10 locais sagrados que não podem faltar no roteiro de Kyoto
Com mais de 2000 templos e santuários, é difícil escolher quais visitar. Confira nossa seleção de 10 lugares sagrados imperdíveis
Kyoto, antiga capital do império japonês, é até hoje considerada o coração da cultura tradicional do país. Não é para menos: a cidade conta com 17 locais considerados Patrimônios da Humanidade pela UNESCO, dos quais 16 são templos e santuários – a única exceção é o castelo Nijo.
Além disso, os mais de 2000 templos budistas e santuários xintoístas mostram o quanto essas religiões (a primeira importada da China e a segunda nativa do país) foram de extrema importância na história e na cultura do país – e ainda são.
Até hoje diversos festivais e cerimônias são parte essencial da vida cotidiana dos japoneses, e são realizadas nessas construções milenares. Tantas opções podem tornar bem difícil a escolha de quais delas incluir no roteiro de viagem, especialmente se o tempo é curto. Pensando nisso, selecionamos 10 dos mais importantes – e bonitos! – templos e santuários que não podem faltar em sua visita.
![<strong>Kinkaku-ji (Rokuon-ji) </strong> Apelidado de “pavilhão dourado”, é com certeza uma das construções mais bonitas da cidade. Antiga “casa de repouso” do shogun (antigo chefe de estado) Ashikaga Yoshimitsu, foi transformado em templo budista após sua morte em 1408. Com os dois andares superiores inteiramente revestidos por folhas de ouro, o pavilhão literalmente brilha ao refletir a luz do sol, e tem o efeito maximizado pelo reflexo no lago a sua volta. A construção já foi destruída por dois incêndios, mas foi reconstruída a cada vez – a estrutura atual data de 1955. <strong>Kinkaku-ji (Rokuon-ji) </strong> Apelidado de “pavilhão dourado”, é com certeza uma das construções mais bonitas da cidade. Antiga “casa de repouso” do shogun (antigo chefe de estado) Ashikaga Yoshimitsu, foi transformado em templo budista após sua morte em 1408. Com os dois andares superiores inteiramente revestidos por folhas de ouro, o pavilhão literalmente brilha ao refletir a luz do sol, e tem o efeito maximizado pelo reflexo no lago a sua volta. A construção já foi destruída por dois incêndios, mas foi reconstruída a cada vez – a estrutura atual data de 1955.](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/kinkakuji_minha.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![<strong>Ginkaku-ji (Jisho-ji) </strong> Apesar de seu apelido querer dizer “pavilhão de prata”, o templo não é revestido pelo metal. Espelhado no Kinkaku-ji, foi construído no século 15 por ordem do shogun Ashikaga Yoshimasa (neto de Ashikaga Yoshimitsu), que tinha a intenção de revestir a construção com folhas de prata, mas faleceu antes de ter a oportunidade de fazê-lo. O fato de o templo estar “incompleto” reflete a filosofia japonesa wabi-sabi, que ressalta a beleza do imperfeito e da transitoriedade. O ponto alto do lugar é o enorme jardim japonês a sua volta. <strong>Ginkaku-ji (Jisho-ji) </strong> Apesar de seu apelido querer dizer “pavilhão de prata”, o templo não é revestido pelo metal. Espelhado no Kinkaku-ji, foi construído no século 15 por ordem do shogun Ashikaga Yoshimasa (neto de Ashikaga Yoshimitsu), que tinha a intenção de revestir a construção com folhas de prata, mas faleceu antes de ter a oportunidade de fazê-lo. O fato de o templo estar “incompleto” reflete a filosofia japonesa wabi-sabi, que ressalta a beleza do imperfeito e da transitoriedade. O ponto alto do lugar é o enorme jardim japonês a sua volta.](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/ginkakuji_ari-helminenst2.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![<strong>Kiyomizu-dera </strong>Construído em 780 e hoje considerado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, é talvez o templo mais popular de Kyoto. É localizado no topo de uma colina no lado leste da cidade, próximo a uma cachoeira que foi razão para seu nome - literalmente “templo da água pura”. Reza a lenda que a água do lugar, dividida em três fontes separadas, tem poderes mágicos: cada uma ofereceria a quem a beber um de três benefícios, longevidade, sucesso ou amor, mas os visitantes têm que escolher apenas uma. O templo também é conhecido pela plataforma de madeira elevada a 13 metros de altura, que oferece uma linda vista da cidade e da montanha, que fica especialmente colorida durante a primavera e o outono. <strong>Kiyomizu-dera </strong>Construído em 780 e hoje considerado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, é talvez o templo mais popular de Kyoto. É localizado no topo de uma colina no lado leste da cidade, próximo a uma cachoeira que foi razão para seu nome - literalmente “templo da água pura”. Reza a lenda que a água do lugar, dividida em três fontes separadas, tem poderes mágicos: cada uma ofereceria a quem a beber um de três benefícios, longevidade, sucesso ou amor, mas os visitantes têm que escolher apenas uma. O templo também é conhecido pela plataforma de madeira elevada a 13 metros de altura, que oferece uma linda vista da cidade e da montanha, que fica especialmente colorida durante a primavera e o outono.](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/kyomizu_othreest.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![<strong>Fushimi Inari Taisha </strong> Uma das visões mais icônicas da cidade – popularizada pela cena do filme “Memórias de uma Geisha” - é o túnel formado pelos tradicionais portões vermelhos (chamados torii), que guiam seus visitantes por uma rota de peregrinação de aproximadamente 2 horas por uma montanha. Cada um dos torii foi doado por donos de negócios, que pedem bênçãos ao kami (divindade) Inari, que dá nome à montanha e que é o deus do arroz (que na cultura japonesa significa riqueza material). <strong>Fushimi Inari Taisha </strong> Uma das visões mais icônicas da cidade – popularizada pela cena do filme “Memórias de uma Geisha” - é o túnel formado pelos tradicionais portões vermelhos (chamados torii), que guiam seus visitantes por uma rota de peregrinação de aproximadamente 2 horas por uma montanha. Cada um dos torii foi doado por donos de negócios, que pedem bênçãos ao kami (divindade) Inari, que dá nome à montanha e que é o deus do arroz (que na cultura japonesa significa riqueza material).](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/fushimiinari_calvinycst.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![<strong>Yasaka Jinja (Santuário de Gion) </strong> É localizado em Gion, um dos bairros mais populares da cidade, especialmente por ser onde geiko (como são chamadas as geishas de Kyoto) e maiko (aprendizes de geisha) podem ser facilmente avistadas. O santuário é o centro de um dos três principais festivais de Kyoto, o famoso Gion Matsuri. O festival dura o mês inteiro de julho e tem seu ápice no dia 15, quando enormes “carros alegóricos” em forma de barcas desfilam pela avenida que leva ao santuário. Além disso, o Yasaka Jinja tem um popular parque onde, no mês de abril, é possível apreciar as famosas flores de cerejeira (sakura). <strong>Yasaka Jinja (Santuário de Gion) </strong> É localizado em Gion, um dos bairros mais populares da cidade, especialmente por ser onde geiko (como são chamadas as geishas de Kyoto) e maiko (aprendizes de geisha) podem ser facilmente avistadas. O santuário é o centro de um dos três principais festivais de Kyoto, o famoso Gion Matsuri. O festival dura o mês inteiro de julho e tem seu ápice no dia 15, quando enormes “carros alegóricos” em forma de barcas desfilam pela avenida que leva ao santuário. Além disso, o Yasaka Jinja tem um popular parque onde, no mês de abril, é possível apreciar as famosas flores de cerejeira (sakura).](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/yasaka-othreest.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![<strong>Tenryu-ji </strong> O templo é o mais importante do pitoresco bairro de Arashiyama, no lado oeste da cidade, e também figura na lista de Patrimônios Mundiais da UNESCO. Construído em 1339, ainda conserva o jardim original dessa época, criado pelo famoso monge Muso Soseki, um dos mais importantes designers de jardins japoneses. O nome do templo quer dizer, literalmente, “dragão do céu”, e faria referência a um sonho do irmão do então shogun Ashikaga Takauji, em que um dragão saía do rio próximo ao local do templo. O sonho foi interpretado como sinal de que o espírito do imperador recém-falecido Go-Daigo não estava em paz por ter sido traído por Takauji, que se recusou a apoiá-lo na restauração do poder imperial. Takauji, que se tornou shogun após a morte do imperador, ordenou a construção do templo para acalmar o espírito de Go-Daigo. Próximo ao templo está a famosa floresta de bambu de Arashiyama, que definitivamente vale uma visita. <strong>Tenryu-ji </strong> O templo é o mais importante do pitoresco bairro de Arashiyama, no lado oeste da cidade, e também figura na lista de Patrimônios Mundiais da UNESCO. Construído em 1339, ainda conserva o jardim original dessa época, criado pelo famoso monge Muso Soseki, um dos mais importantes designers de jardins japoneses. O nome do templo quer dizer, literalmente, “dragão do céu”, e faria referência a um sonho do irmão do então shogun Ashikaga Takauji, em que um dragão saía do rio próximo ao local do templo. O sonho foi interpretado como sinal de que o espírito do imperador recém-falecido Go-Daigo não estava em paz por ter sido traído por Takauji, que se recusou a apoiá-lo na restauração do poder imperial. Takauji, que se tornou shogun após a morte do imperador, ordenou a construção do templo para acalmar o espírito de Go-Daigo. Próximo ao templo está a famosa floresta de bambu de Arashiyama, que definitivamente vale uma visita.](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/tenryu-tfkt12st.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![<strong>Ryoan-ji </strong> Localizado na parte nordeste da cidade, o templo também é Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO e tem destaque para seu jardim de pedras, o mais famoso do Japão. Apesar de sua história e significado não serem claros, o jardim é considerado uma obra prima desta forma de arte japonesa, que vem do zen budismo: as pedras são cuidadosamente arranjadas em um terreno forrado de cascalho com linhas desenhadas, criando um design que deve reproduzir a essência da natureza e ajudar na meditação zazen. Neste jardim, 15 pedras foram posicionadas de tal maneira que não importa a partir de que ponto se olha, somente 14 serão visíveis. Reza a lenda que só é possível avistar todas as pedras ao mesmo tempo quando o praticante do zen budismo atingir o nirvana. <strong>Ryoan-ji </strong> Localizado na parte nordeste da cidade, o templo também é Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO e tem destaque para seu jardim de pedras, o mais famoso do Japão. Apesar de sua história e significado não serem claros, o jardim é considerado uma obra prima desta forma de arte japonesa, que vem do zen budismo: as pedras são cuidadosamente arranjadas em um terreno forrado de cascalho com linhas desenhadas, criando um design que deve reproduzir a essência da natureza e ajudar na meditação zazen. Neste jardim, 15 pedras foram posicionadas de tal maneira que não importa a partir de que ponto se olha, somente 14 serão visíveis. Reza a lenda que só é possível avistar todas as pedras ao mesmo tempo quando o praticante do zen budismo atingir o nirvana.](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/ryoan-papalagi-chenst.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![<strong>Heian-Jingu </strong> Este imponente santuário é relativamente recente, tendo sido construído em 1895 em comemoração ao aniversário de 1100 anos da fundação da antiga capital que, antes de se chamar Kyoto, tinha o nome de Heian. Sua arquitetura foi baseada no palácio imperial original da cidade, e um gigantesco torii marca sua entrada. Atrás dos prédios principais se encontra um grande jardim que, em Abril, é um dos melhores pontos da cidade para avisar as flores de cerejeira. O santuário abriga também um dos três principais festivais da cidade, o Jidai Matsuri, quando uma procissão caminha até ele a partir do palácio imperial com roupas típicas de cada um dos períodos históricos do país. Uma curiosidade: é possível ver o santuário no filme de Sofia Coppola Encontros e Desencontros, quando a personagem de Scarlett Johansson faz uma viagem a Kyoto. <strong>Heian-Jingu </strong> Este imponente santuário é relativamente recente, tendo sido construído em 1895 em comemoração ao aniversário de 1100 anos da fundação da antiga capital que, antes de se chamar Kyoto, tinha o nome de Heian. Sua arquitetura foi baseada no palácio imperial original da cidade, e um gigantesco torii marca sua entrada. Atrás dos prédios principais se encontra um grande jardim que, em Abril, é um dos melhores pontos da cidade para avisar as flores de cerejeira. O santuário abriga também um dos três principais festivais da cidade, o Jidai Matsuri, quando uma procissão caminha até ele a partir do palácio imperial com roupas típicas de cada um dos períodos históricos do país. Uma curiosidade: é possível ver o santuário no filme de Sofia Coppola Encontros e Desencontros, quando a personagem de Scarlett Johansson faz uma viagem a Kyoto.](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/heian-morgan-calliopepequenast.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![<strong>Chion-in </strong> Datando do ano 1234, este templo budista pertence à seita Jodo, uma das mais populares no país, e impressiona principalmente pelo tamanho. Seu enorme portão, chamado Senmon, tem 24 metros de altura e é a maior estrutura do tipo em todo o Japão. Seu sino, que data de 1633, é também um dos mais pesados do mundo – com 74 toneladas, são necessários 17 monges para tocá-lo na cerimônia de ano novo! Por fim, seu salão principal é, também, enorme, podendo abrigar até 3000 pessoas. Além disso, este templo também foi usado em filmagens: é possível vê-lo no filme “O Último Samurai”, no qual foi usado como cenário para o que seria o castelo do imperador. <strong>Chion-in </strong> Datando do ano 1234, este templo budista pertence à seita Jodo, uma das mais populares no país, e impressiona principalmente pelo tamanho. Seu enorme portão, chamado Senmon, tem 24 metros de altura e é a maior estrutura do tipo em todo o Japão. Seu sino, que data de 1633, é também um dos mais pesados do mundo – com 74 toneladas, são necessários 17 monges para tocá-lo na cerimônia de ano novo! Por fim, seu salão principal é, também, enorme, podendo abrigar até 3000 pessoas. Além disso, este templo também foi usado em filmagens: é possível vê-lo no filme “O Último Samurai”, no qual foi usado como cenário para o que seria o castelo do imperador.](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/chion-instepahkelly.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)
![<strong>Kamo-jinja (Shimogamo-jinja e Kamigamo-jinja) </strong> Na verdade o Kamo-jinja é um complexo formado por dois santuários principais que, apesar de independentes entre si, são comumente associados: o Kamo-wakeikazuchi-jinja (apelidado de Kamigamo-jinja) e o Kamo-mioya jinja (também chamado de Shimogamo jinja). Cada um fica em um dos lados do Rio Kamo (Kamogawa), com aproximadamente 2 quilômetros entre eles, e foram construídos com o intuito de servir como um “portão espiritual” para a cidade. Segundo o Feng-Shui, importado da China para o Japão, o lado nordeste da cidade é associado a energias negativas. Como o Rio Kamo flui a partir dessa direção, os santuários foram feitos para impedir a entrada de maus espíritos na cidade. Ambos os santuários são Patrimônios Mundiais da UNESCO e abrigam também um dos três principais festivais da cidade, o Aoi Matsuri, dia 15 de maio. <strong>Kamo-jinja (Shimogamo-jinja e Kamigamo-jinja) </strong> Na verdade o Kamo-jinja é um complexo formado por dois santuários principais que, apesar de independentes entre si, são comumente associados: o Kamo-wakeikazuchi-jinja (apelidado de Kamigamo-jinja) e o Kamo-mioya jinja (também chamado de Shimogamo jinja). Cada um fica em um dos lados do Rio Kamo (Kamogawa), com aproximadamente 2 quilômetros entre eles, e foram construídos com o intuito de servir como um “portão espiritual” para a cidade. Segundo o Feng-Shui, importado da China para o Japão, o lado nordeste da cidade é associado a energias negativas. Como o Rio Kamo flui a partir dessa direção, os santuários foram feitos para impedir a entrada de maus espíritos na cidade. Ambos os santuários são Patrimônios Mundiais da UNESCO e abrigam também um dos três principais festivais da cidade, o Aoi Matsuri, dia 15 de maio.](https://gutenberg.viagemeturismo.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/10/kamigami-norihiro-kataoka2st.jpeg?quality=90&strip=info&w=928&w=636)