“Informamos que o portão de embarque do voo Gol XPTO foi alterado devido a um reposicionamento da aeronave”. Todas as vezes, to-das as ve-zes, que eu peguei um avião no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o portão marcado inicialmente no meu cartão de embarque foi alterado por esse misterioso “reposicionamento da aeronave”.
É só comigo?
Eu acho que não. Minha impressão é de que as aeronaves que aterrissam em Congonhas são temperamentais e têm vida própria. Diante de seres humanos humilhados e impotentes, elas simplesmente se recusam a estacionar no lugar estipulado, e depois morrem de rir quando velhos, crianças e pessoas com dificuldade de locomoção, ou simplesmente cansadas, são obrigadas a levantar o traseiro preguiçoso da cadeira que conseguiram com tanto esforço e atravessar o aeroporto abarrotado de gente até chegar a um outro portão de embarque, onde fatalmente não haverá onde sentar.
Outra hipótese. Na hora do check in, como em um bingo, um número é sorteado aleatoriamente para disfarçar o óbvio: o caos em Congonhas é absoluto.
Não estou só: clique aqui para ler o arquivo do genial Marco Sá Correia. Im-pa-gá-vel.