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Pinacoteca inaugura a maior exposição de Adriana Varejão

A mostra conta com trabalhos inéditos e as séries mais relevantes da artista plástica carioca

Por Beatriz Neves
Atualizado em 18 abr 2022, 19h07 - Publicado em 18 mar 2022, 11h51
Adriana Varejão
"Atlântico", uma das obras que compõem a retrospectiva de Adriana Varejão na Pinacoteca de São Paulo. Crédito: (Vicente de Mello/Divulgação)
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A Pinacoteca de São Paulo abriga a mostra Adriana Varejão: Suturas, Fissuras, Ruínas a partir do dia 26 de março. Trata-se da exposição mais abrangente da artista carioca até hoje, reunindo mais de 60 obras realizadas entre 1985 e 2022. O trabalho de Varejão faz referência à diversas culturas, além de utilizar múltiplas histórias sobre a formação da identidade nacional. O corte, a rachadura, o talho e a fissura são elementos recorrentes nos trabalhos da artista desde 1992 (para se aprofundar no tema, leia Pérola imperfeita: a história e as histórias na obra de Adriana Varejão, escrito pela artista junto com a antropóloga Lilia Moritz Schwarcz).

Jochen Volz, diretor-geral da Pinacoteca, é quem assina a curadoria. A exposição ocupa sete salas do museu mais o Octógono. Entre as obras integrantes, estão produções dos anos 1980, como “A praia”, “O fundo do mar” e “O Universo”, como também inéditas, produzidas especialmente para esta exibição, são elas: “Moedor” (2021), “Ruína 22” (2022) e “Ruína Brasilis” (2021), que esteve na última exposição da artista em Nova York e que foi doada por Varejão à Pinacoteca.

Adriana Varejão
A criadora e suas obras, caracterizadas por fissuras, rachaduras e por utilizar azulejaria. Crédito: (Vicente de Mello/Divulgação)
Adriana Varejão
Tela “O iluminado”, de Adriana Varejão. Crédito: (Adriana Varejão/Divulgação)

Boa parte das obras tiveram pouco destaque no cenário nacional quando do lançamento, mas logo conquistaram o público internacional. Foi o que ocorreu com a tela “Azulejos” (1988), primeiro trabalho em que a artista utilizou um painel de azulejaria portuguesa inspirado no claustro do Convento de São Francisco, em Salvador. A peça antecede a série de obras sobre as cerâmicas lusitanas, uma matéria importante na trajetória da artista, tanto que uma das salas da exposição foi reservada para as pinturas influenciadas pelos azulejos de Portugal. A instalação “Azulejões” (2000) tem 27 telas de 100x100cm cada. Em 1998, a artista produziu a série das três grandes Línguas, que será exposta lado a lado pela primeira vez: “Língua com padrão em X”, “Língua com padrão de flor” e “Língua com padrão sinuoso”.

Adriana Verejão
“Estudo sobre o Tiradentes de Pedro Américo”, uma das obras em exposição. (Adriana Verejão/Divulgação)

Para esta programação, a curadoria buscou estabelecer um diálogo entre a exposição de Varejão com a nova apresentação da coleção permanente, inaugurada em outubro de 2020. A partir de então, “Proposta para uma catequese – Prato” (2014) entrou para o acervo da Pinacoteca, tornando-se uma instalação permanente que está em uma das salas do museu.

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Adriana Varejão
“Az. de cozinha com caças variadas” obra de Adriana Varejão. Crédito: (Adriana Varejão/Divulgação)

A exibição de Varejão dialoga com “Brasilidade Pós-Modernismos” que reúne no CCBB a produção de 51 artistas contemporâneos fortemente influenciados pela Semana de Arte Moderna (a mostra passou pelo Rio de Janeiro, São Paulo e de 5 de abril até 5 de junho ficará em cartaz no CCBB de Brasília; de 29 de junho a 19 de setembro será a vez de Belo Horizonte receber a mostra).

Adriana Varejão é nome consagrado no mundo das artes plásticas e já assinou exposições no MASP, no MoMA, de Nova York, e no Hara Museum of Contemporary Art, de Tóquio. O trabalho da artista carioca integra hoje coleções públicas e privadas como a Pinacoteca de São Paulo, o Museu de Arte do Rio (MAR) e o MASP. Em Minas Gerais, um pavilhão permanente dedicado à artista foi construído no Instituto Inhotim em 2008. Também está em coletâneas da Tate, em Londres, na Fondation Cartier pour l’Art Contemporain, em Paris, no MoMa e no Guggenheim, ambos em Nova York. Seus trabalhos mais importantes estão reunidos no livro “Entre Carnes e Mares”.

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A exposição ficará aberta ao público até 1 de agosto de 2022.

Serviço

Onde? Pinacoteca Luz – Praça da Luz 2, São Paulo, SP , 1º andar e Octógono

Quando? De quarta a segunda, das 10h às 18h.

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Quanto? R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia entrada).

Gratuito para crianças até 10 anos e pessoas acima de 60 anos. Gratuito aos sábados para todos os públicos.

Ingressos no site da Pinacoteca

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