios numa área em que não tinha a menor experiência: a da fina porcelana. Tudo o que sabia era quem eram as maiores referências mundiais e que queria obstinadamente uma coisa: sucesso.
![O forno de meados do século 20: processo manual](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/09/dsc0874.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Os primeiros anos foram de tentativas, muitos erros e poucos acertos. Mas de repente a sorte começou a mudar. Vieram artistas do estrangeiro, as técnicas foram sendo aprimoradas e nascia assim uma das maiores joias portuguesas de todos os tempos: a porcelana Vista Alegre.
![Antigos funcionários retratados pelo artista Victor Rousseau no século 19](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/09/dsc0885.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Desde sempre o complexo da fábrica ocupou o mesmo espaço à beira-rio de Ílhavo, cidadezinha a poucos minutos de Aveiro (leia mais sobre a “Veneza portuguesa” neste post aqui). Ali, desde o início, formou-se o bairro operário, com tudo o que tinha direito: casas para os funcionários, uma capela, um teatro, o palacete dos proprietários.
![O palacete dos proprietários: hoje parte do hotel de luxo](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/09/dsc0992.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Continua tudo lá – e hoje esta história é narrada no incrível Museu Vista Alegre, completamente reformado e reinaugurado no final do ano passado (junto com um ótimo hotel da marca que será tema do meu próximo post).
![Serviço com brasões no acervo do museu: aula de história](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/09/dsc0898.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
O acervo de peças inclui de experimentos em vidros e técnicas frustradas de vitrificação até coleções assinadas por grandes nomes das artes e da arquitetura…
![A evolução das pinturas em xícaras](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/09/dsc0910.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
…de objetos de coleção (ainda hoje a marca tem um clube de colecionadores que tem acesso a peças numeradas e restritas) a serviços oferecidos a reis e rainhas.
![Peças de decoração: artigos raros de coleção](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/09/dsc0901.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Percorrer as 14 salas dedicadas às peças é como viajar no tempo pelas tendências artísticas de cada época. Eu particularmente adoro os exemplares art nouveau.
![Objetos dos funcionários: dia a dia da antiga produção](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/09/dsc0894.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Também se vê um pouco do dia a dia dos antigos operários e se conhece um pouco do ofício – logo na entrada, por exemplo, fica um incrível forno de meados do século 20 – impressionante ver como era alimentado com carvão e como ficava vitrificado por dentro com o uso.
![O ateliê de pintura manual na fábrica: museu ao vivo](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/09/dsc0922.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Mas o highlight é ver como trabalham os minuciosos artistas que, ainda hoje, pintam as peças mais finas à mão. Uma a uma. Durante a semana, quando a fábrica está aberta, é possível conhecer de perto o trabalho ultra delicado deles. Imperdível.
![Detalhe das tintas e pincéis dos artistas: peças pintadas a mão ainda nos dias de hoje](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/09/dsc0931.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Já do lado de fora do museu, sob a sombra de frondosas árvores, estão as outras pérolas locais: a Capela de Nossa Senhora da Penha de França, mandada construir pelo bispo D. Manuel de Moura Manuel em finais do século 17, recheada com incríveis painéis de azulejos, afrescos, pinturas e um túmulo que é considerado verdadeira obra de arte…
![O interior da capela do século 17: lindos painéis de azulejos](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/09/dsc0981.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
… o teatro que até hoje recebe espetáculos…
![A sala de teatro que ainda hoje recebe espetáculos: uma pérola](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/09/dsc0987.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
… e lojas: um enorme showroom e uma loja de fábrica com peças em promoção (oba!).