Caminhando pela América do Sul: 16 paisagens da Qhapaq Ñan, as estradas dos Incas
Os caminhos cortam toda a Cordilheira dos Andes, passam por florestas, deserto e chegam ao mar – aos poucos eles vão sendo restaurados e abertos para o turismo
![Trilha Inca no Peru - trilhas para se fazer a pé pelo mundo](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/12/4958725591.jpeg?quality=90&strip=info&w=1200&h=720&crop=1)
![<a href="https://viajeaqui.abril.com.br/cidades/peru-machu-picchu" rel="Machu Picchu - Peru" target="_blank"><strong>Machu Picchu</strong></a><strong><a href="https://viajeaqui.abril.com.br/cidades/peru-machu-picchu" rel="Machu Picchu - Peru" target="_blank"> – Peru</a></strong>A antiga trilha aberta pelos incas, que leva ao vale sagrado de Machu Picchu, hoje é percorrida por milhares de aventureiros que encontram montanhas com picos congelados, florestas altas, ruínas e penhascos ao longo do caminho. Julho é o mês mais recomendado para encará-la por ser uma época seca e sem chuva. O trajeto clássico tem aproximadamente 45 quilômetros e dura quatro dias. No entanto, existem opções de trilhas mais curtas (dois dias, por exemplo). O mal de altitude é o principal vilão para os aventureiros, que normalmente é combatido mascando folhas de coca <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/cidades/peru-machu-picchu" rel="Machu Picchu - Peru" target="_blank"><strong>Machu Picchu</strong></a><strong><a href="https://viajeaqui.abril.com.br/cidades/peru-machu-picchu" rel="Machu Picchu - Peru" target="_blank"> – Peru</a></strong>A antiga trilha aberta pelos incas, que leva ao vale sagrado de Machu Picchu, hoje é percorrida por milhares de aventureiros que encontram montanhas com picos congelados, florestas altas, ruínas e penhascos ao longo do caminho. Julho é o mês mais recomendado para encará-la por ser uma época seca e sem chuva. O trajeto clássico tem aproximadamente 45 quilômetros e dura quatro dias. No entanto, existem opções de trilhas mais curtas (dois dias, por exemplo). O mal de altitude é o principal vilão para os aventureiros, que normalmente é combatido mascando folhas de coca](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/495872559.jpeg?quality=90&strip=info&w=925&w=636)
![<strong>Trilha Salcantay – Peru </strong>Podendo durar 5 dias ou mais, a trilha que remete ao nevado cultuado pelos incas da região de Machu Picchu (foto) leva por caminhadas feitas a quase 4 mil metros de altitude e termina em Águas Calientes, a cidade ao pé das ruínas mais famosas do Peru. O incessante sobe e desce exige bastante dos joelhos, mas quem vai no esquema <em>lodge to lodge</em> fica hospedado em cabanas com camas confortáveis e água quente e descansa tranquilo para o próximo dia de caminhada. O passeio é feito pela agência <a href="https://www.mountainlodgesofperu.com/" rel="Mountain Lodges of Peru" target="_blank">Mountain Lodges of Peru</a> e não custa barato (mais informações na matéria abaixo) <strong>Trilha Salcantay – Peru </strong>Podendo durar 5 dias ou mais, a trilha que remete ao nevado cultuado pelos incas da região de Machu Picchu (foto) leva por caminhadas feitas a quase 4 mil metros de altitude e termina em Águas Calientes, a cidade ao pé das ruínas mais famosas do Peru. O incessante sobe e desce exige bastante dos joelhos, mas quem vai no esquema <em>lodge to lodge</em> fica hospedado em cabanas com camas confortáveis e água quente e descansa tranquilo para o próximo dia de caminhada. O passeio é feito pela agência <a href="https://www.mountainlodgesofperu.com/" rel="Mountain Lodges of Peru" target="_blank">Mountain Lodges of Peru</a> e não custa barato (mais informações na matéria abaixo)](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/peru_-_salkantay_trek_097_-_salkantay-mckay-savage.jpeg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![<strong>Trilha Salcantay – Peru</strong>Ao longo da trilha, caminhantes encontram muros de pedra inca pelo vale do rio Urubamba, que servem até hoje para conter ovelhas, vacas e alpacas dos pastores da região <strong>Trilha Salcantay – Peru</strong>Ao longo da trilha, caminhantes encontram muros de pedra inca pelo vale do rio Urubamba, que servem até hoje para conter ovelhas, vacas e alpacas dos pastores da região](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/peru_-_salkantay_trek_-_rock_wall-mckay-savage.jpeg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![<strong>Trilha Salcantay – Peru</strong>Ainda que não chegue diretamente em Machu Picchu, as ruínas da cidade aparecem no horizonte no final da caminhada. As construções ao longe (foto) são da Casa do Guardião da Pedra Funerária, no topo de terraços usados para agricultura <strong>Trilha Salcantay – Peru</strong>Ainda que não chegue diretamente em Machu Picchu, as ruínas da cidade aparecem no horizonte no final da caminhada. As construções ao longe (foto) são da Casa do Guardião da Pedra Funerária, no topo de terraços usados para agricultura](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/peru_-_salkantay_trek_165_-_machu_picchu_visible_above_the_valley-mckay-savage.jpeg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![<strong>Vilcabamba – Peru</strong>Limitada pelos cânions do Apurímac e Willcamayu, Vilcabamba foi o último bastião da resistência inca ante a invasão espanhola. A cidade acolheu a linhagem real inca remanescente que impôs resistência aos espanholes até meados do século 16 <strong>Vilcabamba – Peru</strong>Limitada pelos cânions do Apurímac e Willcamayu, Vilcabamba foi o último bastião da resistência inca ante a invasão espanhola. A cidade acolheu a linhagem real inca remanescente que impôs resistência aos espanholes até meados do século 16](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/vilcabamba_archaeological_site_nusta_hispana-againerick.jpeg?quality=90&strip=info&w=817&w=636)
![<strong>Choquequirao – Peru</strong>Seu nome significa "berço de ouro" em quechua e trata-se de uma cidade inca clássica, com setores sagrado, urbano e agrícola. Apenas 30% de sua área total foram escavados, mas uma parceria entre governo do Peru e da França promete acelerar os trabalhos – a ideia é transformar essa pequena cidade em ruínas em uma nova Machu Picchu. <strong>Choquequirao – Peru</strong>Seu nome significa "berço de ouro" em quechua e trata-se de uma cidade inca clássica, com setores sagrado, urbano e agrícola. Apenas 30% de sua área total foram escavados, mas uma parceria entre governo do Peru e da França promete acelerar os trabalhos – a ideia é transformar essa pequena cidade em ruínas em uma nova Machu Picchu.](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/choquequirao_-_vue_panoramique_en_fin_d-apres-midi-martin-st-amant.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![<strong>Trekking pelo Vale de Lares – Peru</strong>Um dos melhores trekkings para entrar em contato com povoados que ainda preservam modo de vida ancestral. Viajantes passam por sítios arqueológicos incaicos, visitam vilarejos agrícolas, comunidades indígenas e famílias de tecelões em um trajeto que leva 4 dias e tem trechos a 4.400 metros de altitude <strong>Trekking pelo Vale de Lares – Peru</strong>Um dos melhores trekkings para entrar em contato com povoados que ainda preservam modo de vida ancestral. Viajantes passam por sítios arqueológicos incaicos, visitam vilarejos agrícolas, comunidades indígenas e famílias de tecelões em um trajeto que leva 4 dias e tem trechos a 4.400 metros de altitude](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/peru_-_trekking_from_urubamba_012_-_valley_view-mckay-savage.jpeg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![<strong>Vale de Lares – Peru</strong>Llamas e alpacas pastam em campos a mais de 4 mil metros de altitude, vistas durante caminhada pelo Vale de Lares <strong>Vale de Lares – Peru</strong>Llamas e alpacas pastam em campos a mais de 4 mil metros de altitude, vistas durante caminhada pelo Vale de Lares](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/peru_-_lares_trek_011_-_llamas_-_alpacas_at_pasture_high_up_above_4000m-mckay-savage.jpeg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![<strong>Qollasuyo – <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/bolivia" rel="Bolívia" target="_blank">Bolívia</a> e Peru</strong>Seu nome se deve aos povos collas, de língua aymara, que ocupavam a região antes dos Incas. Após a vitória incaica, o Qollasuyo se transformou em uma subdivisão do Império andino. A região de povoamentos agrupados ao redor do Lago Titicaca é uma das que preservam as tradições e ruínas dessa época. A trilha "Desaguadero – Viacha" rodeia o lago e atravessa espaços rituais importantes até hoje entre os povos aymaras que hoje habitam o Titicaca <strong>Qollasuyo – <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/bolivia" rel="Bolívia" target="_blank">Bolívia</a> e Peru</strong>Seu nome se deve aos povos collas, de língua aymara, que ocupavam a região antes dos Incas. Após a vitória incaica, o Qollasuyo se transformou em uma subdivisão do Império andino. A região de povoamentos agrupados ao redor do Lago Titicaca é uma das que preservam as tradições e ruínas dessa época. A trilha "Desaguadero – Viacha" rodeia o lago e atravessa espaços rituais importantes até hoje entre os povos aymaras que hoje habitam o Titicaca](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/ilha_do_sol45-alexson-scheppa-peisino.jpeg?quality=90&strip=info&w=817&w=636)
![<strong>Inskawaya – <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/bolivia" rel="Bolívia" target="_blank">Bolívia</a></strong>A extensão da cidade de Inskawara é maior do que a de Machu Picchu, mas está bem menos preservada. Foi construída inicialmente pela cultura Mollo, anterior aos Incas. Estima-se que o assentamento pré-colombiano começou em 800 a.C. Em seu auge, entre 1.145 e 1.425, foi habitada por cerca de 2.500 pessoas <strong>Inskawaya – <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/bolivia" rel="Bolívia" target="_blank">Bolívia</a></strong>A extensão da cidade de Inskawara é maior do que a de Machu Picchu, mas está bem menos preservada. Foi construída inicialmente pela cultura Mollo, anterior aos Incas. Estima-se que o assentamento pré-colombiano começou em 800 a.C. Em seu auge, entre 1.145 e 1.425, foi habitada por cerca de 2.500 pessoas](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/vista_panoramica_de_las_ruinas_de_iskanwaya-giovo95.jpeg?quality=90&strip=info&w=923&w=636)
![<strong>Trilha Choro – <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/bolivia" rel="Bolívia" target="_blank">Bolívia</a></strong>Essa trilha é uma clara evidência da eficiência arquitetônica e de engenharia dos Incas, pois passa por topografia muito difícil e sem dúvidas apresentou diversos problemas logísticos durante sua construção, devido as grandes distâncias entre os centros mais povoados da época <strong>Trilha Choro – <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/bolivia" rel="Bolívia" target="_blank">Bolívia</a></strong>Essa trilha é uma clara evidência da eficiência arquitetônica e de engenharia dos Incas, pois passa por topografia muito difícil e sem dúvidas apresentou diversos problemas logísticos durante sua construção, devido as grandes distâncias entre os centros mais povoados da época](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/choro-trail-bolivien-ausblick-hmorisse.jpeg?quality=90&strip=info&w=832&w=636)
![<strong>Pukara de Quitor – <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/chile" rel="Chile" target="_blank">Chile</a></strong> Essa fortaleza de pedra construída pelos Incas fica a 3 km de <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/cidades/chile-san-pedro-de-atacama" rel="San Pedro de Atacama" target="_blank">San Pedro de Atacama</a>, a principal cidade do norte do Chile. Nesse local foi realizada uma batalha entre indígenas atacameños e espanhóis. É possível chegar até as ruínas de carro, à pé ou bicicleta, partindo de San Pedro <strong>Pukara de Quitor – <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/chile" rel="Chile" target="_blank">Chile</a></strong> Essa fortaleza de pedra construída pelos Incas fica a 3 km de <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/cidades/chile-san-pedro-de-atacama" rel="San Pedro de Atacama" target="_blank">San Pedro de Atacama</a>, a principal cidade do norte do Chile. Nesse local foi realizada uma batalha entre indígenas atacameños e espanhóis. É possível chegar até as ruínas de carro, à pé ou bicicleta, partindo de San Pedro](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/pukara_de_quitor-bitacoreta.jpeg?quality=90&strip=info&w=817&w=636)
![<strong>Llullaillaco – <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/argentina" rel="Argentina" target="_blank">Argentina</a></strong> O caminho leva da base ao cume do vulcão de mesmo nome (Llullaillaco – pronuncie se for capaz), onde foram encontradas três múmias extremamente bem conservadas com mais de 500 anos. As três crianças estavam enterradas a 6.739m de altitude, quase no topo do vulcão, na província de <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/cidades/ar-salta" rel="Salta" target="_blank">Salta</a>, na <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/argentina" rel="Argentina" target="_blank">Argentina</a>. As múmias estão em exibição no Museu de Arqueologia de Alta Montanha em Salta. Durante a caminhada até o topo do Llullaillaco há vários sítios arqueológicos que podem ser visitados <strong>Llullaillaco – <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/argentina" rel="Argentina" target="_blank">Argentina</a></strong> O caminho leva da base ao cume do vulcão de mesmo nome (Llullaillaco – pronuncie se for capaz), onde foram encontradas três múmias extremamente bem conservadas com mais de 500 anos. As três crianças estavam enterradas a 6.739m de altitude, quase no topo do vulcão, na província de <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/cidades/ar-salta" rel="Salta" target="_blank">Salta</a>, na <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/argentina" rel="Argentina" target="_blank">Argentina</a>. As múmias estão em exibição no Museu de Arqueologia de Alta Montanha em Salta. Durante a caminhada até o topo do Llullaillaco há vários sítios arqueológicos que podem ser visitados](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/llullaillaco-lion-hirth.jpeg?quality=90&strip=info&w=817&w=636)
![<a href="http:// https://viajeaqui.abril.com.br/materias/ingapirca-e-o-melhor-sitio-arqueologico-do-equador-canari-incas" rel="Ingapirca - Equador" target="_blank"><strong>Ingapirca – Equador</strong></a> O sítio arqueológico mais bem conservado do Equador fica no fim do Qhapaq Ñan equatorial e está a 90 km de <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/materias/passeio-de-trem-equador-abismos-nariz-del-diablo-canion-rio-chanchan" rel="Alausí" target="_blank">Alausí</a>, onde se pega o trem para o cânion Nariz del Diablo. Para chegar caminhando há uma trilha de 40 km que pode ser percorrida em 3 dias por montanhas belíssimas <a href="http:// https://viajeaqui.abril.com.br/materias/ingapirca-e-o-melhor-sitio-arqueologico-do-equador-canari-incas" rel="Ingapirca - Equador" target="_blank"><strong>Ingapirca – Equador</strong></a> O sítio arqueológico mais bem conservado do Equador fica no fim do Qhapaq Ñan equatorial e está a 90 km de <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/materias/passeio-de-trem-equador-abismos-nariz-del-diablo-canion-rio-chanchan" rel="Alausí" target="_blank">Alausí</a>, onde se pega o trem para o cânion Nariz del Diablo. Para chegar caminhando há uma trilha de 40 km que pode ser percorrida em 3 dias por montanhas belíssimas](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/ingapirca_canari-incan_ruins_seen_from_ingapirca-cayambe.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![<a href="https://viajeaqui.abril.com.br/materias/ingapirca-e-o-melhor-sitio-arqueologico-do-equador-canari-incas" rel="Ingapirca - Equador " target="_blank"><strong>Ingapirca – Equador</strong></a> As construções iniciais de Ingapirca eram do povo Cañari, que ocupou a região por 1.000 anos antes de serem dominados pelos Incas. O Templo do Sol (foto) tinha um observatório astronômico e era palco de cerimônias cañaris. Depois foi tomado pelos conquistadores incas e transformado em forte militar até que os espanhóis chegaram e usaram parte das pedras sagradas para construir suas casas. Suas rochas cortadas em forma de trapézio são como as de Machu Picchu <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/materias/ingapirca-e-o-melhor-sitio-arqueologico-do-equador-canari-incas" rel="Ingapirca - Equador " target="_blank"><strong>Ingapirca – Equador</strong></a> As construções iniciais de Ingapirca eram do povo Cañari, que ocupou a região por 1.000 anos antes de serem dominados pelos Incas. O Templo do Sol (foto) tinha um observatório astronômico e era palco de cerimônias cañaris. Depois foi tomado pelos conquistadores incas e transformado em forte militar até que os espanhóis chegaram e usaram parte das pedras sagradas para construir suas casas. Suas rochas cortadas em forma de trapézio são como as de Machu Picchu](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/dde-sa07-jme0054.jpeg?quality=90&strip=info&w=920&w=636)
![<a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/equador" rel="Cojitambo - Equador " target="_blank"><strong>Cojitambo – Equador</strong></a> Esse complexo arqueológico é o que restou de um santuário cerimonial canar e inca, além de ter funcionado como forte militar. O povo Canar ocupou a região de 500 a.C. até 1450, quando foram conquistados pelos Incas. Os terraços, escadas e poço são de origem canar, mas os dois edifícios ainda de pé são incas <a href="https://viajeaqui.abril.com.br/paises/equador" rel="Cojitambo - Equador " target="_blank"><strong>Cojitambo – Equador</strong></a> Esse complexo arqueológico é o que restou de um santuário cerimonial canar e inca, além de ter funcionado como forte militar. O povo Canar ocupou a região de 500 a.C. até 1450, quando foram conquistados pelos Incas. Os terraços, escadas e poço são de origem canar, mas os dois edifícios ainda de pé são incas](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/complejo_arqueologicas_de_cojitambo-amalavida-tv.jpeg?quality=90&strip=info&w=817&w=636)
![Qhapaq Ñan em quéchua significa “Caminho Real”. Em seu auge, ele consistia em quase 40 mil km de estradas que tinham função de comunicação, comércio e defesa de imenso território. Construída pelos Incas durante séculos e parcialmente baseada em infraestrutura pré-incaica, essa rede corta e dá acesso a uma das zonas geográficas mais extremas do planeta, passando por montanhas cobertas de neve na Cordilheira dos Andes (alguns trechos estão a 6 mil metros de altitude!), levando à costa do Pacífico, cortando a floresta amazônica, vales férteis e o deserto mais árido do mundo, o Atacama Qhapaq Ñan em quéchua significa “Caminho Real”. Em seu auge, ele consistia em quase 40 mil km de estradas que tinham função de comunicação, comércio e defesa de imenso território. Construída pelos Incas durante séculos e parcialmente baseada em infraestrutura pré-incaica, essa rede corta e dá acesso a uma das zonas geográficas mais extremas do planeta, passando por montanhas cobertas de neve na Cordilheira dos Andes (alguns trechos estão a 6 mil metros de altitude!), levando à costa do Pacífico, cortando a floresta amazônica, vales férteis e o deserto mais árido do mundo, o Atacama](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/mapa-qhapaq-nan.jpeg?quality=90&strip=info&w=352&w=636)
Assim como o Império Romano, os incas construíram um vasto sistema de acesso ao seu território de dominação política e econômica. Se na Europa todos os caminhos levavam a Roma, nos Andes todos os caminhos chegavam em Cusco, cidade que hoje é peruana, mas foi a grande sede do Império Inca antes da dominação espanhola.
As rotas do Qhapaq Ñan estão espalhadas por terras que hoje são parte da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru, que antes dos espanhóis compunham o Tahuantisuyo, nome quéchua do Império Inca que significa “Quatro Territórios”. Pesquisadores ainda estão descobrindo novos trechos dessa extensa malha viária inca. Esses caminhos vão sendo restaurados e abertos ao turismo aos poucos, mas já há vários abertos para trilhas que contam com o apoio das comunidades locais.
Além da Trilha Inca para Machu Picchu
Muita gente já ouviu falar da Trilha Inca, que vai de Cusco a Machu Picchu passando por ruínas enormes, montanhas verdejantes com picos nevados e pequenos povoados que conservam sua tradição indígena apesar da força massacrante da globalização. Essa bela trilha é apenas um pequeno pedacinho do Qhapaq Ñan. É o trecho mais batido dele – há outros caminhos menos explorados e mais intocados que podem ser visitados por turistas e alguns deles inclusive também levam a Machu Picchu, se esse é seu objetivo final.
Por ser a trilha mais procurada para a Cidade Perdida dos Andes, o acesso à Trilha Inca está todo controlado pelo governo peruano e sua visita deve ser programada com antecedência. Apenas 500 pessoas (entre turistas, guias, carregadores e cozinheiros) podem percorrê-la ao mesmo tempo e a entrada a Machu Picchu está restrita a 2,5 mil pessoas por dia (deve ser reservada no site do governo).
Se seu objetivo é conhecer a natureza andina, seu povo e ruínas arqueológicas vistas por poucos, considere ir além da Trilha Inca e aproveite que ainda há muitos passeios que são feitos por poucas pessoas e que também levam à Machu Picchu. Calce botas de caminhada confortáveis, faça um check-up de saúde (especialmente dos joelhos, porque as subidas e descidas exigem muito deles) e contrate agências confiáveis que podem levá-lo por rotas menos trafegadas com segurança e comodidade.
A melhor época pra ir seria julho por ser o mês mais seco, mas também é a mais procurada (e por isso mais difícil conseguir agendar sua entrada a Machu Picchu), além de ficar muito frio à noite. Os guias também recomendam os meses de setembro e outubro, quando as temperaturas já estão (um pouco) mais amenas, o acesso às ruínas em Machu Picchu está menos disputado e o tempo continua seco. Essa época também é ótima para observar a Via Láctea, especialmente na região de Chinchero, povoado a cerca de 35 quilômetros de Cusco e a quase 3.800 metros de altitude.