Imagem Blog Além-mar Rachel Verano rodou o mundo, mas foi por Portugal que essa mineira caiu de amores e lá se vão, entre idas e vindas, quase dez anos. Do Algarve a Trás-os-Montes, aqui ela esquadrinha as descobertas pelo país que escolheu para chamar de seu
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Um dia perfeito na cidade do Porto

Da Ribeira ao Palácio da Música, o melhor da cidade portuguesa num roteiro completo

Por Rachel Verano
Atualizado em 27 fev 2023, 11h00 - Publicado em 26 fev 2023, 14h57
O casario colorido da cidade do Porto que desce até as margens do Rio Dourom visto do alto da Ponte D. Luis
A Ribeira do Porto vista do alto da Ponte D. Luis, sobre o Douro (Bruno Barata/Reprodução)
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10h: Acordar com preguiça num dos lindos e aconchegantes apartamentos que pertencem ao hotel Torel 1884 (leia mais sobre ele aqui). Equipados com cozinha completa, roupões e espumante de boas-vindas, eles podem ter um ou dois quartos e têm a localização perfeita para começar o dia: em plena Rua das Flores, uma das mais charmosas do centro histórico, fechada para pedestres e recheada de lojinhas, wine bars, restaurantes e cafés simpáticos.

Num primeiro plano, uma cama desarrumada, com uma janela e, do lado de fora, a cidade do Porto
Quarto de um dos apartamentos do hotel Torel 1884, na Rua das Flores: para acordar sem pressa. (Bruno Barata/Reprodução)

11h: Rume logo para o café da manhã (diga pequeno-almoço) e, se for fim de semana ou alta temporada, vale fazer reserva antes. No Mercador Café (número 180; fecha domingo), o dia começa com deliciosos ovos Benedict, waffles, bowls de fruta e quetais. Para acompanhar, ótimos cafés, sucos naturais e smoothies. Quem quiser se afogar nas calorias, vai encontrar um sem fim de delícias, de croissants a panquecas de doce de leite com banana.

Mesa de café da manhã onde se vê mãos a sgurar uma xícara de café, suco, frutas e ovos
Brunch no Marcador Café. (Bruno Barata/Reprodução)

12h: Saia flanando pela Rua das Flores. É turística? É. Está sempre cheia? Sim. Mas é linda, com suas fachadas coloridas, edifícios bem recuperados e gostosas mesinhas ao sol. Repare nas lojas, algumas das marcas mais emblemáticas do país fincaram bandeira ali, entre elas a Benamôr (número 43) e a Claus Porto (número 22), duas representantes do fascinante mundo dos sabonetes, creminhos e perfumes portugueses. De vez em quando, faça um zigue-zague até a vizinha Rua Mouzinho da Silveira. Lá há outros tesouros portugueses, caso da loja da Burel (número 83), o paraíso das lãs artesanais.

Grupo de pessoas caminha por uma rua fechada para pedestres
A Rua das Flores, fechada para pedestres. (Bruno Barata/Reprodução)
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O interior de uma loja, com prateleiras recheadas de malhas de lã coloridas
Loja da Burel: o paraíso das lãs artesanais. (Bruno Barata/Reprodução)

13h: O fim da Rua das Flores para quem está descendo vai dar na Praça do Infante D. Henrique, onde fica o emblemático Palácio da Bolsa, que começou a ser construído na primeira metade do século 19. Se tiver uma visita guiada saindo, aproveite! O interior é imponente e realmente vale a pena, especialmente pelo lindíssimo Salão Árabe, uma exuberância decorativa inspirada no espetacular Alhambra, de Granada (na Espanha). Complete o circuito com uma visita à vizinha Igreja de São Francisco, erguida entre os séculos 14 e 15, onde o highlight é  o contraste entre a sobriedade da arquitetura gótica e o conjunto de talhas douradas barrocas esculpidas entre os séculos 17 e 18.

Detalhes do Salão Árabe,, com talhas douradas e inspiração moura
O Salão Árabe, o Palácio da Bolsa: inspiração no Alhambra, na Espanha. (Bruno Barata/Reprodução)

14h30: Continue descendo e… bem-vindo à Ribeira, onde as casinhas mais coloridas do Porto encontram o Rio Douro. Antes de passear por ali, cacife uma mesinha na minúscula esplanada da tradicionalíssima Adega São Nicolau e mergulhe sem medo nas sugestões do menu. Entre tantas dezenas de restaurantes pega-turistas, este é quase um segredo escondido da multidão. Da sua cozinha tradicional saem receitas de pratos com cara de comida de mãe. Vale provar o arroz de polvo, o bacalhau, as tripas… 

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Casal sentado numa mesa ao ar livre para almoçar, servindo-se de um dos pratos, com dois copos de vinho branco ao lado
A “esplanada” da Adega São Nicolau. (Divulgação/Reprodução)

15h30: Hora de bater perna pela Ribeira. Para ter uma das melhores vistas do Porto, atravesse a linda Ponte Luís I até Vila Nova de Gaia, na outra margem do Douro.

16h30: Pegue um táxi e vá direto ao imperdível Museu de Arte Contemporânea de Serralves (são menos de 15 minutos de distância), um dos melhores do país, sempre com boas exposições temporárias em cartaz.

O edifício da Casa da Música, que tem a forma de um diamante, ao fim do diam com uma luz de neon roxa numa das fachadas
A Casa da Música, com a sua forma de diamante. (Bruno Barata/Reprodução)
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Pessoas sobem uma escasa iluminada para entrar no edicício da Casa da Música
Entrada no edifício da casa da Música: arquitetura by Rem Koolhaas. (Bruno Barata/Reprodução)

Por volta das 18h, 19h: Tente assistir a um concerto de música clássica na sensacional Casa da Música, um edifício inusitado esculpido na forma de um grande diamante lapidado pelo arquiteto holandês Rem Koolhaas (confira a programação antes de chegar ao Porto e garanta seu bilhete com antecedência!). Quando eu fui, tive a grata surpresa de assistir A Grande Missa em Dó Menor, de Mozart, um espetáculo da Orquestra Sinfônica do Porto.

Músicos em pé no palco com os seus instrumentos, a agradecer os aplausos do público na Casa da Música
A apresentação emocionante da Orquestra Sinfônica do Porto. (Bruno Barata/Reprodução)

20h, 21h: Dependendo da hora prevista para o concerto (ou a visita) acabar, vá jantar ao O Marmorista, a poucos passos de distância da Casa da Música. Uma das grandes aquisições do Porto nos últimos tempos, a casa tem um ótimo bar que serve drinques autorais e cozinha moderninha. Dei azar com o tartar de atum, extremamente fibroso, e a falta de humildade do chef no dia, incapaz de reconhecer uma carne que não se partia nem com a mais afiada das facas, mas nem isso conseguiu estragar a experiência. Fomos das ostras a um delicioso stick toffee pudding, passando pelo crocante tempura de lulas com maionese de wasabi e coentros.

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Bar com pessoas ao balcão e decoração de neon nas paredes
O bar animado do Marmorista. (Bruno Barata/Reprodução)
Mulher segura um copo com um drink num copo vermelho, onde se vê uma cereja, gelo e canudos
O drink Cerasus, com gin e cereja. (Bruno Barata/Reprodução)

Não deixe de provar o Cerasus, drinque que leva gin, Luxardo Maraschino, limão, shrub de cereja e alecrim. E feche o dia perfeito com chave de ouro!

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