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Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Erros que cometi na minha viagem às Maldivas

Dividir o itinerário entre duas ilhas distantes, fechar pacote all inclusive, ficar só em bangalôs de palafitas e outras coisas que eu teria feito diferente

Por Adriana Setti
Atualizado em 29 jun 2022, 23h02 - Publicado em 28 jun 2022, 10h00
Praia surreal de linda na primeira parada: não precisa ficar pulando de galho em galho
Praia surreal de linda na primeira parada: não precisa ficar pulando de galho em galho (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

No ano passado, fiz uma viagem em duas etapas pelas Maldivas. Nos primeiros oito dias, estava a trabalho, testando vários hotéis, em um itinerário que foi previamente montado para um grupo de jornalistas – o que chamamos de press trip. Depois, estiquei a viagem por mais dez dias por minha conta, seguindo um roteiro que eu mesma organizei. É dessa segunda etapa que vou falar aqui. Era minha primeira viagem ao país e, ainda que tenha pesquisado muito, hoje vejo que teria feito algumas coisas de forma um pouco diferente – apesar de terem sido dias absolutamente de sonho. Se você está planejando uma viagem pra lá, talvez possa aprender com os errinhos que cometi:

Dividir o itinerário entre duas ilhas distantes

Parece estranho atravessar o mundo pra ficar só em um lugar, mas o modelo de turismo predominante nas Maldivas é esse mesmo: o resort é o destino. No meu caso, como o meu foco era mergulho, procurei ficar em duas regiões diferentes. Mas, no fim das contas, o cenário era igualmente maravilhoso em ambos os lugares e mudar de um para o outro foi trabalhoso e caro, porque envolveu:

– Transfer de lancha até uma ilha vizinha

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– Van até o aeroporto dessa ilha

– Voo de avião (com longa espera para embarque) de volta a Malé, a capital

–  Transfer do aeroporto de Malé para o terminal de hidroavião

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– Looonga espera no terminal de hidroavião

– Voo de hidroavião

Ou seja, um dia perdido e uns US$ 1 000 de transporte por pessoa. Caso opte por ficar em dois hotéis diferentes, escolha pelo menos um que fique perto de Malé, acessível com um transfer de lancha, que sai bem mais em conta (e rápido) que conectar voos nas Maldivas.

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Hidroavião: um facilitador de vidas nas Maldivas
Hidroavião: um facilitador de vidas nas Maldivas. (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Trocar hidroavião por avião

Tudo teria sido mais fácil se tivesse trocado a primeira etapa do perrengue anterior por um voo de hidroavião saindo da porta do meu hotel. Acontece que chegar até lá era possível de duas formas: hidroavião ou avião + lancha. A segunda opção era mais econômica (uns US$ 200 menos por pessoa) e acabou me seduzindo. Mas foi o barato que saiu caro. Isso porque o aeroporto nacional de Malé é um caos e os aviões nunca saem no horário. Depois, caso tivesse optado pelo hidroavião, não teria precisado de um transfer de lancha + van até outra ilha e nem de mudar de terminal em Malé. Ou seja, se for para economizar, que não seja trocando hidroavião por avião, muito menos se houver uma conexão envolvida.

Fechar um pacote all inclusive

Com medo do preço das bebidas nas Maldivas, tanto alcóolicas como não alcóolicas (pense em uma água ou um café por US$ 5), acabei optando por fechar um pacote all inclusive para não ter que ficar fazendo contas nas férias e evitar sustos na hora do check-out. Mas isso encarece demais uma temporada nas Maldivas. Para se ter uma ideia, às vezes a tarifa com três refeições e bebidas dobra o valor de meia pensão sem bebidas. E a verdade é que, mesmo sendo boa de copo e garfo, teria gasto bem menos se tivesse optado por meia pensão sem bebidas. Fora isso, as bebidas alcoólicas incluídas no all inclusive muitas vezes deixam a desejar.

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Tempestade (linda) a caminho na época de chuvas
Tempestade (linda) a caminho na época de chuvas. (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Ir na época de chuvas

A época de chuvas nas Maldivas vai de maio a outubro. De novembro a abril, o tempo bom é praticamente garantido. Fiz a viagem na primeira quinzena de outubro e peguei dois dias de tempo ruim, com chuva o tempo todo. Além disso, também tivemos alguns dias de vento bem forte, que deixaram o mar mexido. Em uma viagem de 18 dias, não chegou a ser um problema. Mas, pra quem vai passar uma semana, pode ser decepcionante. A questão é: as tarifas são muito mais baixas na época de chuva, o que acaba sendo um estímulo para correr o risco. Mas, na próxima vez, eu apostaria pela temporada seca.

Dia de chuva e mar mexido no planeta palafita
Dia de chuva e mar mexido no planeta palafita. (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Ficar só em bangalôs de palafitas

Aposto que você está chocado com essa afirmação. Mas o fato é que os bangalôs que ficam pé na areia também são incríveis e podem representar uma boa economia. Fora isso, eu realmente teria gostado mais de dormir em terra firme nos dias em que o vento e a chuva pegaram forte. Com tanta água se mexendo ao  redor, me sentia um pouco em um barco no meio da tempestade. Na próxima vez, dividiria a estada entre praia e palafitas para ter as duas experiências.

Agora, veja tudo que você precisa saber para organizar sua viagem para as Maldivas.

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