Um vem da Colômbia, descendo calmamente, exibindo uma água de coloração escura proveniente de ácidos orgânicos e muita acidez. O outro chega pelo Peru, após romper a Cordilheira dos Andes, trazendo uma água mais fria e barrenta em uma velocidade mais rompedora. Na altura de Manaus, a confluência dos rios Negro e Solimões produz um espetáculo comum na região amazônica, mas de impacto ímpar devido ao gigantismo deste encontro. Por 6 km, as águas de um não superam as do outro: aqui, parecemos ver o fenômeno da água e do azeite, até que vão cedendo e formam o imponente Rio Amazonas. As causas são as descritas nas primeiras linhas: diferença de velocidade, temperatura e densidade.
Junto com o Teatro Amazonas, o Encontro das Águas é um dos passeios imperdíveis da maior metrópole da Floresta Amazônica. No fundo, é uma atração simples: os barcos correm pela linha divisória das águas, poucos minutos nela são suficientes.
Mas as agências souberam incrementar o programa. Com saídas da Ponta Negra ou do Porto de Manaus (relativamente longe do Encontro das Águas), os passeios feitos com lanchas rápidas ainda passam pelo Parque Ecológico do Lago Janauari, na outra margem do Rio Negro, onde passeia-se de canoa pelos igapós até um lago com vitórias-régias e almoça-se em um trapiche à beira do rio. Na época da seca, entre agosto e outubro, o passeio de canoa é substituído por uma caminhada na mata. Algumas agências incluem uma visita a uma aldeia indígena.
Os passeios duram em média seis horas. Quem quiser fazer um passeio mais rápido ou não estiver a fim de embarcar em uma excursão, pode pegar um táxi até o Porto da Ceasa (ao lado do Encontro das Águas) e lá procurar uma associação de barqueiros – não há um preço fixo. O porto fica a 11 km do Centro e taxistas cobram R$ 60 (só ida) pela viagem.
Preço: a partir de R$ 160
Telefones: 92/2123-4791 (Amazon Explorers) e 92/3658-3052 (Fontur)