Nada contra a Suíça, mas sempre acabo deixando o país de lado com a desculpa de que é um lugar para se ir mais velho: limpo, civilizado ao extremo, poliglota, povo amável e educado. Mas o acaso me levou a Zurique e saí de lá encantado.
É pequena, fácil de percorrer e tem ótimo sistema de transporte público, ainda que bater pernas seja a melhor forma de explorá-la. O centro antigo, à beira do Lago Zurique e às margens do Limmat, o límpido rio que corta a cidade, rendem ótimas caminhadas.
Eis cinco outros motivos para incluir Zurique em seu roteiro (além dos queijos, dos chocolates e do relógio cuco, claro).
Chäsalp (www.chaesalp.ch) – Um pouco afastado do centro, no bairro elegante de Zürichberg, fui levado a esse restaurante por amigos locais com a promessa de que experimentaria as melhores fondues e raclettes da cidade. Não deu outra. Comi divinamente.
Hotel Dolder Grand (www.thedoldergrand.com) – Mesmo para quem não se hospeda, a visita é ótimo programa. Ele fica na parte altada cidade e descortina vistas fantásticas do Lago Zurique e dos Alpes. O hotel, de 1899, recebeu uma intervenção do arquiteto Norman Foster, que restaurou o prédio principal e projetou duas modernas alas laterais.
Igreja de Fraumünster (www.fraumuenster.ch) – Este templo do século 9 é um marco por ter acolhido os huguenotes (protestantes franceses) fugidos de seu país. Hoje é mais conhecida pelos vitrais criados por Marc Chagall. Além de ser uma festa para os olhos, os cinco painéis são um convite à compreensão entre os homens: Chagall, artista judeu, criou vitrais com imagens cristãs – incluindo a Virgem Maria, venerada pelos católicos – dentro de uma igreja protestante.
Museu Kunsthaus (www.kunsthaus.ch) – A coleção de arte é magnífica, com destaque para os modernistas. Em 2012 os cidadãosda cidade serão convidados a votar um plano de expansão do museu – nada mais suíço.
Zunfthaus Zur Waag (www.waag.ch) – Restaurante no coração da cidade que funciona desde1315. O viande des grisons, fatias finas de carne curada, era divino.