Achados

Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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O segredo de Puerto Escondido, a Maresias do México

O pôr-do-sol em Punta de Zicatela: a Puerto Escondido de antigamente ainda vive Apaixonei-me pelo jeito Ricardo Freire de ser (e de escrever) basicamente em dois textos. O primeiro deles, para a Revista VIP (em seus áureos tempos), era sobre Salvador. Se não me engano, quando o texto foi publicado, o Riq ainda era oficialmente […]

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h49 - Publicado em 17 dez 2011, 22h35

O pôr-do-sol em Punta de Zicatela: a Puerto Escondido de antigamente ainda vive

Apaixonei-me pelo jeito Ricardo Freire de ser (e de escrever) basicamente em dois textos. O primeiro deles, para a Revista VIP (em seus áureos tempos), era sobre Salvador. Se não me engano, quando o texto foi publicado, o Riq ainda era oficialmente publicitário e fazia umas matérias de viagem aqui e ali.

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Na mesma época, eu morava em Salvadô (como chefe da sucursal de VEJA) e estava farta de ler as mesmices escritas sobre a Bahia na imprensa baseada no Sudeste do Brasil. Mas o Riq sacou (como sempre e como ninguém) o espírito de Salvador. E traduziu essa baianidade nagô em algumas linhas em que explicava como um bloco, uma banda e um trio elétrico eram três entidades totalmente independentes e como essa lógica maluca organizava minuciosamente o caos calculado que é o carnaval na cidade. Eu fiquei pensando… “gente, preciso conhecer esse cara!”

O segundo texto foi sobre Puerto Escondido, publicado na VT. A matéria em questão, divertidíssima, comparava essa praia no Pacífico mexicano com todas as praias do surfe do Brasil: “Eram 9h da manhã quando desembarquei em Maresias, perdão, Puerto Escondido. Guarda do Embaú, digo, Puerto Escondido”. E por aí seguia a coisa. Simplesmente genial.

Puerto Escondido, minha gente, é isso aí mesmo. Tirando o fato de as ondas chegarem a DOZE metros de altura, o que no Brasil é praticamente impossível, não há nada por ali que você não tenha visto na Praia do Rosa, na Ferrugem, em Maresias, em Itacaré ou em outras N praias de surfistas que viraram pico de badalação ao longo dos anos.

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E se você está em busca desse climão Endless Summer, mas com um “material humano” importado de várias partes do mundo, cerveja mexicana (dez mil vezes melhor que a brasileira) e uma das culinárias mais interessantes do mundo, o seu lugar é a praia de Zicatela — e você nem precisa continuar a ler este post.

Interessou? Pois saiba que Puerto Escondido tem o seu segredinho. E eu acabei chegando até ele sem querer: perdi a entrada para Zicatela e entrei numa quebrada qualquer. A estradinha, sem asfaltar, me levou a uma pequena comunidade chamada “Punta de Zicatela”, uma trecho de praia a 2,5 kms do trecho da praia de Zicatela onde mora a badalação, ao qual se chega por esse caminho escondidinho.

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O jeitão roots de Punta de Zicatela: me gusta!

A Punta de Zicatela é o que suponho que Puerto Escondido tenha sido nos anos 70 ou 80. Do mar mal se vê as construções à beira mar, que se limitam a pousadinhas com cabanas de madeira e teto de palha (quase todas sem banheiro privado) e alguns poucos quartos com banheiro, mas sem nada mais do que isso em termos de conforto. Obviamente, não é para quem faz questão de luxo. Mas para quem curte um clima “roots”, eis o éden: tarifas de 15 dólares por noite para o casal.

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Ai ai… aquela atmosfera totalmente relax, a surfistada bronzeada arrastando o chinelo e os dois ou três restaurantezinhos que vendiam peixe fresco e granola me provocaram uma nostalgia infinita daquelas Itacarés, Praias do Rosas e Maresias que já não existem mais…

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