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Mania de sabonetinho

Xampu, condicionador, creme... As amenities ficam ali dando sopa e cabem direitinho na sua nécessaire. Levá-las ou não levá-las? Eis a questão

Por Rui Porto
Atualizado em 14 dez 2016, 12h05 - Publicado em 12 set 2011, 18h47
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Não há viajante que não goste delas. As amenities – termo ainda sem tradução para o português daquelas miniaturas de produtos como xampu, sabonete e creme – se transformaram em um diferencial no mercado das viagens de luxo. Agrega valor ao hotel caprichar nos pequenos artigos de beleza, que podem ser de uma grife francesa ou simplesmente ter um perfume que dê vontade de usar. Nos hotéis mais básicos, as amenities cumprem a tarefa de compensar problemas de estrutura (como um banheiro pequeno) ou de serviço sem nenhum diferencial.

As indústrias de cosméticos descobriram o filão e hoje investem nas miniaturas. A maioria das marcas só produz certos produtos para hotéis. Ou seja, devem acreditar que, se você testou e realmente gostou da amenity, pode, no futuro, se tornar consumidor de outros produtos da mesma marca. Os hóspedes, por sua vez, dificilmente resistem a novidades. Já vi gente dar gorjeta para a camareira, elogiando os cosméticos, na esperança de ganhá-los de presente no dia do check-out. E clientes elegantes surrupiarem um ou dois xampus do carrinho estacionado no corredor. Ladrões de amenities amadores, no entanto, roubam muitos de uma vez. Ou se esquecem de embalar os pequenos frascos em saco plástico, chegando em casa com uma surpresa desagradável dentro da mala.

Toalhas e roupões não devem, em hipótese alguma, ser levados para casa. Mas, me diga, qual é o problema de carregar os perfumados mimos do hotel na valise? Além de boa recordação da viagem (o olfato é um dos sentidos que mais nos traz lembranças), as miniaturas são úteis em lavabos, armários de clube, na mala da academia, nas viagens de fim de semana. Escovas de dentes e kits de barba podem servir a hóspedes esquecidos ou visitas inesperadas.

Tem mais. Cartões-postais, blocos de papel e canetas que ficam na escrivaninha do hotel também podem ser levados. Aliás, foram feitos para isso! Eu, por exemplo, sempre trago amenities para as mulheres da família. E coleciono, sem vergonha, outros suvenires, como mexedores de bebidas, aqueles palitinhos servidos em drinques (e olha que eu nem sou exatamente um admirador desse tipo de bebida). Chego a pedir um drinque apenas porque o mexedor é bonito. Há dois anos, em uma viagem de três semanas, xampus, sabonetes e cremes me fizeram pagar excesso de bagagem. Não me arrependo: as miniaturas estão em uso até hoje!

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