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Poucos destinos no planeta estão tão marcantemente ligados a um homem e a um livro. O arquipélago de Galápagos, a mil quilômetros da costa equatoriana, estará para sempre ligado ao naturalista britânico Charles Darwin e seu seminal trabalho A Origem das Espécies. Darwin aqui passou em 1835, a bordo do navio HMS Beagle, e suas observações sobre a fauna local o levariam a criar sua provocativa e controversa teoria da evolução.
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O cientista inglês teve que viver com seus fantasmas até o fim da vida, muitos ataques vindos da ortodoxia da Igreja, mas hoje Galápagos vive outro dilema. Seu imenso potencial turístico e ainda mais valioso ecossistema sofrem ameaças causadas pelo homem. A população insular cresceu 300% em apenas duas décadas, assim como o número de visitantes quadruplicou, o que vem promovendo grandes esforços para sua preservação sustentável.
O grupo de 13 ilhas principais e dezenas de outras ilhotas no Oceano Pacífico preserva o habitat de espécies como iguanas, leões-marinhos e tartarugas-gigantes. Aves como albatrozes e os fundamentais tentilhões-de-Darwin também estão lá, sofrendo com a exploração turística que o governo tenta frear com altas taxas e limitação de entradas. Para os felizardos que aqui aportarem, além da observação dos animais as ilhas oferecem grutas, vulcões e belas praias e opções de mergulho como atrativos.
A principal porta de entrada para as ilhas é pela ilha de Santa Cruz, servida pelo aeroporto de Baltra. O local com as melhores acomodações turísticas é Puerto Ayora, de onde saem a maioria dos passeios.
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COMO CHEGAR
Não há voos diretos entre o aeroporto internacional de Quito e o Brasil. As opções aéreas são conexões via Panama com a Copa, Lima com a Taca ou Bogotá com a Avianca. Há uma grande oferta de voos que partem para Galápagos saindo deste aeroporto ou o de Guayaquil.
O principal aeroporto do arquipélago fica na ilha de Baltra (IATA: GPS) e o traslado normalmente é oferecido pelas operadoras.
ONDE FICAR
Você pode optar por se hospedar em hotéis em 4 ilhas: Santa Cruz, San Cristobal, Isabela e Floreana. É aconselhável para quem tem enjoo e não consegue ficar o tempo inteiro no barco. O problema é que é necessário pegar uma embarcação para fazer os passeios em outras ilhas, o que pode demorar 4 horas para ir e 4 para voltar em alguns casos.Se você não tem problemas em dormir com o balanço das ondas, vale a pena fazer um cruzeiro. A vantagem de ficar em alto mar é o tempo economizado. Enquanto você está sonhando com o que verá no dia seguinte, o navio está rumando para a próxima ilha. Com isso você consegue visitar mais lugares e ver mais espécies do que se ficar hospedado em terra. Mas não pense em nada luxuoso, com vários restaurantes, jantar com o comandante e festas de gala. Em Galápagos a vida selvagem e o relevo esculpido pela atividade vulcânica são as principais atrações. Atividades noturnas não são muito agitadas, pode ser um workshop de astronomia ou uma palestra sobre as atividades do dia seguinte. Mas você provavelmente vai querer descansar à noite, já que é necessário acordar cedo para fazer os passeios e pegar uma boa luz para fotografar os animais em sua hora de maior atividade.
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QUANDO IR
Galápagos é um destino que pode ser visitado durante qualquer período do ano. A melhor época para viajar ao arquipélago irá depender das condições climáticas que você prefere e da paisagem que você deseja encontrar.A alta temporada é entre meio de junho e começo de setembro e de meio de dezembro até meio de janeiro. Isso não tem nada a ver com a atividade dos animais ou com o clima, mas com as férias na Europa e nos Estados Unidos (de onde vem a maioria dos turistas que visitam a região). Durante esses períodos é muito difícil conseguir uma reserva de última hora, então é melhor se preparar com alguns meses de antecedência. No entanto, o Parque Nacional Galápagos limita o número de turistas que podem visitar cada ilha, então você nunca vai se sentir como se estivesse em um parque de diversões.Outro fator que deve ser considerado antes de ir é o clima.Durante a temporada de chuvas (dezembro a maio). Apesar de chover um pouco quase todo dia, a temperatura é mais elevada, tornando as atividades aquáticas mais confortáveis. No entanto, você encontrará menos peixes devido a menor quantidade de alimento disponível nessa parte do oceano. A paisagem nas ilhas muda completamente e as árvores e arbustos voltam a produzir folhas verdes. Quando as chuvas começam a se dissipar (em março e abril) várias plantas começam a florir e as ilhas são tomadas por cores diferentes.Durante a temporada de seca (junho a novembro) a Corrente de Humboldt chega às ilhas com força total, trazendo nutrientes, plâncton e as águas frias do fundo do oceano para a superfície. A fartura de peixes, que chegam à região para esse evento, é aproveitada pelas aves marítimas, que sincronizam seu período de reprodução com esse período para alimentar seus filhotes que esperam famintos nas ilhas. É a melhor época para se observar a vida marinha, mas você deverá enfrentar o mar gelado para alcançar o seu objetivo.
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