O uso de aviões sem piloto está mais próximo do que se imagina. Um relatório feito pela empresa de serviços financeiros UBS, revelou que a ideia de embarcar em um avião pilotado por máquinas pode se tornar realidade a partir de 2025. O banco suíço afirmou que as companhias aéreas poderiam poupar até U$35 bilhões com a medida.
A redução na mão de obra atrelada a implantação de seguros mais baratos poderia trazer grandes benefícios tanto para as companhias como para os passageiros que pagariam 10% a menos pelas passagens de avião. O primeiro passo para isto se tornar real seria reduzir o número de pilotos na cabine para apenas um.
Desde que foi divulgado, o estudo tem provocado muitas críticas dos passageiros que afirmaram que “não comprariam bilhetes de avião sem piloto mesmo que fossem mais baratos”, de acordo com o relatório, citado pelo The Guardian.
Das 8 mil pessoas entrevistadas pelo banco, 54% disseram que não aceitariam voar em aeronave sem piloto e apenas 17% teriam coragem, sendo que os franceses e alemães foram os que aceitaram melhor a proposta. Em resposta, a UBS acredita que a “a aceitação [deverá] crescer ao longo do tempo”.
Enquanto isso, os fabricantes de aeronaves como Airbus e Boeing já estariam se preparando para introduzir a tecnologia para o próximo ano. Tudo indica que o mercado mais provável a aderir aos aviões sem piloto seja o de transporte de cargas, por motivos óbvios. Apesar que a Ryanair, umas das pioneiras da aviação low-cost e famosa por cobrar absolutamente tudo, é provável que cresça o olho para a ideia. O presidente da empresa, Michael O’Leary, disse uma vez que se fosse permitido voar com apenas um piloto, ele seria o primeiro a aderir. Na ocasião, ele declarou que “o co-piloto só está lá para se certificar de que o piloto não vá dormir sobre os computadores de bordo”.