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Bagan

Por Adrian Medeiros
Atualizado em 19 jun 2018, 17h12 - Publicado em 17 Maio 2012, 18h15

Estupendo. Empoleirado sobre um antigo templo budista, o pôr do sol que cai vermelho sobre Bagan é encantador. Centenas, milhares de estupas apontando para o céu formam com as montanhas ao longe um dos cenários mais poderosos do sudeste asiático.

As estupas são construções budistas que originalmente serviam para conservar relíquias ligadas a Sidharta Gautama, o Buda. Sua arquitetura de elementos verticais espalharam-se por todo o continente, do Japão ao Nepal, da Tailândia à Índia, terra de origem do budismo. Mas em nenhum outro lugar elas dominam tanto quanto aqui, num platô semi-desértico no centro do Mianmar. Muitos estão em péssimo estado de conservação, outros estão sendo recuperados com métodos que recebem críticas internacionais, outros continuam em pé, imponentes, atestando a importância desta fé no país. Em um passeio pelos campos, a pé, de charrete ou bicicleta, você poderá visitar alguns dos mais importantes: Ananda Pahto, de 1105, com seu elegante cimo dourado; Shwezigon Paya (1102), um dos mais belos do mundo e muito disputado para cerimônias religiosas; Shwesandaw Paya e o piramidal Dhamamyangyi, na região central; Mingalazedi, próximo ao vilarejo de Myinkaba, Dhammayazika e Bupaya, junto ao rio. A lista é interminável.

COMO CHEGAR

Via terrestre

Como um dos principais destinos turísticos no Mianmar, Bagan possui várias conexões para outra grandes cidades do país. Mas isso não quer dizer que sua vida será fácil. O ônibus noturno desde Yangon atrasa bastante nas já longas 9 horas do trajeto em estradas apenas razoáveis. Trens são um pouco melhores, mais confiáveis, seguros e pontuais. Os preços giram em torno de poucos dólares, mas a velocidade é de tartaruga. De Yangon para cá são 15 horas (US$ 50, a classe superior, enquanto que as classes comuns são bem baratas. De Mandalay, a duas partidas diárias, com preços módicos.

Via fluvial

De barco, ao longo do rio Ayeyarwady, desde Mandalay, a viagem leva 9 horas a razoáveis US$ 40 em acomodações simples. Há ainda outros ferries que fazem a viagem a um passo ainda mais lento, com viagens que duram mais de 14 horas a preços bem baixos. Esqueça a pressa e curta a paisagem.

Via aérea

Diversas companhias aéreas oferecem conexões entre Inle Lake, Bagan, Yangon e Bagan. A Air Bagan (www.airbagan.com) e Air Mandalay (www.airmandalay.com) são algumas das opções com voos diários.

COMO CIRCULAR

Vá de bike alugada (todos os hotéis e pousadas possuem algumas à disposição). Bagan é razoavelmente plana e há sempre um bom lugar para descansar e comprar água junto aos principais templos. Outra alternativa interessante é percorrer os principais pontos de interesse em charretes. É um meio de transporte lento e não muito confortável, mas conveniente, barato e possui um ponto positivo. Os condutores são quase sempre muito simpáticos e isso é uma ótima oportunidade para estar em contato próximo com os locais.

ONDE FICAR

Bagan possui algumas pousadas bem simples, mas que possuem o básico. Os quartos possuem ventilador, de vez em quando oferecem ar condicionado, banheiro privativo e café da manhã. Nada muito espetacular, tudo muito básico, mas limpo, barato e honesto. Para quem quer ter mais conforto, há alguns resorts de luxo, com campo de golfe e spa.

ONDE COMER

A gastronomia do Mianmar não é lá essas coisas e Bagan não é exceção. Você tem grande chance de comer aqui o espaguete ou pad thai mais insossos de sua vida. Mas, convenhamos, ninguém vem até aqui para um tour gastronômico. Há alguns restaurantes ao longo da estrada Bagan-Nyaung, baratos e limpinhos. Para os vegetarianos há o The Moon Vegetarian, muito bom.

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