Para bom entendedor, meia palavra basta. E, no campo das artes em Portugal, poucas são tão emblemáticas quanto… Berar… De Berardo. A Coleção que leva o nome de seu mecenas responde por um dos mais aclamados acervos de arte contemporânea do país, em exibição permanente no Centro Cultural Belém, o CCB, em Lisboa.
![A chegada à Quinta da Bacalhôa: vinho e arte](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/07/dsc0921.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Pois bem. O multimilionário empresário José Berardo, também conhecido como Joe Berardo, tem bom olho (e bolso) tanto para as artes quanto para os negócios. E juntou as duas coisas na Quinta da Bacalhôa, uma das maiores fabricantes de vinhos de Portugal, da qual é o principal acionista desde 1998.
![Porta de ares orientais leva à sala de envelhecimento dos vinhos: museu com ares adega - ou seria o contrário?](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/07/dsc0884.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
A despeito dos 1.200 hectares de vinhedos plantados pelo país, em 40 quintas, a sede dos negócios, a Adega/Museu, em Azeitão (sim, a terra do famoso queijo), é um programaço para quem está em Lisboa ou no Alentejo. A apenas 40 minutos da capital, o passeio une arte, história, degustações e compras (as garrafas aqui saem com desconto).
![A mascote BAC, um imenso bull dog azul: boas-vindas](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/07/dsc0928.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Logo na chegada, quem dá as boas-vindas é a gigante BAC, mascote da casa, uma escultura gigante de um bulldog azul. A visita guiada pela adega inclui a passagem por um encantador acervo de objetos de art nouveau e art déco, peças étnicas africanas e ícones da aclamada cerâmica de Bordalo Pinheiro.
![Barricas de carvalho e azulejos históricos: bela combinação](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/07/dsc0901.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Na sala de envelhecimento dos vinhos, destaque para a belíssima coleção de painéis de azulejos ibéricos. Os exemplares portugueses vão do século 16 ao 20.
![Jardins do Palácio da Bacalhôa: cinco séculos](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/07/dsc0975.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
O passeio pode continuar no Palácio da Bacalhôa, fundado pela Dinastia de Avis cinco séculos atrás. Cercado de vinhedos e com imponentes toques mouriscos na arquitetura, é dono de ambientes ricamente decorados e tem, ao seu redor, um lindo jardim e uma casa do lago.
![A linda Casa do Lago, no Palácio da Bacalhôa](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/07/dsc1004.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Ao fim do percurso vem a degustação. Momento de apreciar delícias como o branco Catarina, o moscatel Bacalhôa ou o premiado tinto Quinta da Bacalhôa, com vista do jardim japonês recheados de esculturas do artista Nizuma, onde fica ainda a árvore Kaki, herdeira da única árvore sobrevivente dos ataques a Nagazaki.
![Degustação com vista: as esculturas de Nizuma no Jardim Japonês](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2017/07/dsc0925.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Lisboa estará sempre a cerca de 30 quilômetros de distância, mas quem quiser se deixar levar pelos encantos da região vai encontrar sombra, água fresca e bons mariscos nos arredores, na Península de Setúbal. Programinha perfeito para um fim de semana bem relax.