Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Onze motivos para amar Melbourne, na Austrália

Motivos pelo qual você deveria visitar Melbourne, a cidade mais vitoriana da Austrália

Por Adriana Setti
Atualizado em 30 jul 2018, 16h52 - Publicado em 23 dez 2014, 04h03
 (Kokkai Ng/iStock)
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A maioria dos que viajam pela Austrália pousam em Sydney e, depois, seguem rumo ao norte do país. As praias fervidas dos arredores de Brisbane e a Grande Barreira de Corais costumam reinar nos roteiros. Posso fazer uma sugestão? Não deixe de olhar para o sul. Minha expedição australiana começou por Melbourne. Dada a exageros e comentários impulsivos, estou evitando dizer que já tenho eleita a minha cidade favorita na Austrália na categoria metrópole. Mas dá uma tentação…

Abaixo, listei os 10 motivos (ou melhor 11 já que a cidade foi eleita como a melhor cidade do mundo para se viver em 2017,segundo o The Economist) para amar a cidade mais populosa do Estado de Vitória, na Austrália.

1. A cidade mais europeia da Austrália

A capital do estado de Victoria é, com o perdão da obviedade, a cidade mais vitoriana da Austrália (ou a mais europeia, como se costuma dizer por aí). A metrópole de 4 milhões de habitantes foi erguida a partir do século 19 com a grana pesada garimpada nos campos de mineração. Dá pra sentir todo o peso desses tempos de glória nos sólidos edifícios administrativos, nas arcades (galerias comerciais enfeitadas por lustres portentosos e pisos de mosaicos), nos adornos das lindíssimas casas dos bairros mais antigos…

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Chupa São Paulo! Com 4 milhões de habitantes, Melbourne é cortada por um rio limpo onde seus habitantes podem praticar canoagem ()
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O antigo e o novo se encontram no skyline (Costa do Sauípe/Divulgação)

2. State Library of Victoria

A biblioteca principal da cidade (State Library of Victoria) é de fazer as pernas tremerem. A grandeza do lugar dá uma palhinha sobre o poderio cultural de Melbourne (contraponto à potência financeira de Sydney). O edifício data de 1856 e tem átrios magníficos e altíssimos inundados de luz natural, salas de estudo com mobiliário de madeira, luminárias antigas e quilômetros de estantes de livros. Num domingo de sol, foi impressionante constatar que 95% das pessoas que estavam compenetradíssimas em seus estudos por lá eram orientais. Já no PUB…

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Um dos átrios da poderosíssima biblioteca ()

3. Arquitetura High Tech

Agora a receita do sucesso da cidade, ao meu ver. Toda essa pompa vitoriana é temperada com um quê high-tech (algo que o potente skyline da cidade deixa bem claro) e uma baita pegada alternativa. Se você fizer um purê de Nova York com Berlim, talvez o resultado final seja Melbourne.

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Detalhes da arquitetura high-tech de Melbourne em contraste com… ()
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Os adornos lindos das casas vitorianas dos bairros mais antigos (Costa do Sauípe/Divulgação)

4. Arte de Rua

A cidade é uma meca da street art. Há uma quantidade enorme de “Becos do Batman” espalhados pela metrópole. A ruela grafitada mais conhecida e emblemática é a Hosier Lane. Mas há muitas outras. E muitas e muitas intervenções pulverizadas por outros bairros. Dá gosto de ver. Clique aqui para saber mais.

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Retrato de uma criança aborígene na Hosier Lane (Costa do Sauípe/Divulgação)
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Hosier Lane, um dos “becos do Batman” de Melbourne (Costa do Sauípe/Divulgação)
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Coisas de Melbourne ()

5. O famoso bairro de Fitzroy

O bairro que encarna melhor o lado Berlim de Melbourne é Fitzroy. Até rola uma tentação de compará-lo à Vila Madalena para facilitar o entendimento. Mas acho simplório demais. Fitzroy é uma coisa única, com seus casarões vitorianos ligeiramente decadentes ocupados por bares, lojas, cafés, galerias. Moraria lá. Pra sempre.

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Fitroy, onde Melbourne é mais Berlim ()
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O jeitão de Fitzroy (Costa do Sauípe/Divulgação)

6. Boemia da BOA

Os rooftop bars de Melbourne. Ah… os rooftopbars de Melbourne. Quando o tempo está bom (coisa meio rara, infelizmente), não há nada melhor a fazer do que escalar algum arranha-céu que tenha um belo bar na cobertura. Os dois mais bombados são o Rooftop (onde ainda rola cinema ao ar livre – uhu!) e o Naked in The Sky, na cobertura do famoso Naked for Satan (nomes ótemos!). Beldades de todas as vertentes sexuais garantidas no pedaço – a rodo.

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Naked in the Sky num domingão de sol (Costa do Sauípe/Divulgação)

7. Comida da BOA

A cena gastronômica da cidade é fora de série. Uma das grandes delícias, na Austrália, é aproveitar a variedade cultural. Num país de milhões de imigrantes, o sushi é feito por um japonês, o phad thai é preparado por um tailandês, a moussaka sai da forma de uma senhora grega. Tem até restaurante de comida do Afeganistão em Fitzroy. Cosmopolita é isso aí.

8. Mercadão Queen Victoria Market

Numa cidade gourmet, não poderia faltar um mercadão incrível, o Queen Victoria Market. Além de ser um lugar ótimo para comer bem e barato (os preços da Austrália são de arrepiar), é um programão para garimpar comidinhas de várias procedências. Também tem uma ala enorme dedicada às bugigangas: roupas, objetos de decoração, suvenires, bijouterias, artesanato…

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Cadeiras prontas para o cinema ao ar livre da Federation Square, o centrão da cidade ()

9. Os cafés

Paixão pelo café e por todo o social que tomar um café envolve. Poucas cidades do mundo são tão obsessivas com o ritual do “tomar um café”. Se você vive postando a foto do maldito coração da espuma do seu capuccino no Instagram, vai descobrir todo um novo universo de possibilidades.

10. As praias de Melbourne

Precisar, nem precisava. Mas não é que Melbourne tem até praia? Mais do que um simples quebra galho, a praia de Brighton é bonita pra caramba. St. Kilda, a mais próxima do centro da cidade, também tem seu charme e rende um bom social de fim de tarde.

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Brighton Beach: dá pro gasto… e sobra ()

BONUS

11. A melhor cidade do mundo para se viver

Um estudo feito em 2017 pela revista britânica The Economist listou as melhores cidades para se viver no mundo. Melbourne ficou em primeiro lugar pela sétima vez consecutiva com uma pontuação geral de 97,5 de 100 em três categorias: educação, infraestrutura e sistema de saúde. O ranking feito anualmente pela Economist Intelligence Unit (EIU) listou outras duas grandes cidades da Austrália: Adelaide e Perth.

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