Hiroshima: quando ir, como circular, passeios, hotéis e mais
![Em 6 de agosto de 2015, garoto japonês solta lanterna de papel no rio em frente ao Domo da cidade de Hiroshima, para lembrar os 70 anos da bomba atômica lançada sobre a cidade Em 6 de agosto de 2015, garoto japonês solta lanterna de papel no rio em frente ao Domo da cidade de Hiroshima, para lembrar os 70 anos da bomba atômica lançada sobre a cidade](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/gettyimages-4831332221.jpeg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Lanternas com mensagens de paz no rio Ota. Ao fundo, o domo da bomba de Hiroshima Lanternas com mensagens de paz no rio Ota. Ao fundo, o domo da bomba de Hiroshima](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/6-jy.jpg?quality=90&strip=info&w=916&w=636)
![O Castelo de Hiroshima (ou das Carpas, ou Rijo), foi destruído pela bomba que varreu a cidade japonesa do mapa em 1945. A reconstrução veio 13 anos depois, em 1958, e seu interior foi transformado em um museu. O topo do prédio virou um observatório de onde você pode ver a Baía de Hiroshima e a Ilha de Miyajima. A delicadeza das cerejeiras do entorno completam o visual. Endereço: 21-1 Moto-machi Naka-ku, estação Kencho-mae da linha Astram O Castelo de Hiroshima (ou das Carpas, ou Rijo), foi destruído pela bomba que varreu a cidade japonesa do mapa em 1945. A reconstrução veio 13 anos depois, em 1958, e seu interior foi transformado em um museu. O topo do prédio virou um observatório de onde você pode ver a Baía de Hiroshima e a Ilha de Miyajima. A delicadeza das cerejeiras do entorno completam o visual. Endereço: 21-1 Moto-machi Naka-ku, estação Kencho-mae da linha Astram](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/destinos-beijo-02.jpg?quality=90&strip=info&w=763&w=636)
![“Portal flutuante”, torii na ilha de Itsukushima (também conhecida como Miyajima) “Portal flutuante”, torii na ilha de Itsukushima (também conhecida como Miyajima)](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/miyajima_guwashi999tr.jpeg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![O okonomiyaki, uma espécie de panqueca com vários tipos de ingredientes, como lula, camarão, repolho, ovo e o que mais vier na cabeça (ou houver na geladeira) é o prato típico de cidades como Hiroshima O okonomiyaki, uma espécie de panqueca com vários tipos de ingredientes, como lula, camarão, repolho, ovo e o que mais vier na cabeça (ou houver na geladeira) é o prato típico de cidades como Hiroshima](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/95396906.jpg?quality=90&strip=info&w=725&w=636)
![Pagodes são construções budistas que guardam algum tipo de relíquia relacionada ao Buda. De diversos estilos e formas, são encontradas em várias partes da Ásia. Esta, em típico estilo japonês, está na ilha de Miyajima, em Hiroshima Pagodes são construções budistas que guardam algum tipo de relíquia relacionada ao Buda. De diversos estilos e formas, são encontradas em várias partes da Ásia. Esta, em típico estilo japonês, está na ilha de Miyajima, em Hiroshima](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/95524576.jpg?quality=90&strip=info&w=817&w=636)
![Vítima de leucemia como consequência da radiação da bomba, a pequena Sadako Sasaki acreditava que se recuperaria caso fizesse mil pequenas cegonhas de papel - os <em>origamis </em>de <em>tsuru</em>. Ela viria a morrer ao dobrar 644. Em memória dela e de outras crianças vítimas da guerra, estudantes de todo o Japão enviam para Hiroshima dobraduras de papel. Ora em coloridos feixes de mil, ora com as 356 que faltaram para Sadako Vítima de leucemia como consequência da radiação da bomba, a pequena Sadako Sasaki acreditava que se recuperaria caso fizesse mil pequenas cegonhas de papel - os <em>origamis </em>de <em>tsuru</em>. Ela viria a morrer ao dobrar 644. Em memória dela e de outras crianças vítimas da guerra, estudantes de todo o Japão enviam para Hiroshima dobraduras de papel. Ora em coloridos feixes de mil, ora com as 356 que faltaram para Sadako](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/105626475.jpg?quality=90&strip=info&w=919&w=636)
![O <strong>Mibu no Hana Taue</strong> é um ritual de replantio do arroz em Hiroshima, no <strong>Japão</strong>, para que a colheita seja abundante. No primeiro domingo de junho, os camponeses se reúnem e cantam acompanhados de tambores, flautas e gongos O <strong>Mibu no Hana Taue</strong> é um ritual de replantio do arroz em Hiroshima, no <strong>Japão</strong>, para que a colheita seja abundante. No primeiro domingo de junho, os camponeses se reúnem e cantam acompanhados de tambores, flautas e gongos](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/04753-japao-kitahiroshima-cho-2009-rice-planting-by-copy.jpg?quality=90&strip=info&w=919&w=636)
![O cenotáfio em memória às mais de cem mil vítimas da bomba de Hiroshima contém uma pequena mensagem de paz: "Repousem em paz, pois o erro não será repetido". A chama do memorial será apaga somente quando todas as armas atômicas do planeta forem destruídas O cenotáfio em memória às mais de cem mil vítimas da bomba de Hiroshima contém uma pequena mensagem de paz: "Repousem em paz, pois o erro não será repetido". A chama do memorial será apaga somente quando todas as armas atômicas do planeta forem destruídas](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/93173215.jpg?quality=90&strip=info&w=817&w=636)
![O antigo Hall de Promoção Industrial de Hiroshima, junto ao rio Ota, encontrava-se próximo ao epicentro da explosão atômica. Um dos poucos edifícios da área a sobreviver à bomba, cogitou-se sua demolição após a guerra. Hoje ela é uma testemunha silenciosa dos horrores daquele tempo e uma mensagem poderosa a políticos de todo o mundo O antigo Hall de Promoção Industrial de Hiroshima, junto ao rio Ota, encontrava-se próximo ao epicentro da explosão atômica. Um dos poucos edifícios da área a sobreviver à bomba, cogitou-se sua demolição após a guerra. Hoje ela é uma testemunha silenciosa dos horrores daquele tempo e uma mensagem poderosa a políticos de todo o mundo](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/1001983454.jpg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![<strong><a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/japao" rel="Japão " target="_blank">Japão</a></strong> é o destino asiático mais bem estruturado para receber crianças: a infraestrutura é excelente, serviços de saúde têm bom nível e há muitos parques e jardins para mantê-los ocupados. A comida também não é problema: muitos restaurantes servem cardápios infantis, nutritivos e com apresentação divertida e colorida <strong><a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/japao" rel="Japão " target="_blank">Japão</a></strong> é o destino asiático mais bem estruturado para receber crianças: a infraestrutura é excelente, serviços de saúde têm bom nível e há muitos parques e jardins para mantê-los ocupados. A comida também não é problema: muitos restaurantes servem cardápios infantis, nutritivos e com apresentação divertida e colorida](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/kiyoshi-ota-stringer-getty-images.jpg?quality=90&strip=info&w=919&w=636)
![Portal flutuante torii na ilha de Itsukushima, em Hiroshima. Também conhecida como Miyajima, a ilha do santuário, o local é patrimônio da humanidade pela Unesco Portal flutuante torii na ilha de Itsukushima, em Hiroshima. Também conhecida como Miyajima, a ilha do santuário, o local é patrimônio da humanidade pela Unesco](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/96925049.jpg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/gettyimages-483048234.jpeg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Lanternas com mensagens de paz coloriram o rio em frente ao Domo de Hiroshima, um símbolo do passado tenebroso da cidade; todo ano, moradores de Hiroshima relembram o ataque que devastou a cidade em 6 de agosto de 1945 Lanternas com mensagens de paz coloriram o rio em frente ao Domo de Hiroshima, um símbolo do passado tenebroso da cidade; todo ano, moradores de Hiroshima relembram o ataque que devastou a cidade em 6 de agosto de 1945](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/gettyimages-483136520.jpeg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Garota reza em frente ao Domo que marca a história de Hiroshima, cidade japonesa marcada pelo primeiro ataque com bomba atômica no planeta Garota reza em frente ao Domo que marca a história de Hiroshima, cidade japonesa marcada pelo primeiro ataque com bomba atômica no planeta](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/gettyimages-483132950.jpeg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Garota acende velas em frente ao Domo que representa o passado trágico da cidade, quando ela foi destruída pelo primeiro ataque com bomba atômica da história, em 6 de agosto de 1945 Garota acende velas em frente ao Domo que representa o passado trágico da cidade, quando ela foi destruída pelo primeiro ataque com bomba atômica da história, em 6 de agosto de 1945](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/gettyimages-483133158.jpeg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![O sol se põe atrás do domo no Parque Memorial da Paz, em Hiroshima, no dia 6 de agosto de 2015, 70 anos depois da bomba devastar a cidade e matar 70 mil pessoas instantaneamente O sol se põe atrás do domo no Parque Memorial da Paz, em Hiroshima, no dia 6 de agosto de 2015, 70 anos depois da bomba devastar a cidade e matar 70 mil pessoas instantaneamente](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/gettyimages-483002742.jpeg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Pombas brancas são soltas durante cerimônia que lembra os 70 anos da bomba atômica lançada pelos Estados Unidos que destruiu a cidade japonesa de Hiroshima; o evento ocorreu no Parque Memorial da Paz Pombas brancas são soltas durante cerimônia que lembra os 70 anos da bomba atômica lançada pelos Estados Unidos que destruiu a cidade japonesa de Hiroshima; o evento ocorreu no Parque Memorial da Paz](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/gettyimages-483066486.jpeg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![Um dos passeios a partir de Hiroshima é a cidade de Onomichi, conhecida pelos seus belos templos Um dos passeios a partir de Hiroshima é a cidade de Onomichi, conhecida pelos seus belos templos](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/thinkstockphotos-480144188.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
Atualizado em junho de 2021
A pacata cidade industrial sobre o delta do rio Ota seria um lugar qualquer do mundo se não fosse o dia 6 de Agosto de 1945. Quando o bombardeiro B-29 norte-americano Enola Gay lançou a bomba atômica Little Boy sobre Hiroshima, 80 mil pessoas morreram imediatamente sob um gigantesco cogumelo de fogo e fumaça. Outras tantas perderiam sua vida nos meses e anos subsequentes, vítimas de ferimentos e da radiação. Estava inaugurada a era atômica.
As feridas da guerra hoje parecem esconder-se sob uma cidade moderna e jovial, mas a lembrança está lá, em monumentos sóbrios que não que não deixam a tragédia ser esquecida. Hiroshima e sua população – juntos com Nagasaki, a segunda e última cidade vítima da bomba atômica – esforçam-se amplamente para que esse tipo de evento nunca mais se repita.
Enquanto o sonho é incerto, curtem a vida em partidas de beisebol do time local, os Carp, adoram comer okonomiyaki (espécie de panqueca com diferentes recheios), e fazem agradáveis passeios pelos parques e santuários da cidade que, juntos com os memoriais, integram a lista de patrimônios da humanidade da Unesco.
QUANDO IR
Primavera e outono são as as épocas mais indicadas. Além das temperaturas mais amenas, são as estações em que florescem as cerejeiras (março e abril) e as folhagens das cidades japonesas se tingem de tons de amarelo e vermelho (setembro e novembro). Confira a tábua das marés antes de visitar a ilha de Miyajima, que fica mais bonita na maré alta.
COMO CHEGAR
Hiroshima está conectada com o resto do país através das linhas do shinkansen, o trem-bala, e pelo aeroporto local, com voos da ANA e Japan Airlines.
COMO CIRCULAR
Dizimada na Segunda Guerra Mundial, Hiroshima teve de se reconstruir totalmente, optando por um desenho que favoreceu um sistema de transportes que privilegia os bondes elétricos, conhecidos como Hiroden, distribuídos em nove linhas. O sistema é administrado pela Hiroshima Eletric Railway, com tarifa básica é de ¥ 180 ienes (US$ 1,65), paga na saída do bonde. Mas há passes também: 1 dia (¥ 600, US$ 5,50) e 1 dia+ bilhete para a balsa que vai de Miyajima-guchi para a indispensável ilha de Miyajima (¥ 840, US$ 7,75). Quem tiver um Japan Rail Pass pode usá-lo na balsa.
PASSEIOS
No centro da cidade fica o Parque da Paz, memorial construído na década de 60 num lugar muito próximo ao epicentro da explosão nuclear. Lá ficam o que restou do cataclisma: o Domo da Bomba, ruína do antigo Salão da Promoção Industrial. Há diversos outros monumentos, como o Sino da Paz, que pode ser badalado pelos visitantes; o Cenotáfio, que traz os nomes de todas as vítimas; o Monumento da Paz da Crianças, que representa uma menina com um grou; o Monte da Memória, que guarda as cinzas de milhares de pessoas; e o Museu Memorial da Paz, cheio de imagens, vídeos e objetos pessoais que mostram os efeitos da bomba atômica. E há ainda as chamuscadas Árvores Fênix, que na época da explosão ficavam numa área mais afastada da cidade e, por isso, sobreviveram. Mais ao norte, contemple o imponente Castelo de Hiroshima, cuidadosamente reconstruído depois da explosão
Para relaxar e dar uma folga da tragédia, uma boa ideia é visitar o zen Parque Shukkei-in. Melhor ainda é, como todo mundo, pegar um trem ou balsa para Miyajima, ilha prontamente identificada pelo torii, um pórtico xintoísta de 16 metros de altura instalado na água, entrada para o santuário Itsukushima. Por ser sagrada, não há maternidades nem cemitérios ali (a ideia é que não haja nascimentos nem mortes), e as florestas virgens sem espalham em sua terra firme. Há diversos outros templos, santuários e construções históricas a visitar, como o Templo Daisho-in, o pagode de cinco andares em frente ao santuário Goju-no-to e o Treasure Hall.
ONDE FICAR
O Mitsui Garden Hotel Hiroshima leva a vantagem de ficar a dez minutos de caminha do Parque da Paz. Também no centro, o APA Hotel Hiroshima-Ekimae Ohashi acrescenta o atrativo de oferecer casas de banho, sempre um programa que vale. Os dez minutos a pé, aqui, separam o hotel do Parque Shukkei-in. Se os preços altos do Japão estiverem pesando, pode considerar J-Hoppers Hiroshima Guesthouse, hostel com quartos, cozinha, lavanderia e banheiro compartilhados, pertinho também do Parque da Paz. Há opção de quarto individual, com cama sobre o tatame.
ONDE COMER
Para degustar o okonomiyaki sem gastar muito, duas das muitas opções é o pequeno Hassei, meio escondido atrás de uma portinha, e o bem maiorzinho Okonomi-Mura Ikki, que tem 25 estabelecimentos, entre tendas e restaurantes, distribuídos em quatro andares. Mais sofisticação, com preços naturalmente mais altos, é encontrada no Momonoki, steakhouse famosa pela maciez de suas carnes. Frutos do mar? Tente o Guttsuri-an, mais distante do centro, apropriadamente perto do mar.
DOCUMENTOS
Para tirar o visto, brasileiros devem preencher o formulário próprio e apresentar a documentação, que inclui o cronograma de viagem e reserva da passagem. A validade é do visto é três meses para uma única entrada. O passaporte deve ser válido para o período de estadia.
DINHEIRO
A moeda oficial é o Iene.
Informações ao viajante
Línguas: Japonês. Alguns jovens também falam inglês.