Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Girokastra: mais um troféu revelação na Albânia

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h32 - Publicado em 23 out 2014, 12h36
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–       Vocês vão ficar quanto tempo aqui na Armênia?

–       Errrr… Vamos ficar uma semana aqui na… Albânia.

–       Vocês estão num grupo de excursão aqui na Armênia?

–       Não, estamos rodando a Albânia de carro.

–       E vocês vão para Girokastra?

–       Sim, vamos.

–       Então a gente se vê lá!

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–       Ahã. Aproveite sua viagem aqui na Armênia, tá?

 

A americana bizarra não tinha noção de onde estava, mas até que sabia aonde ia. Girokastra, assim como Berat (onde o diálogo surrealista aconteceu), forma a dupla de destinos óbvios e incontornáveis da AL-BÂ-NI-A.

 

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Interior da fortaleza

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As muralhas coroadas pela linda torre do relógio

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A armação de metal sobre o palco que recebe um festival de música (a cada 5 anos), dentro das muralhas do castelo

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As montanhas grandiosas que cercam o centro histórico

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Outro ângulo da lindíssima torre

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E mais montanhas…

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A foto dá um pouco da ideia da grandeza das montanhas

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Muralhas com origem no século 12

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Muralhas, muralhas, muralhas

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Vista geral do lugar onde acontece o festival de música

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O ângulo que pede uma foto

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Canhões no interior da fortaleza

Girokastra é terra natal dos dois albaneses mais famosos de todos os tempos. O ditador cachorro-louco Enver Hoxha e o escritor Ismail Kadare – autor do belíssimo Abril Despedaçado, que inspirou o filme homônimo interpretado por Rodrigo Santoro. Com vista para o vale de Drina e montanhas grandiosas, a cidadezinha de 40  mil habitantes foi mais uma surpresa de tremer os joelhos durante a empreitada albanesa.

 

No topo, há um castelo matador cujas origens estão fincadas no século 12 – ainda que grande parte da estrutura que se vê hoje date do século 19. O lugar abriga um museu militar e guarda a carcaça de um avião da US Air Force que teve que fazer um pouso de emergência no país e foi capturado como troféu na era comunista. Colina abaixo, a cidade se desenrola em ladeiras de paralelepípedo ladeadas de casarões otomanos pintados de branco.

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O avião da força aérea americana guardado como troféu na era comunista

 

A cidade foi tombada como patrimônio da humanidade pela Unesco em 2008 mas está bem longe de ter aquele jeitinho pasteurizados dos Centros Históricos da Europa Ocidental – para o bem e para o mal. Se por um lado ainda há artesãos trabalhando nas calçadas e agricultores vendendo mel e raki caseiros nas esquinas, o emaranhado de fios elétricos faz lembrar o Sudeste Asiático. Se por um lado os próprios donos da Casa Zekate, do século 18, recebem os turistas no interior do palacete, as faixas publicitárias coloridas são um anticlímax no bairro antigo. Coisas da Albânia…

 

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Vista da cidade de cima do castelo

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As casas otomanas espalhadas pela colina

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A majestosa casa Zekate

Fiquei só uma tarde. Mas deu pena. Taí um lugar onde valeria ter dormido. De preferência num hotelzinho instalado num casarão otomano (o Kalemi é uma belezinha). Em tempo: não encontrei a americana que acreditava estar na Armênia.

 

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O centro de Girokastra, aos pés do castelo…

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…e as faixas publicitárias que não deveriam estar lá.

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Jeitinho de lugar parado no tempo

 

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