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Ilhabela: como chegar, a balsa, hotéis, restaurantes, passeios

Por Adrian Medeiros
Atualizado em 17 Maio 2023, 16h53 - Publicado em 9 set 2016, 20h06
Velejando na Praia da Feiticeira, em Ilhabela, litoral norte de São Paulo
Na "Praia da Feiticeira", em Ilhabela (SP), um grande barco parece velejar entre as nuvens https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Velejando_nas_nuvens.jpg (Roberto Pavezi Netto/Wikimedia commons/)

 

Distribuídas por 130 km de costa, as 42 praias de Ilhabela atraem mais de 400 mil pessoas no verão. Com 83% de área preservada por um parque estadual e muitas cachoeiras, o destino também é perfeito para caminhadas e banhos em meio à Mata Atlântica.

Marcado por histórias e lendas de piratas, o mar que cerca o arquipélago é pontilhado por naufrágios, boa parte disponível para mergulhos. E o canal formado entre a ilha e o continente tem os ótimos ventos que originaram o título de “Capital Nacional da Vela” para a cidade. No mês de julho, velejadores de todo o mundo colorem a região na tradicional competição da modalidade, a Semana Internacional de Vela.

Mas Ilhabela não é só aventura. A badalação está nos clubes de praia, repletos ao entardecer, nas praias do Curral e Saco da Capela e nos bares da Vila, à noite. Vale lembrar, apenas, que os preços na ilha são tão salgados quanto o mar que faz sua fama.

QUANDO IR

A ilha lota em janeiro e nos feriados prolongados do verão, quando o trânsito piora e há longas filas para a balsa. A Semana Internacional de Vela movimenta os arredores da Vila em julho. No resto do ano, as tarifas costumam cair pela metade.

COMO CHEGAR

A partir de São Paulo, siga pelo corredor formado pelas rodovias Ayrton Senna (SP-070) e Carvalho Pinto até o acesso para a Rodovia dos Tamoios (SP-099), que cruza a Serra do Mar e termina em Caraguatatuba. Vire à direita para São Sebastião e siga até o Centro, onde placas indicam a balsa.

Para evitar filas na alta temporada e nos feriados, é possível agendar a travessia no site, mas o preço sobe. É preciso pagar uma taxa de preservação ambiental de R$ 7,50 por carro (pagamento no embarque da balsa na volta).

Ônibus da Viação Litorânea partem do Terminal Rodoviário do Tietê até o Centro de São Sebastião. São três horas e meia de viagem pela Tamoios e mais 20 minutos de caminhada até a balsa (gratuita para pedestres).

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COMO CIRCULAR

Uma única via (que ganha nomes diferentes a cada trecho) com 29 km de pista simples contorna o lado da ilha virado para o Canal de São Sebastião, de ponta a ponta. Nessa face fica toda a estrutura de hotéis e restaurantes.

A balsa aporta em Barra Velha. Ao sul (pegue a primeira saída à direita na rotatória) estão as badaladas praias do Curral e da Feiticeira, bem como as movimentadas Grande e do Julião. Siga na direção norte para chegar em Perequê, praia com boa estrutura de comércio e serviços, e à charmosa Vila (o centrinho de Ilhabela).

As melhores praias ficam em mar aberto, no lado mais isolado e selvagem da ilha, com acessos difíceis. Para chegar ao Bonete é preciso encarar uma trilha de cinco horas a partir da Ponta de Sepituba, ou pegar os barcos que partem da Praia Perequê, ou contratar os serviços das agências de turismo.

Uma via de terra precária, acessível para veículos 4×4, cruza a ilha até Castelhanos – as agências vendem passeios de jipe, que passam pelo Parque Estadual de Ilhabela, em um percurso de 22 km. Chegando lá, você pode nadar e curtir a praia ou fazer uma trilha até a Cachoeira do Gato. Agende o passeio com antecedência nas agências (Maremar, Ilhabela Jeep Tour, Webtur Travels e Maembipe são algumas delas) e chegue cedo se for em veículo próprio.

BORRACHUDOS

Em Ilhabela, a presença dos borrachudos é certa. O bichinho, que se desenvolve na água corrente, ataca principalmente no verão e em praias e cachoeiras mais afastadas do centro urbano. Ele costuma picar durante o dia e no fim da tarde e prefere os membros inferiores do corpo.

A prefeitura da cidade faz o controle dos borrachudos com a aplicação de inseticidas nas cachoeiras. Mesmo assim, é importante se prevenir em uma visita à ilha.

Para isso, abuse do repelente, especialmente os à base de citronela ou então apele para o Exposis, o heavy metal dos repelentes. Aplique depois do protetor do solar e reaplique a cada duas horas ou após entrar no mar. Além disso, tente cobrir o corpo com roupas compridas.

SUGESTÕES DE ROTEIROS

Um dia – Faça o passeio Terra e Mar, que dura o dia todo e te leva para conhecer uma das praias mais bonitas da ilha, a de Castelhanos. Nele, um grupo sai de jipe e o outro vai de barco, com uma parada para mergulho na Praia da Fome. Na volta, os meios de transporte são trocados. (Maremar, Caiçara Turismo e Ilhabela Jeep Tour são algumas das agências que fazem o passeio).

Aproveite a chegada em Perequê para provar as caipirinhas e os sucos naturais do Fina Fruta no Espaço Ardenthia. À noite, aposte nas criativas receitas de inspiração tailandesa do estrelado Marakuthai, com mesas na areia da praia ao lado do Yacht Club. Para fechar o dia, curta o vaivém de turistas no Bar SP, que monta mesas na calçada e serve cerveja Baden Baden.

Três dias –

Faça um passeio de flexboat para conhecer a Praia Do Bonete, que divide com Castelhanos o título de mais bonita da ilha. Do barco, é possível ver toda a costa sul da ilha, e algumas agências oferecem, no caminho, trilhas e paradas para mergulho. Chegando ao Bonete, você poderá nadar, conhecer a vila de pescadores e comer nos quiosques. (As agências MaremarCaiçara Turismo Webtur são algumas das que fazem o passeio). O jantar pode ser no italiano Portinho.

No dia seguinte, faça o trekking até o Pico do Baepi. A subida é longa e exige certo preparo físico, mas lá do alto a vista alcança o Canal de São Sebastião e as praias de Caraguatatuba e Ubatuba. Termine o dia com o hambúrguer de picanha do Borrachudo. Faça o mergulho livre na Praia das Pedras Miúdas e na Ilha das Cabras, onde você nada em meio aos peixinhos.

ONDE FICAR

A maioria das hospedagens está a poucos passos – ou a poucos minutos de caminhada – da praia. Ao sul, elas têm maior contato com a natureza; ao norte, mais proximidade com o comércio e serviços.

Se você procura um hotel beira-mar, os destaques são o badalado DPNY Beach Hotel & Spa, na Praia do Curral e o TW Guaimbê Exclusive Suites, na Praia do Julião. O Barra do Piúva Porto Hotel, a 5 minutos de carro do porto onde chegam as balsas, está encravado em uma encosta e tem vista panorâmica para o mar. A Pousada Vila das Velas, na para de Perequê, é boa para quem viaja com crianças.

Para entrar em contato com a natureza, o Kalango Hotel Boutique, com 5.000 mde área preservada e a Pousada Refúgio das Pedras, que foi construída em meio a vegetação em um terreno com grandes rochas, são boas opções.

Entre as opções mais simples, a Pousada Terra Madre, em Cocaia, fica perto do Parque Estadual de Ilhabela. A Pousada Manga Rosa, próxima à Vila, é ideal para quem quer curtir o burburinho do Centro.

No Bonete, a melhor hospedagem é a Canto Bravo.

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ONDE COMER

A cena gastronômica se concentra no trecho mais movimentado da ilha, que fica entre as praias do Perequê e Santa Tereza. Nesta, você encontra o contemporâneo Marakuthai, da chef Renata Vanzetto, com pratos de inspiração tailandesa.

No extremo sul, o restaurante All Mirante descortina a vista panorâmica mais deslumbrante da região. Ainda há a cozinha italiana do Portinho, localizado no Saco da Capela, as refeições econômicas do Pimenta de Cheiro e os drinks e comidinhas do Fina Fruta, ambos em Perequê.

DICAS

– A “Capital Nacional da Vela” dá oportunidade para iniciantes: a escola BL3 oferece aulas aos novatos. Depois de adquirir um pouco de traquejo, dá para se juntar a uma tripulação e até participar de uma regata da Semana Internacional de Vela.

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