Achados

Adriana Setti escolheu uma ilha no Mediterrâneo como porto seguro, simplificou sua vida para ficar mais “portátil” e está sempre pronta para passar vários meses viajando. Aqui, ela relata suas descobertas e roubadas
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Villa F, o espetacular hotel em Veneza que serviu de cenário para “O Turista”, com Angelina Jolie e Johnny Depp

“Nossa vocação é receber celebridades e chefes de estado”, avisa o gerente. E o fato é que, se algum figurão estiver por ali, ninguém notará sua presença. Ao contrário do que acontece em outros hotéis de luxo de Veneza, a ideia aqui é não ver e não ser visto. Por fora, não há letreiro algum. O […]

Por Adriana Setti
Atualizado em 27 fev 2017, 15h31 - Publicado em 26 nov 2014, 09h04

“Nossa vocação é receber celebridades e chefes de estado”, avisa o gerente. E o fato é que, se algum figurão estiver por ali, ninguém notará sua presença. Ao contrário do que acontece em outros hotéis de luxo de Veneza, a ideia aqui é não ver e não ser visto. Por fora, não há letreiro algum. O acesso à Villa F é feito através de uma porta discretíssima, ou então por uma passagem quase secreta na lateral do hotel Palladio, parte do mesmo complexo (e do mesmo grupo de hotéis que levam a assinatura da empresária Francesca Bortolotto, personagem conhecida na high-society veneziana). Inaugurado em 2011, o Villa F  ainda estava em construção quando serviu de cenário para O Turista, com Angelina Jolie e Johnny Depp, filme que talvez tenha como único mérito revelar imagens belíssimas da cidade.

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A sala de estar "modesta" que serviu de cenário para a cena final de "O Turista" é parte da suíte principal (Residenza F). Esses janelões do teto ao chão que você vê são os que explodem na cena acima (clique lá para ver). O hotel ainda estava em obras quando o filme foi rodado e a cenografia é diferente da decoração atual. Mas dá para reconhecer facilmente os elementos principais

A singela sala de estar que serviu de cenário para a cena final de “O Turista” é parte da suíte principal (Residenza F). Esses janelões do teto ao chão que você vê são os que explodem na cena acima (clique lá para ver). O hotel ainda estava em obras quando o filme foi rodado e a cenografia é diferente da decoração atual. Mas dá para reconhecer facilmente os elementos principais, como a estante lá do fundo (que se abre para uma passagem secreta!). 

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Outro ângulo da sala de estar da suíte, que tem forma de "T". Repare na vista da janela...

Outro ângulo da sala de estar da suíte, que tem forma de “T”. Repare na vista da janela…

A cena acima foi rodada na singela sala de estar da Rezidenza F, a suíte de 325 metros quadrados com oito janelões do teto ao chão (que explodem no filme) que se abrem para a Piazza San Marco. A decoração atual é bem diferente da cenografia. Mas você há de reconhecer os elementos principais. A vista frontal para a praça mais famosa do mundo – que a maioria dos mortais tem apenas quando passa de barco – é possível porque a Villa F ocupa a linha de frente da ilha da Giudecca. Como um universo à parte, a isola é um território quase desconhecido para a maioria dos turistas, ideal para quem quer estar em Veneza sem sucumbir ao caos (um táxi-barco está sempre à disposição dos hóspedes que quiserem cruzar do Grande Canal). O lugar é tão particular que tem até o seu microclima próprio, sempre alguns graus abaixo de San Marco no termômetro, uma dádiva no verão (Villa F fecha nos meses de inverno). Ainda assim, ali está uma das pouquíssimas e exclusivíssimas piscinas de Veneza.

 

A villa do século 16 passou de mão em mão entre famílias abastadas de Veneza até ser convertida num hotel que caiu nas graças de boêmios, pintores e intelectuais. Ah, se aquelas paredes falassem. O edifício, e também o jardim – o maior de Veneza, com mais de 12 mil metros quadrados! – passaram por uma restauração hercúlea para voltar a seus tempos de glória. O resultado está em 11 suítes-loft com cozinha, sob medida para quem pretende passar uma temporada mais longa na cidade (mínimo é de três dias). A decoração é um espetáculo de bom gosto e luxo “fora da curva”. Me calo e deixo as imagens falarem por mim.  As diárias são de quatro dígitos, claro. Mas sonhar não custa nada.

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O salão dos espelhos, uma espécie de ala social da Villa F. O vidro permite ver o exterior mas, de fora, não se enxerga o interior (é engraçado observar as pessoas passando na rua e parando para ajeitar o cabelo e esse tipo de coisa).

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Contraste matador entre o estilo clássico e o armário com jeitão industrial

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O quarto mais belo de todos

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Detalhes que fazem a diferença

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Antiguidades como esta peça (que servia para carregar os nobres pelas ruas sujas de Veneza em tempos ancestrais) estão sabiamente espalhadas pelo hotel

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No segundo andar, as suítes têm um jeitão mais moderno

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Um dos lofts mais modernos, que ficam no segundo andar do edifício

 

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A cozinha box de uma das suítes menores. Não é um espetáculo? Ela fecha como um armário

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Um dos muitos ambientes aconchegantes

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Detalhe do maior jardim privado de Veneza

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Uma ilha de paz na cidade da beleza e do caos

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Piscina em Veneza: precisa dizer mais?

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Outro ângulo da piscina…

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A vista que se tem das janelas frontais do hotel

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