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Roteiro para um fim de semana em Belo Horizonte

Um itinerário com bons museus, belos parques e muita culinária típica para passar 48 horas na capital de Minas Gerais

Por Fábio Paschoal
Atualizado em 9 set 2021, 22h22 - Publicado em 31 jul 2012, 12h02
Mais de 2 mil peças dos séculos 18 ao 20, vídeos e jogos interativos explicam o surgimento de diversas profissões no Museu de Artes e Ofícios
Mais de 2 mil peças dos séculos 18 ao 20, vídeos e jogos interativos explicam o surgimento de diversas profissões no Museu de Artes e Ofícios (/)
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Atualizado em dezembro de 2018

Belo Horizonte é uma cidade que mistura modernidade com ares de interior. Localizada entre montanhas, rodeada por cachoeiras e cidades históricas, a capital de Minas Gerais conta com um valioso patrimônio arquitetônico que mistura construções clássicas e as linhas curvilíneas de Oscar Niemeyer. Suas praças dividem o espaço com ótimos museus, que contam a história do povo mineiro e suas tradições.

A gastronomia não fica de fora. Tem pra todos os gostos: dos restaurantes italianos e franceses com pratos refinados até os botecos que servem boas cachaças acompanhadas de petiscos bem mineirinhos. Essa culinária boêmia deu origem ao concurso Comida di Buteco, que começou em “Beagá” e se espalhou para outras quinze cidades do Brasil.

Preparamos um roteiro de 48 horas em Belo Horizonte para você descobrir as maravilhas da capital de Minas Gerais.

Dia 1

Nossa jornada tem início na Savassi, um dos bairros mais vibrantes de Belo Horizonte. Comece o dia com uma caminhada na Praça da Liberdade. Seus jardins, inspirados no francês Palácio de Versalhes, são um convite aos passeios matinais. Ao seu redor estão construções do século 19, como o Palácio da Liberdade, que dividem a cena com o design moderno do Edifício Niemeyer.

Aproveitando que está aqui, percorra os principais museus do Circuito Cultural da Praça da Liberdade. Inicie o passeio pelo Memorial Minas Gerais – Vale, que conta a história da terra do ouro utilizando instalações interativas. Seis ícones da história mineira foram homenageados: Lygia Clark, Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Sebastião Salgado, Humberto Mauro e Milton Nascimento, todos com espaços dedicados às suas obras.

Atravesse a rua para conhecer o planetário do Espaço do Conhecimento UFMG. O ideal é chegar 30 minutos antes da sessão porque só há 65 lugares. Após aprender sobre as estrelas e constelações, visite o Museu das Minas e do Metal – MM Gerdau, no mesmo quarteirão. O casarão, que já abrigou a Secretaria da Educação, possui um acervo interativo e um elevador que simula uma descida a uma mina. Como essas duas atrações abrem tarde, talvez valha a pena ter que optar por uma delas e fazer um passeio mais calmo, sem correrias.

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É hora de rumar para o centro e matar a fome em um dos botecos do Mercado Central. No segundo andar fica o badalado Casa Cheia. Não deixe de provar as almôndegas exóticas, com carne de sol, recheadas com queijo e acompanhadas de creme de abóbora com manjericão.

Após forrar o estômago faça valer o passeio: ande pelas 450 barracas e vivencie as cores, os aromas e os sabores do mercadão. Procure por delícias típicas mineiras como o queijo minas, o doce de leite ou até por uma cachacinha. A Banca do Ronaldo (lojas 34 e 141) conta com 450 rótulos para você presentear o amigo que gosta de uma branquinha para abrir o apetite.

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Siga para o Museu de Artes e Ofícios na Praça Rui Barbosa. Com mais de duas mil peças dos séculos 18 ao 20 você irá viajar pela história de diferentes profissões em um verdadeiro tributo aos trabalhadores brasileiros.

No fim da tarde vá ao Parque Municipal na Avenida Afonso Pena. Passeie pelos jardins, caminhe em volta do lago e visite o orquidário. Ao lado fica o Palácio das Artes, que recebe shows e teatros.

Passe na esquina da Av. Getúlio Vargas com a rua Santa Rita Durão onde fica a Sorveteria São Domingos, uma das mais tradicionais de Belo Horizonte. Os sorvetes de fabricação própria são apreciados desde a década de 1930. Cupuaçu, jabuticaba e tamarindo estão entre os sabores mais exóticos. Opções como chocolate, coco, amarula e pistache têm bastante saída.

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Se preferir volte ao hotel para se refrescar antes do jantar. Para um ambiente mais descontraído, vá a botecos como Café Palhares e Chef Túlio estão sempre agitados à noite. Se ainda tiver pique, o A Obra, na Savassi, recebe bandas e DJs.

Dia 2

Após um dia explorando a área central de Belo Horizonte, é hora de conhecer o Complexo Arquitetônico da Pampulha, projetado por Oscar Niemeyer, a pedido do então prefeito Juscelino Kubitscheck, para ser o mais belo bairro do Brasil. As construções, que contornam a lagoa e viraram símbolo da cidade, dividem o espaço com jardins de Burle Marx. Vá de carro para ver todas, pois são 18 quilômetros a serem percorridos.

Comece pela Igreja de São Francisco de Assis, um dos ícones da capital mineira, que une as linhas arrojadas da arquitetura de Niemeyer com a sensibilidade da pintura de Cândido Portinari. O painel de azulejos do pintor adorna a construção do arquiteto. Visite depois a Casa do Baile. Com suas formas sinuosas, a construção parece uma continuidade da lagoa. Se tiver tempo sobrando, vá ao Museu de Arte da Pampulha. O prédio, que funcionou como cassino, já é uma obra de arte. Trabalhos de Portinari, Di Cavalcanti, Guignard, entre outros grandes artistas, estão no acervo do museu.

Pertinho do Complexo da Pampulha está o Zoológico, que possui um aquário com 1 200 peixes, de 50 espécies diferentes, do Rio São Francisco. Pelas ruas do parque você irá achar mais de 200 espécies de animais e um borboletário com mais de 1 000 insetos. Em função dos trabalhos de combate à febre amarela, para acesso ao Zoológico é necessária a apresentação do cartão de vacinação comprovando vacina contra febre amarela tomada há mais de 10 dias e documento de identidade pessoal com foto.

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Aproveite que está na região para almoçar em um dos restaurantes mais famosos da capital, o estrelado Xapuri. O restaurante comandado pela chef Nelsa Trombino serve pratos típicos da culinária mineira.

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Para o final de tarde veja o pôr do sol na Praça do Papa, uma das vistas mais belas da cidade. Aproveite para passar na folclórica “Rua do Amendoim”. Qualquer belo-horizontino irá dizer que é só desligar o carro e tirar o pé do breque para o veículo começar a subir a ladeira.

Vista da praça do Papa, em Belo Horizonte, Minas Gerais
Vista da praça do Papa, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Crédito: Bruno do Val Benes ()
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Está com fome? Escolha entre um dos restaurantes estrelados da cidade, como o Taste-Vin, ou rume para a Rua Barreiro de Baixo e conheça o Bar do Zezé, tricampeão do concurso Comida di Buteco de Belo Horizonte. O músculo cozido com feijão andu, calabresa, bacon e mandioca amarela na manteiga de garrafa foi campeão em 2011.

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Para quem gosta de shows de rock, faça a balada no Jack Rock Bar, na Avenida do Contorno.

Importante: não comece, nem termine, suas 48 horas em Belo Horizonte numa segunda-feira. Nestes dias boa parte dos museus, e até alguns espaços públicos, estão fechadas para o público.

Se você tem mais dias em Belo Horizonte…

Não deixe de visitar o Instituto Inhotim, em Brumadinho, a 63 quilômetros da capital. Possui centenas de obras de arte contemporânea expostas entre palmeiras, eucaliptos e lagos. Também é possível fazer um bate e volta à histórica cidade de Ouro Preto.

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