
Em sua edição 2012, o GUIA BRASIL QUATRO RODAS mostra Petrópolis com 10 hospedagens com o selo de charme, como a pousada Tankamana (foto). A gaúcha Gramado, a mineira Monte Verde e a fluminense Paraty vêm a seguir com quatro hotéis com selo de charme cada cidade. Por aí já é possível dar a vitória a Petrópolis nessa categoria, uma cidade que soube explorar muito bem a proximidade com a capital Rio de Janeiro. Cariocas abastados - casais em sua grande maioria - sobem a serra todo fim de semana em busca de um refúgio ao lado da montanha, onde reina o som dos pássaros e rios. Nos distritos de Itaipava e, principalmente, Araras estão concentradas metade das opções
Teresópolis atende bem a todos os públicos, mas sucumbe ao que é oferecido em Petrópolis. A estrada para Nova Friburgo e suas cercanias alteram pousadinhas românticas e hotéis com boa estrutura para receber famílias (Flavio Veloso)

Partindo do Rio de Janeiro, o caminho para os dois destinos serranos é o mesmo no seu início: Linha Vermelha e a BR-040 (foto) no trecho duplicado em que corta a Baixada Fluminense. Um pouco antes do início da serra, há um trevo que leva a Teresópolis. Quem segue para Petrópolis percorre 7 quilômetros na estrada duplicada antes de encarar a travada e bem sinuosa subida da serra, com um bonito visual para quem dirige o olhar à esquerda. Antes do acesso ao Centro, é recomendável uma parada para comer o ótimo croquete de carne da Pavelka ou da Casa do Alemão. (José Eduardo Camargo)


Separando os dois municípios, a Serra dos Órgãos tem esse nome devido à curiosa formação de suas montanhas, lembrando os tubos de um órgão (forçaram um pouco a barra, mas tudo bem). Os mais destemidos podem fazer uma caminhada de três dias pelos pontos mais altos da serra. Mas não é preciso sofrer para apreciar a singular paisagem. Entre Itaipava e Teresópolis, a BR-495 oferece uma das mais belas vistas serranas do Brasil, com direito a alguns mirantes pelo caminho. Pena que a viagem tenha apenas 35 quilômetros
No duelo entre as cidades, Teresópolis leva vantagem. Lá fica a portaria principal do parque e a trilha para a Pedra do Sino (2 262 m, ponto culminante do Parque, com vista para toda a serra e Baía da Guanabara) não requer grandes dificuldades. Na subsede de Guapimirim, o visitante pode aproveitar as piscinas naturais do Rio Soberbo. Em Petrópolis, o passeio mais recomendável é a caminhada até a Cachoeira Véu da Noiva (42 m), onde é possível fazer rapel (veja a foto a seguir) ()


A união entre uma cidade com construções imperiais e pousadas românticas nos distritos reflete-se também nas mesas. Chefs talentosos – ou muitas vezes, dedicados proprietários – comandam a cozinha das principais pousadas, que tem seus restaurantes abertos ao público. Das cinco casas estreladas na edição 2012 do GUIA BRASIL QUATRO RODAS, três ficam em hotéis de charme: Locanda della Mimosa (foto), Fazenda das Videiras e Imperatriz Leopoldina (Hotel Solar do Rosário). Quem se sentir intimidado pelo clima intimista dos hotéis de charme, é só seguir para o distrito de Itaipava. Restaurantes, bares e baladas aparecem a cada metro da Estrada União e Indústria, inclusive as outras duas casas estreladas do GUIA BRASIL QUATRO RODAS - o português Parrô do Valentim e o italiano Il Perugino.
O bom gourmet encontrará boas casas do outro lado da Serra dos Órgãos, mas em número mais reduzido. Ainda assim algumas joias são encontradas em Teresópolis. Único restaurante russo do país, o Dona Irene monta um banquete da época dos czares acompanhado de uma inesquecível vodca caseira. Essa combinação garante a casa, duas estrelas no GUIA BRASIL QUATRO RODAS. No coração do Centro, desde 1954 o restaurante Taberna Alpina prepara pratos da cozinha alemã a preços módicos. Próximo a Granja Comary, a pizzaria Manjericão não inclui carne em suas redondas. (Flávio Veloso)

É missão quase impossível sair de Petrópolis sem uma sacola de compras no carro. Próximo ao Centro, cerca de mil lojas de roupas transformam a Rua Teresa em um grande entreposto de moda popular. Do outro lado da cidade são mais 400 lojas na Feirinha de Itaipava. Quem prefere marcas de roupas mais refinadas se dirige para o Shopping Itaipava. Produtos orgânicos e trutas são facilmente encontrados nos distritos de Petrópolis.
A estrada para Nova Friburgo é o endereço certo para quem quer achar alguma coisa bem bacana em Teresópolis. Lojas de plantas estão distribuídas nos distritos e os glutões encontram dois endereços para reforçar a dispensa de casa: o queijo de cabra da Fazenda Genève e os embutidos da Linguiça do Padre. (Thinkstock)

Por 40 anos, D. Pedro II e toda a corte imperial deixaram o tórrido calor do Rio de Janeiro e subiram a serra para aproveitar temperaturas mais amenas. Como legado, Petrópolis abriga várias construções imperiais cheias de pompa e circunstância, vencendo de lavada a vizinha Teresópolis, que não possui construções históricas relevantes.
O Palácio Imperial, hoje transformado no Museu Imperial (foto), em Petrópolis, é o símbolo-mor da presença do Segundo Reinado na Serra Fluminense. Os corredores do palácio são um livro aberto da história monárquica brasileira: a coroa de brilhantes e o trono de D. Pedro II, as joias das princesas Isabel e Leopoldina, o cofre de bronze dourado são algumas das peças que podem ser admiradas no museu.
Pertinho do Museu Imperial, a Catedral de São Pedro de Alcântara (veja na foto a seguir) é a principal igreja gótica do país. Lá está o Mausoléu Imperial, com as lápides de D. Pedro II, Teresa Cristina, Princesa Isabel e Conde D’Eu – o marido da Princesa Isabel que mandou construir a terceira construção imperial mais importante da cidade, o Palácio de Cristal, inspirado no Crystal Palace londrino.
Mais recentes, a Casa de Santos Dumont (veja nas fotos a seguir) e o Palácio da Quitandinha (antigo hotel-cassino) também são construções a merecer um destaque em Petrópolis.
Com a recente inauguração do Museu da Cerveja, instalado na antiga fábrica da Cervejaria Bohemia (1853), a disparidade entre Petrópolis e Teresópolis aumentou ainda mais.
O forte de Teresópolis é a beleza natural da Serra dos Órgãos, destacando-se a cenográfica vista do Pico Dedo de Deus. Entretanto, uma atração na cidade vai agradar em cheio, especialmente o público masculino: a Granja Comary, o centro de treinamento da seleção brasileira de futebol. (Divulgação/Divulgação)




(Alexandre Peixoto/ Fundação Cultura e Turismo de Petrópolis)

Equilíbrio total no quesito. O Orquidário Binot (Petrópolis) foi inaugurado ainda no Brasil Imperial, em 1870, por Pedro Binot – seu pai Jean-Baptiste foi o autor do projeto paisagístico do Museu Imperial. Bem mais jovem, o Orquidário Aranda (Teresópolis) tem melhor manutenção e uma grande variedade de orquídeas em exposição e para venda ()
É quase impossível não associar Petrópolis a Teresópolis e vice-versa. Parece nome e sobrenome. Afinal, ambas foram alçadas à categoria de município na época do Brasil Imperial, com os nomes homenageando o Imperador D. Pedro II e sua esposa, Da. Teresa Cristina.
Separadas pela bela Serra dos Órgãos, as duas cidades são as principais válvulas de escape utilizadas pelo carioca para curtir o ameno clima serrano no estado. Pousadas aconchegantes, boa gastronomia e natureza abundante aparecem em cada canto dos municípios.
Mas qual delas é melhor? Analisamos as cidades item a item, para você saber qual dos dois destinos é melhor para você. Confira acima o resultado!