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As exposições permanentes do Museu da Língua Portuguesa

São três andares para explorar a diversidade linguística e riqueza cultural do português em pleno centro de São Paulo

Por Rebeca de Ávila
Atualizado em 20 abr 2024, 01h13 - Publicado em 19 abr 2024, 18h00
Museu da Língua Portuguesa, São Paulo
Museu reabriu em 2021, após incêndio destruir o prédio seis anos antes (Ciete Silvério/Museu da Língua Portuguesa/Divulgação)
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O Museu da Língua Portuguesa foi inaugurado na Estação da Luz em São Paulo em 2006. O local escolhido para abrigar a instituição tem sua simbologia. Afinal, foi um dos principais pontos de passagem dos imigrantes que chegavam ao Brasil no final do século 19 e muitos sotaques e culturas convivem lá até hoje.

O museu foi atingido por um incêndio de grandes proporções que engoliu seus três andares em 2015 e só voltou a receber visitantes seis anos depois, em 2021 mesmo ano em que o acervo da Cinemateca Brasileira, outro patrimônio brasileiro, foi atingido por chamas.

Para a reabertura, novas experiências interativas e audiovisuais foram criadas, mas o objetivo permanece o mesmo: revelar as particularidades do português brasileiro, demonstrar como nossa vida é influenciada pela linguagem e valorizar a riqueza cultural do idioma, de Portugal ao Timor Leste.

Confira abaixo todas as exposições permanentes do Museu da Língua Portuguesa:

3º ANDAR: LÍNGUA VIVA

O percurso sugerido pelo museu começa no terceiro andar, com a exposição de longa duração Língua Viva, que apresenta como o português do Brasil tem diferentes manifestações em conversas de rua, músicas, grafites, livros e rezas. A exposição está dividida entre as seguintes seções:

Falares

O português que falamos varia de acordo com a região brasileira em que vivemos. Aqui, vídeos de pessoas em tamanho real demonstram a riqueza linguística e a diversidade de sotaques, vocabulário e visões de mundo expressas pelo idioma. São dez telas de falantes de diferentes origens socioculturais e cantos do país.

Língua Solta

A instalação com grafite do artista de rua Daniel Melin preenche todo o corredor que leva ao auditório. A obra une imagens do coletivo Projetemos, que faz projeções luminosas pela cidade, e a obra de Rubens Gershman, “Lute”, originalmente colocada na Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, durante a ditadura militar, em 1967.

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O que pode a língua?

O filme de Carlos Nader trata da complexidade de ações tidas como banais, como falar, escrever, entender e ler. Há uma rede de relações narrativas na concatenação de palavras e na forma como nos comunicamos uns com os outros. Para acessar o auditório, é preciso retirar uma senha com a equipe do museu.

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Praça da Língua

Para criar um planetário de palavras no teto do Museu, foram selecionados textos da literatura brasileira e trechos de música em um espetáculo de luz e som. A Praça da Língua também exige a retirada de uma senha para ser acessada.

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*Bônus: Terraço Paulo Mendes da Rocha

Desde a reabertura do museu, o Terraço da Estação da Luz não tem mais acesso restrito. De cima, o Centro de São Paulo e a Praça da Luz se estendem no horizonte e você pode chegar perto da histórica torre do relógio.

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2º ANDAR: VIAGENS DA LÍNGUA

No segundo andar, outra exposição de longa duração: Viagens da Língua faz um passeio por continentes e séculos através de objetos, textos, mapas animados, vídeos históricos e jogos, que revelam as transformações da língua portuguesa e seu parentesco com outros idiomas. As seções que fazem parte da mostra são:

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Línguas do Mundo 

Como em uma floresta sonora, a instalação permite que os visitantes escutem áudios de 23 das mais de sete mil línguas existentes no mundo. Os idiomas escolhidos têm ligação com o Brasil por serem de povos originários ou terem sido trazidos ao país pela imigração. É preciso chegar perto das colunas, que parecem troncos de árvores, para ouvir as músicas, diálogos ou poemas.

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Laços de Família 

Um painel iluminado reconstrói a genealogia da língua portuguesa. A árvore genealógica parte do indo-europeu e se ramifica para vários outros idiomas, passando inclusive por línguas mortas, até chegar no português.

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Rua da Língua

Provérbios, pichações, propagandas, trechos de canções e outras manifestações urbanas cotidianas da língua portuguesa estão gravadas em uma tela de 106 metros de comprimento, que atravessa o museu de uma ponta a outra. Há fragmentos de poesia visual e sonora.

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Beco das Palavras

Mesas interativas com sensor de movimento criam um jogo para os visitantes juntarem sílabas “flutuantes”, formarem palavras e descobrirem sua origem. 

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Palavras Cruzadas

Assim como as outras línguas, o português do Brasil tem suas peculiaridades. Nessa seção, oito totens interativos explicam quais foram as influências e os povos que formaram o idioma brasileiro e revelam a origem de palavras que usamos todos os dias, mas que vieram de outras línguas, como tupinambá e francês.

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O Português do Brasil

A linha do tempo conta a história de modificações e criações pelas quais o português passou no território brasileiro, desde o latim até a chegada no país e as transformações com influências indígenas, africanas e de outros povos.

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Nós da Língua

No total, a língua portuguesa é falada em cinco continentes por 261 milhões de pessoas. Aqui, os visitantes acessam mapas, entrevistas, documentários e poemas de Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Macau, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, países do mundo lusófono.

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Línguas do Cotidiano

Hora de sentar e assistir a vídeos em um miniauditório. As produções são originais da Grande Galeria do Museu da Língua Portuguesa e mostram a diversidade do português falado no Brasil.

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1º ANDAR

O primeiro piso do museu é dedicado às exposições temporárias: confira a programação no site.

Serviço

Quando? De terça-feira a domingo, das 9h às 16h30.

Quanto? R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Entrada gratuita aos sábados mediante emissão dos ingressos no Sympla, onde também é possível comprar os bilhetes para outros dias.

Onde? Praça da Luz, s/nº – Portão 1, São Paulo. O museu está no edifício da Estação da Luz, que atende as estações 1-Azul e 4-Amarela do metrô e 7-Rubi e 11-Coral da CPTM. O acesso dos visitantes é feito pelo Portão A, em frente à Pinacoteca.

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