Além-mar

Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, quase dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
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TOP 5: onde matar as saudades do Brasil em Lisboa

Os lugares imperdíveis para encontrar o melhor do nosso país na capital portuguesa

Por Rachel Verano
Atualizado em 6 mar 2020, 13h53 - Publicado em 22 jan 2019, 18h43
Caipirinhas do Boteco da Dri, no Cais do Sodré: o acompanhamento perfeito para pastel, mandioca, pão de queijo com pernil...
Caipirinhas do Boteco da Dri, no Cais do Sodré: o acompanhamento perfeito para pastel, mandioca, pão de queijo com pernil… (Bruno Barata/Reprodução)

Que os brasileiros estão invadindo Portugal já não é novidade alguma – a diferença é que agora, junto com eles, estão vindo muitas coisas legais para a Terrinha. E não, não estamos falando das Havaianas que a gente tanto ama (que abriu no Chiado, na Rua Garrett, a maior flagship da Europa) e nem de brigadeiros, hoje já incorporados em boa parte dos cafés tugas (e feitos no capricho, com direito a versões gourmet, em lugares como a Brigadeirando Lx, com unidades no LX Factory e na Casa Pau Brasil, e na Bicicleta de Brigadeiro, da baiana Mafê, que bate ponto em eventos legais da cidade e aceita encomendas pelo perfil @bicicletadebrigadeiro no Instagram).

Estamos falando de botecos com cara de boteco, de dadinhos de tapioca com geleia de pimenta, de pastel frito e de coxinha de catupiry, de sushibar badalado, de sambinha de raiz de primeira e de grandes marcas de roupas e design como Lenny Niemeyer, Atelier Hugo França, Flávia Aranha ou Martha Medeiros. A seguir, um top 5 pra correr de braços abertos sempre que a saudade apertar:

Marco Hennies, o anfitrião da Casa Pau Brasil: curadoria impecável do melhor do Brasil
Marco Hennies, o anfitrião da Casa Pau Brasil: curadoria impecável do melhor do Brasil (Arquivo Pessoal/Arquivo pessoal)

Casa Pau Brasil
O paulistano Marco Hennies é quem dá as boas-vindas ao Palacete Castilho, no coração do Príncipe Real, onde estão reunidas as marcas brasileiras mais incríveis num espaço de curadoria impecável. Tem de Lilly Sarti a Lenny e Água de Coco, das criações cheias de bossa e brasilidade de Martha Medeiros às joias eco de Maria Oiticica e ainda corners da Granado, da Frescobol Carioca, da minha amada grife Flávia Aranha (de linhos e tecidos tingidos naturalmente), além de móveis do naipe de Sérgio Rodrigues, Hugo França e Irmãos Campana. Tá bom ou quer mais? Tem mais: um espaço que recebe exposições de fotógrafos e artistas brasileiros e um café da Brigadeirando Lx (melhor brigadeiro de pistache do planeta!). As próximas novidades: a linha feminina da Osklen, que se junta à já existente masculina, e uma unidade da deliciosa Livraria da Travessa, que vai ocupar um espaço de não menos que 300 metros quadrados ainda neste primeiro semestre. Anote aí: uma nova unidade em Cascais deve dar o ar da graça no segundo semestre!

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Chope com petiscos brasileiros do Dona Beija
Chope com petiscos brasileiros do Dona Beija (Dona Beija/Reprodução)

Dona Beija
O menu deste restaurante em Picoas (a meio caminho entre o Marquês de Pombal e o Saldanha) tem sempre delícias como os dadinhos de tapioca com geleia de pimenta, os bolinhos de feijoada e as coxinhas COM catupiry brasileiro. Mas sua grande fama vem da feijoada que serve aos sábados, com versões tradicional e light, onde só entram carnes “magras” como costelinha e carne seca. Retrospectiva 2022: 9 novidades imperdíveis em Lisboa Em tempo: tem um sanduíche inspirado no do Mercadão de São Paulo, com uma porção magalomaníaca de mortadela, caldinhos e, de sobremesa, doce de leite com queijo coalho.

Mandioca frita do Boteco da Dri: sequinha e com gostinho de quero mais
Mandioca frita do Boteco da Dri: sequinha e com gostinho de quero mais (Bruno Barata/Reprodução)
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Boteco da Dri
Já escrevi sobre ele aqui mas vale sempre relembrar a mandioca e os pastéis fresquinhos, fritos na hora, o pão de queijo com pernil, a caipirinha e os pratos de cozinha afetiva, caso do estrogonofe e do picadinho. À beira-Tejo na região do Cais do Sodré, tem um clima que está mais para restaurante do que para boteco, mas não vá pelo astral. Invista no menu, que é gostoso do começo ao fim.

Neya Castro em ação: sambinha de primeiríssima
Neya Castro em ação: sambinha de primeiríssima (Bruno Barata/Reprodução)

Neya Castro e Samba que te Canto

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A primeira vez que eu assisti a uma apresentação da Neya, cantora de primeiríssima, foi em Azenhas do Mar, num bar de praia, e desde então caí de amores. Já a encontrei com a sua banda em outros cantos da cidade e é sempre contagiante. O repertório é de clássicos do samba de raiz e o sorriso nunca sai do rosto. Teletransporte imediato para barzinhos do Rio ou da Vila Madalena (aaaah, que saudades do sambinha de sábado do São Cristóvão de antigamente…). A programação vai sendo postada nas páginas de facebook dela e da banda (link no título).

Criação do sushibar do Seen: japa como no Brasil
Criação do sushibar do Seen: japa como no Brasil (Seen Lisboa/Reprodução)

Seen
A ideia foi replicar em Lisboa o sucesso do conceito do Seen de São Paulo, no rooftop do Mofarrej, uma parceira dos hotéis Tivoli e do chef Olivier Costa. Instalado estrategicamente no 9º andar do Hotel Tivoli da Avenida da Liberdade, tem uma bela árvore no centro do balcão e descortina lindas vistas da cidade. Para acompanhar os drinques, pense em crocantes de tapioca com queijo curado e geleia de goiabada picante, mandioquinhas com maionese de tucupi e pimenta jiquitaia, empadas de carne seca com requeijão. O sushibar, comandado por Thalles Boniatti dos Santos, é bem à brasileira (tem edamame!!). Resista se puder às sobremesas – que tal o cremoso de banana com paçoquinha?

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