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Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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6 programas para impressionar gringos na Avenida Paulista

As novidades que brotaram enquanto você passava por lá apressado

Por Adriana Setti
Atualizado em 28 nov 2019, 21h05 - Publicado em 28 nov 2019, 18h19

Meus amigos têm perguntado: “não tá achando isso aqui pior do que nunca?”. Acontece que a saudade era tanta, que venho conseguindo enxergar os pontos bons no meio do caos, da fumaça e dos fantasmas que vagam embaixo das pontes.

Um ano em São Paulo, onde nasci, equivale a uma década em Barcelona, a cidade que escolhi para viver. Uma vez que não pisava em Sampa há quatro anos, sinto como se uma vida inteira tivesse passado na minha ausência, e venho encarando a monstra cinzenta que tanto amo com o olhar fresco de alguém que virou gringa na sua própria casa.

Quer carona? Começarei pelo básico, listando algumas coisas bacanas que brotaram na Avenida Paulista nos últimos anos, enquanto você passava por ela apressado (curadoria da minha antenadíssima prima @asetti – sigam ela no Instagram para redescobrir a cidade!):

1. Todo-poderoso Instituto Moreira Salles

Inaugurado há dois anos, este centro cultural em plena Avenida Paulista foi um dos maiores presentes que São Paulo ganhou no últimos tempos. Sempre haverá alguma coisa interessante rolando por lá e a biblioteca (focada em livros de fotografia) é, provavelmente, um dos melhores lugares da cidade para estudar em paz. Quer dar uma rapidinha? Então sobe até o Café Balaio para comer um pão de queijo da Serra da Canastra e tirar uma selfie num dos mirantes mais fotogênicos da metrópole. A arquitetura é um show à parte. No térreo, o Balaio é uma versão mais leve e moderninha da cozinha do chef Rodrigo Oliveira, do Mocotó. De enfartar gringo do início ao fim.

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Instituto Moreira Salles na Paulista: um presentão pra SP (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
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Outro ângulo incrível do mirante do IMS na Paulista (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
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2. Sesc Paulista no topo da metrópole

Quando você estiver reclamando de São Paulo, lembre-se do Sesc Paulista, outro sopro de otimismo inaugurado no ano passado. A programação é ultra eclética, com atividades infantis a aulas de dança, passando por exposições e debates cabeçudos. O café do rooftop, contraindicado para quem sofre de vertigem, é um dos mirantes mais sensacionais da cidade, com uma vista de 360 graus da selva de pedra.

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Japan House: larga de reclamar de São Paulo e vai lá (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

3. Japan House: o Japão é aqui

Continua de mal de São Paulo? Pô, então passa na Japan House. Inaugurado em 2017, é  um centro cultural focado no lado moderno do Japão, que também tem unidades em Los Angeles e Londres. A arquitetura é matadora, com fachada feita de peças de madeira que foram encaixadas minuciosamente por artesãos vindos diretamente do Japão. Até 5 de janeiro, está em cartaz uma exposição bacanésima sobre mangá. E ainda tem cinema, palestras, biblioteca, café, restaurante e lojinha.

4. Mira, novos ares no Mirante da 9 de julho

O mirante não é novo, mas  acabou de passar a mãos 100% femininas e, sob nova gestão, agora chama simplesmente Mira e é um centro cultural eclético e mente aberta. O novo restaurantes tem comidinhas feitas com ingredientes de pequenos produtores, além de altos drinks.

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Mirante da Nove de Julho agora é Mira (Andrea Setti/Arquivo pessoal)
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Um drinque com São Paulo no Mira (Andrea Setti/Arquivo pessoal)

5. Gula Gula, do RJ pra SP em alto estilo

O restaurante é instituição carioca, que finalmente chega chegando a São Paulo, instalado numa belíssima mansão histórica em estilo art nouveau, a uma quadra da Paulista. O projeto de restauração, que custou R$ 5 milhões, devolveu o brilho a um edifício de 1911, que foi tombado como patrimônio histórico em 2012. Sai o ar praiano e relax que a marca sempre teve no RJ, entra um glamour paulistano com projeto do arquiteto André Vainer e decoração espetacular de Fernanda Pessoa de Queiroz (as luminárias, importadas da Indonésia, são de chorar). Reserve uma mesa no jardim de espécies nativas ou no lindo segundo andar, e não deixe de passar na lojinha de decoração.

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Luminárias made in Indonesia no Gula Gula, que chegou chegando em SP (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
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6. A Baianeira, o novo restaurante do MASP

Já não é mais preciso ir até a Barra Funda para provar a cozinha da talentosa chef Manuelle Ferraz. Agora o programa para levar aquele gringo é completo. Visita o Masp e depois se joga numa comidinha brasileiríssima, com um pé na Bahia e outro em Minas Gerais. Fica no segundo subsolo do museu e, aos finais de semana, tem brunch.

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