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A sustentável leveza de um hotel

Do minhocário ao trato com os cadeirantes, um hotel de Socorro (SP) mostra com quantas lâmpadas fluorescentes se faz um lugar ecofriendly

Por Bruno Favoretto
Atualizado em 16 dez 2016, 08h18 - Publicado em 12 nov 2012, 14h15

Reaproveitar a toalha do banho? Placas solares para esquentar a água? Minhocário? Confesso que foi com certa desconfiança que me hospedei no Hotel-Fazenda Campo dos Sonhos (diárias desde R$ 300, com refeição completa), referência entre os hotéis que adotam protocolos ecofriendly. Mas, ainda bem, quebrei a cara. Comprovei que a experiência de ficar em um hotel sustentável em nada restringe a vida do hóspede – a água do chuveiro esquentou rapidinho. em Socorro, a 130 quilômetros de São Paulo, o empreendimento ganhou o prêmio de hotel sustentável de 2011 do Guia Brasil – eles cumprem 11 das 17 iniciativas verdes estabelecidas pela publicação. “Reciclamos tudo”, diz o dono José Fernandes. “As pessoas não entendem que lixo é dinheiro.” Para cadeirantes como eu, o hotel é ainda mais exuberante: é o único do país a respeitar todas as normais de acessibilidade (junto com o Hotel Parque dos Sonhos, também de Fernandes). Lá dentro, curti uma tirolesa e andei a cavalo numa sela adaptada. Deram-me também uma cadeira motorizada para circular pela grande propriedade. Grande, não só no tamanho.

HAJA MINHOCA

Veja em detalhes alguns dos expedientes sustentáveis do Campo dos Sonhos

  • HERE COMES THE SUN

Nos telhados do hotel, placas fotovoltaicas (ilustração 1) transformam a luz do Sol em energia elétrica. Ela é utilizada para aquecer a água em um sistema comumente usado no país, com boiler.

Placas voltaicas
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Ilustração 1 – Alex Afonso

  • E FEZ-SE A LUZ

No hotel só entram lâmpadas econômicas:

8 mil horas são a vida útil da lâmpada econômica (fluorescente), oito vezes mais que a da convencional

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80 mil horas são a duração de uma lâmpada de led, modelo que está sendo implantado aos poucos no hotel

  • FORÇA DE SANSÃO

No lugar de cercas de arame ou portões de madeira, o hotel usa sansão-do-campo, uma planta espinhosa, para proteger a propriedade

  • MINHOCAS AOS MILHÕES
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O hotel produz mensalmente cerca de 4 toneladas de lixo orgânico. Para transformar todo esse resíduo em adubo, são utilizadas cerca de 250 mil minhocas. Elas devoram os dejetos e devolvem o lixo decomposto. Este, por sua vez, é empregado como adubo na horta orgânica (ilustração 2)

Ilustração 2

Ilustração 2 – Alex Afonso

  • TROCANDO O ÓLEO
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200 litros de óleo são reciclados por mês. Parte é transformada em sabão, e o restante é levado por um fornecedor, que em troca traz detergente.

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