“Foi com medo de avião, que eu TE SEGUREI pela primeira vez na MINHA mão…”
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Esta é a minha versão pro velho hit do quase extinto, e sumido, Belchior.
Explico.
Há algum tempo atrás eu só sabia o que era viajar agarrada num vidrinho de gotinhas calmantes, pro caso de um sacolejo mais animado da aeronave. Era um medo escabroso de avião, era um vuco vuco pré-viagem, era o inferno. Coitado de quem viajava comigo!
Enfim, só dava pra voar chap…ops, medicada por meio de receitas prescritas por médicos responsáveis. Esses voos me renderam sonhos mutcho loucos, epifanias, pensamentos profundos que pareciam tão incríveis e logo depois, puft, não eram mais.
Até hoje tenho dúvidas se os livros que li nesses voos eram tão bons ou se as cidades à primeira vista me pareceriam tão legais se estivesse de cara limpa. Tanto que, na volta, lia algumas anotações do início da viagem e pensava: Era eu? E era. Era eu em estado “rivotripado”, o único modo possível de entrar num avião sem me descabelar e dizer: Para que eu quero descer!
Sarei. Voo tranquila, durmo quiném criancinha. O remédio? Um (bom) psiquiatra.
Mas, se você quer tapar o sol com a peneira, vai uma listinha de 5 coisas legais pra tentar abstrair do medo. Nenhuma delas resolveu de verdade meu caso, mas vai que… Você vai perceber que encher a cara de álcool não está nesta lista, não seria adequado e você corre o risco de acordar numa escala não programada, algemado na poltrona.
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1. Ouvir um playlist das 10 músicas mais relaxantes do mundo.
2. Aproveitar aquelas 9, 10, 12 horinhas pra colocar a relação em dia e garrar numa DR daquelas com seu amor.
3. Levar seu gato (de quatro patas) pra ir afofando durante o voo.
4. Tentar engatilhar um papo com o gatinho (a) ao lado e torcer pra ele não ser um mala ou (pior) um psicopata.
5. Rezar.