7 lugares fora do óbvio para entender o Império Romano em Roma
Atrações diferentonas para voltar no tempo sem sair de Roma e, quem sabe, ainda encontrar Júlio César dando sopa por aí

Roma é uma das cidades mais turísticas do mundo, com 7 a 10 milhões de visitantes todos os anos. Boa parte dos turistas que compõem este número visitam a metrópole pela primeira vez e, como é característico de novatos, preferem visitar as mais famosas atrações do lugar.
O Coliseu, o Panteão e o Foro Romano são as três construções originárias do Império Romano mais conhecidas e frequentadas na cidade. Para viajantes que já visitaram a metrópole ou para os entusiastas pelo assunto, porém, vale a pena separar um momento para conhecer mais a fundo as relíquias provenientes dos séculos de dominação romana que a Cidade Eterna tem a oferecer.
Para este passeio especial, separamos algumas atrações fora do óbvio para um roteiro de volta ao tempo dos grandes imperadores romanos:
1. Termas de Caracala

Até destroçada as Termas de Caracala são deslumbrantes (foto: Marzia Giacobbe/iStock)
Enquanto o Império Romano do Ocidente encontrava-se em seus suspiros finais, as Termas de Caracala viviam seus tempos gloriosos. Construídas no século 3, o recinto chegou a ser considerado um dos lugares mais belos de Roma Antiga, graças a suas pinturas e mosaicos. Além disso, conseguia receber mais de 1.300 pessoas e abrigar mais de 80 mil litros de água em suas cisternas. Hoje, o local ainda é bonito, mas de uma forma diferente: guarda um conjunto de resquícios e ruínas históricas que mostram como os romanos consideravam o banho uma atividade de higiene e purificação do corpo e da alma.
Viale delle Terme di Caracalla
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2. Termas de Diocleciano

As Termas de Diocleciano realmente impressionam pelo tamanho (foto: mauriziobiso/iStock)
Apesar da beleza, as Termas de Carcala não eram páreo para as de Diocleciano, que eram as maiores de toda a Roma Antiga – o lugar podia abrigar quase o dobro de pessoas, cerca de 3.000. Arquitetada em 306 pelo imperador de mesmo nome, a terma só parou de funcionar com as invasão dos godos (um grupo bárbaros, germânicos) em 537. Atualmente, faz parte do Museu Nacional Romano.
Viale Enrico de Nicola, 79
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3. Teatro de Pompeu

O Teatro de Pompeu também fica próximo a Praça di Torre Argentina (foto: IR_Stone/iStock)
Outrora o maior teatro do mundo, atualmente o Teatro de Pompeu é apenas um conjunto de ruínas. Construído a pedido do imperador que o nomeou, em 55 a.C., este palco também foi o primeiro da cidade a oferecer espetáculos fixos, não itinerantes. Além de testemunhar dramas ficcionais, a frente do teatro também presenciou o assassinato do grande imperador Júlio César, a facadas, em 44 a.C na Cúria de Pompeu.
Largo Torre Argentina
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4. Coluna de Trajano

Cada um dos blocos da Coluna de Trajano pesam toneladas! (foto: powerofforever/iStock)
Esta atração romana pode não ser um obelisco, mas têm uma história interessante. O imperador Ulpio Trajano, para comemorar a vitória contra os Dácios (povo que costumava ocupar a região que hoje é a Romênia), mandou construir esta coluna no ano de 113. São 38 metros de altura distribuídos por uma base de oito metros e mais vinte blocos de mármore. Espiralando por sua superfície, desenhos encrustados na pedra contam a sequência de acontecimentos deste episódio histórico. No seu topo, hoje, encontra-se uma estátua de São Pedro, na época de construção, porém, o cristianismo ainda dava seus primeiros passos e o topo do monumento costumava exibir a imagem de Trajano.
Via dei Fori Imperiali
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5 e 6. Arcos de Constantino e de Tito

O Arco de Constantino é um forte concorrente do Arco do Triunfo, em Paris (foto: gianliguori/iStock)
Ambos os arcos triunfais se localizam ao lado de duas grandes atrações romanas. A oeste do Coliseu, o de Constantino foi projetado em 315 para comemorar a vitória na Batalha de Ponte Mílvia pelo imperador Constantino, tornando-o único governante do Império Romano. As cenas da luta e conquista estão gravadas sobre a superfície do monumento.
Já o de Tito, erguido no ano 81 perto do Fórum Romano, marca um ainda maior episódio da história romana. Símbolo da perseguição aos judeus, o monumento exalta a invasão da Judeia pelo imperador Tito Flávio e a destruição do Templo de Jerusalém – que estava sendo erguido na época.
Arco de Constantino: Via di San Gregorio
Arco de Tito: Via Sacra

Infelizmente, o Arco de Tito tem esculturas antissemitas (foto: Holger Mette/iStock)
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7. Largo di Torre Argentina
Esta área mais parecida com uma praça oferece ruínas de quatro construções romanas (ao lado, está o Teatro de Pompeu). O primeiro é o Templo de Juturna, erguido no século 3 a.C, já o segundo, o Templo da Fortuna do Dia, é datado do século 1 a.C, e dedicado a deusa de mesmo nome. Fazendo vizinhança, o Templo de Ferônia é o mais antigo do complexo. Foi elevado 500 anos a.C. e feito em homenagem a divindade da fertilidade. Por fim, o Templo dos Lares Permarinos é o maior do conjunto e data de 2 a.C.

Os resquícios do Templo de Juturna (foto: powerofforever/iStock)