Imagem Blog Achados Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Praia de Scala dei Turchi e Vale dos Templos: dois programaços na Sicília

Dobradinha de sucesso: ruínas gregas incríveis e uma das paisagens mais fotogênicas da ilha no mesmo dia

Por Adriana Setti
Atualizado em 17 mar 2021, 12h57 - Publicado em 1 nov 2018, 10h53
Quando a sombra (de uma oliveira centenária) vale mais que ouro… (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Dando a “volta olímpica” na Sicília, é lindo de se ver como a paisagem vai mudando conforme da região. Não à toa, a ilha requer tempo para ser saboreada e é um destino para repetir sem medo. Na costa Mediterrânea, já não há nem sinal da silhueta do Etna ou dos ciprestes que pontilham o litoral do Mar Tirreno. E eis que, de uma paisagem agreste, sob lufadas de vento a quase 40oC, surge o majestoso Vale dos Templos, com as ruínas da cidade grega de Akragas.

O complexo abriga a coleção mais bem preservada de templos dóricos fora da Grécia e, definitivamente, é um dos grandes “imperdíveis” da ilha. Visitá-lo no auge do verão é um ato de bravura. Ainda assim, os principais templos estão dispostos em um percurso relativamente curto que pode ser percorrido de baixo para cima, evitando o perrengue de subir ladeira com um sol de rachar catedrais. Como medida de sobrevivência, vale deixar o carro no estacionamento de baixo, pagar uns trocos para subir de shuttle (uns 5 minutos) até o ponto mais alto e contar com a ajuda da gravidade durante a visita. Depois do passeio, caia de cabeça em uma granita (a raspadinha “premium” siciliana) e la vitta è bela novamente.

Templo da Concórdia: o mais belo dos belos e xodó de Goethe (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

“O Templo da Concórdia resistiu a tantos séculos; sua arquitetura esbelta se aproxima de nossas próprias escalas do que é bonito e agradável”, disse o escritor e poeta alemão Goethe ao visitar a Sicília, provavelmente boquiaberto diante da construção mais impressionante do conjunto. Com quase 2500 anos de história, o edifício está em excelente estado de conservação graças a ter tido a sua estrutura reforçada para fazer as vezes de igreja cristã no século 11 (mais tarde, foi restaurado para voltar ao formato original – ufa!).

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Templo de Zeus Olímpico, o que teria sido o maior em estilo dórico já erguido (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
Harmonia pura nas ruídas gregas mais indispensáveis da Sicília (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

Enquanto o Templo da Concórdia reina soberano na zona leste do complexo, os restos do Templo de Zeus Olímpico são os mais belos entre os belos da zona oeste. Com colunas de 20 metros de altura pulverizadas por uma área de 112mX56m, teria sido o maior templo dórico jamais erguido, se sua construção não tivesse sido interrompida pela invasão da cidade pelos cartagineses.

Tire meio dia para visitar os templos e depois refresque os miolos da Scala dei Turchi, uma das praias mais fotogênicas da Sicília, com seu paredão psicodélico moldado em pedra calcária.

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Onde ficar

As ruínas gregas mais espetaculares da Sicília ficam a 3 kms da feiosa Agrigento, uma cidade altamente densa e incômoda. Prefira as cidadezinhas simpáticas dos arredores, como Sciacca. Se você realmente estiver podendo, o éden atende pelo nome de Verdura Resort.

Ocupando um belíssimo pedaço do litoral mediterrâneo nos arredores da charmosa cidadezinha histórica de Sciacca, perto do parque arqueológico e das praias de Eraclea Minoa, o hotel também é um destino em si. Sob a marca de luxo Rocco Forte Hotels, o Verdura tem três campos de golfe profissionais desenhados pelo grifado Kyle Phillips, que recebem campeonatos internacionais – além de dispor de uma infraestrutura completa para quem quer aprender ou evoluir no esporte.

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Já que não é o meu caso, preferi investir tempo e cupons de “eu mereço” dissolvendo nódulos de tensão no incrível circuito de talassoterapia do spa, com vista para oliveiras e a cidade de Sciacca. Ou então dando um relax na piscina que parece um lago, de frente para uma praia de areia branca e mar cristalino (artificial, mas quem se importa com isso?).

Circuito de talassoterapia e a vontade de ficar para sempre (Verdura Resort/Divulgação)
Uma vista dessas… (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
A vista que poderia ser um quadro, da piscina do spa (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
O campo de golfe termina na praia. E vice-versa (Verdura Resort/Divulgação)
A praia branquinha e privê do hotel (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

O hotel tem quatro restaurantes, vários bares, suítes e villas espetaculares. Mas sabe muito bem tirar proveito das coisas simples. Entre os momentos mais memoráveis que passei por lá, guardo o sabor do pão caseiro mergulhado no azeite de oliva produzido na propriedade (dos melhores que já provei) e os passeios de bicicleta em meio ao campo de golfe em uma noite quente do verão mediterrâneo.

O edifício principal do resort, que fica de frente para… (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
esta piscina que parece um lago e… (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
vira um espelho alucinante no fim da tarde (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
Room with a view (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
A vista do meu quarto, para o mar e o campo de golfe (Adriana Setti/Arquivo pessoal)
Pedalando entre oliveiras no degradê de uma noite quente de verão (Adriana Setti/Arquivo pessoal)

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