Como é jantar no Cura, restaurante estrelado Michelin em Lisboa
Passo a passo de um jantar “uau” num dos mais promissores restaurantes portugueses, dentro do Ritz Four Seasons
Um dos grandes expoentes da alta gastronomia portuguesa, o chef Pedro Pena Bastos tem apenas 32 anos e uma coleção de grandes feitos. Foi ele quem colocou no mapa o restaurante da Herdade do Esporão, no Alentejo, levando depois suas receitas criativas e sustentáveis para Lisboa, com o projeto Ceia.
Pouco mais de três anos atrás, de braços dados a um dos melhores hotéis do país, o Ritz Four Seasons, nascia o Cura, um cantinho mais que especial numa das regiões mais nobres de Lisboa, onde os comensais provam as mais delicadas receitas inspiradas nas tradições lusitanas, à meia luz.
A seguir, Pedro Pena Bastos fala sobre a sua cozinha e o que espera para o futuro de um dos restaurantes mais promissores de Portugal, premiado com uma estrela Michelin desde 2021:
– Como define o Cura e a sua cozinha?
O que procuramos fazer é uma nova abordagem da gastronomia portuguesa, mais contemporânea, dando ênfase ao receituário tradicional – nunca o reinventando, mas sim usando-o como fonte de inspiração. E dando asas à imaginação.
– Se tivesse que escolher um prato que fosse a sua assinatura, qual seria?
Não gosto de falar em pratos assinatura, mas em referências. Uma das minhas grandes referencias são as lulas, o único prato que nunca saiu do menu.
– O que considera um grande diferencial do restaurante?
A cozinha aberta. Com ela há muito mais interação e mais proximidade com os clientes. Procuramos oferecer uma experiência o mais personalizada possível.
– Quais são os próximos passos?
Com pouco mais de três anos de projeto, já não somos um bebê, agora somos um teenager. Vamos simplificar a oferta nos próximos dias e oferecer menus com menos etapas, mas com uma experiência mais intensa e agradável. Teremos um menu com 10 etapas, um com 5 e um menu vegetariano.
– O que traz as pessoas ao Cura?
A proximidade com o cliente; uma cozinha que acaba por representar aquilo que somos enquanto portugueses; e o respeito pelos produtos, pelo receituário e pelos sabores nacionais.
– O Cura do futuro…
Tem como objetivo trabalhar cada vez mais diretamente o produto, que tem que ser ótimo, e sem muitas intervenções. Acredito que o Cura pode ir muito longe e ser o melhor restaurante do país, temos tudo para isso.
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