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Morro da Urca: como é subir a trilha gratuita até o mirante

A escadaria na Pista Cláudio Coutinho é para quem tem fôlego, mas a vista compensa

Por Malu Jansen
3 Maio 2024, 15h00

Talvez você não saiba, mas tem como subir o Morro da Urca, no Rio de Janeiro, – o mesmo em que chegam os teleféricos do Parque Bondinho – sem pagar nada. O trajeto é por meio de uma trilha que vai até o topo, com muita escada. A dica veio de um amigo carioca, que eu e minha mãe decidimos encarar. 

O percurso começa pela Pista Cláudio Coutinho, cuja entrada fica logo ao fim da Praia Vermelha. O acesso é bem fácil de achar e fica aberto das 6h às 18h. Essa pista foi feita apenas para caminhada e corrida – não é permitido andar de bicicleta, patins ou patinete. O trecho dá a volta no Morro da Urca e tem 1,5 km de extensão. O lugar é uma delícia, com pouco desnível e uma paisagem encantadora – com o mar à direita e árvores à esquerda. 

Pista Cláudio Coutinho, Rio de Janeiro, Brasil
A caminhada começa pela tranquila Pista Cláudio Coutinho (Malu Jansen/Arquivo pessoal)

A trilha que dá acesso ao topo do Morro da Urca fica à esquerda, onde há uma placa indicando o início do percurso e algumas regras, que em geral versam sobre o bom senso, como não deixar lixo pela trilha e seguir o caminho demarcado. Além disso, o parque pede que grupos com mais de 30 pessoas agendem por meio do e-mail monapaodeacucar@yahoo.com.br, por conta do impacto ambiental de grupos maiores. 

Como é a subida

Vale prestar atenção no horário de funcionamento da Trilha do Morro da Urca, que não é o mesmo da Pista por conta do funcionamento do Parque Bondinho. De segunda a quinta-feira, a trilha funciona das 9h às 17h e, de sexta-feira a domingo, o horário vai das 8h às 17h. Importante: leve uma garrafa de água e repelente – só tem para comprar lá em cima, no fim da trilha. 

Uma questão que pode preocupar potenciais trilheiros é a segurança, já que muitas vezes os caminhos podem ser bastante desertos. A vantagem da Pista Cláudio Coutinho e da trilha que sobe até o Morro da Urca é o fato de estar dentro de uma área militar, então ali no entorno estão a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, o Instituto Militar de Engenharia, o Clube Círculo Militar e a Escola Superior Naval. Logo no acesso da Pista Cláudio Coutinho, havia dois policiais monitorando a entrada, o que me deu uma sensação de segurança maior. O dia em que subimos era uma sexta-feira e cruzamos com pouquíssima pessoas ao longo da trilha. Ainda que tenha me sentido segura, eu evitaria fazer a trilha sozinha. 

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Trilha do Morro da Urca, Rio de Janeiro, Brasil
Calma, esse é só o começo da trilha! (Malu Jansen/Arquivo pessoal)

O caminho até o Morro da Urca tem cerca de 900 metros e o tempo que levamos foi de 40 minutos, já que é praticamente só subida. Por sorte não há a necessidade de fazer escalada, como na Pedra da Gávea, já que grande parte da subida é feita por escadas. Quase todos os trechos possuem corrimão ou cordas para auxiliar na subida. A dica é andar devagar, inspirar pelo nariz e expirar pela boca, além de fazer paradas para descansar – a cada cinco minutinhos fazíamos uma parada para recuperar o fôlego e tomar um gole de água para continuar a subida. 

Não há vista pelo caminho, que é cercado apenas pela mata. Mas, se tiver sorte, é possível encontrar alguns macaquinhos e micos ao longo do percurso – não foi o nosso caso. Também há algumas espécies raras de árvores, como o pau-brasil. 

A chegada

Depois de uns trinta minutos, chegamos ao primeiro mirante, que fica em um deck voltado para a pequenina (e charmosa) Praia da Urca. Depois, mais uns minutos levam até a entrada do Parque Bondinho, que é a primeira parada dos teleféricos.

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Trilha do Morro da Urca, Rio de Janeiro, Brasil
A pequena Praia da Urca vista de cima (Malu Jansen/Arquivo pessoal)

Atravessamos a catraca (livre) e finalmente estávamos no alto do Morro da Urca, com toda a estrutura do Parque Bondinho, como bebedouro, lojas, restaurantes, lanchonetes, além do mirante com a vista panorâmica para o Rio. Lá do alto conseguíamos ver o Corcovado, o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar e a Baía de Guanabara. Que arraso!

Trilha do Morro da Urca, Rio de Janeiro, Brasil
O Cristo Redentor ao fundo visto do mirante do Parque Bondinho (Malu Jansen/Arquivo pessoal)

Aquela é o ponto de chegada do teleférico e também base para dar sequência ao passeio e seguir até o Pão de Açúcar. O preço do bondinho é de no mínimo R$ 150 por adulto e R$ 92 para crianças e idosos. Até ali, eu e minha mãe não tínhamos gasto um tostão. 

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De lá, após tirar belas fotos, há três opções: comprar o teleférico que sobe da estação da Urca até o Pão de Açúcar e depois descer de volta para a Praia Vermelha (R$ 130 a inteira); descer diretamente do Morro da Urca até a Praia Vermelha de teleférico (R$ 45 a inteira); descer pela mesma trilha da subida sem pagar nada. Dá para comprar os ingressos lá em cima mesmo, por meio de totens bem fáceis de usar – o legal é que dá para ver o nível de cansaço e decidir na hora. 

Trilha do Morro da Urca, Rio de Janeiro, Brasil
Optamos a descida pelo Bondinho, que dá direito a essa vistona da Praia Vermelha (Malu Jansen/Arquivo pessoal)

Nós optamos pela descida de teleférico até a Praia Vermelha, para poupar os joelhos das escadas. Chegando lá embaixo, fomos direto dar um mergulho na Praia Vermelha, aquela recompensa que o Rio entrega como nenhuma outra cidade. 

Praia Vermelha, Rio de Janeiro, Brasil
Ao fim do passeio, vale dar aquele mergulho na Praia Vermelha (Malu Jansen/Arquivo pessoal)
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Trilha do Morro da Urca

A trilha funciona de segunda a quinta-feira das 9h às 17h e de sexta-feira a domingo das 8h às 17h. 

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