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13 hotéis de selva na Amazônia brasileira

De lodges luxuosos a hospedagens mais simples que organizam noites em redes na maior floresta do mundo

Por Da Redação
Atualizado em 12 mar 2024, 18h06 - Publicado em 2 jan 2023, 15h35
Hospedagem de selva Anavilhanas Jungle Lodge, na Amazônia
Quarto do Anavilhanas Jungle Lodge. (//Divulgação)
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A melhor forma de conhecer a Amazônia é hospedar-se na floresta e embrenhar-se por ela. Dormir e acordar ao som da natureza, comer peixes frescos e frutas colhidas da floresta, fazer passeios diurnos e noturnos pelo rio ou no meio da mata em busca de plantas impressionantes e animais selvagens.

Tudo isso pode ser feito com a segurança de guias experientes e sono tranquilo em acomodações confortáveis. Existem opções de hotéis com todas as facilidades de um resort e outros mais rústicos que focam na experiência de imersão no meio da floresta.

Cuidado com as pousadas muito simples localizadas na selva: elas oferecem preços baixos para compensar a infraestrutura precária. Os hotéis de selva indicados aqui oferecem boa estrutura para passeios, maior conforto e baixo impacto na natureza. Na hora de reservar sua estadia, verifique ainda os pacotes de atividades oferecidos pelo hotel.

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1. Mirante do Gavião

O hotel de charme fica às margens do Rio Negro e tem um projeto arquitetônico moderno totalmente integrado à natureza. Com apenas 12 acomodações, promove as atividades como passeios de barco, focagem noturna, trilha e visita a uma comunidade local. Nas estadias a partir de quatro dias, as programações também podem incluir canoagem, visita às Grutas do Madadá, à uma tribo indígena e expedição para o Parque Nacional do Jaú. Outro destaque é a cozinha: o menu é assinado pela chef Debora Shornik, do restaurante Caxiri, de Manaus. O Mirante do Gavião serviu de locação para as gravações da segunda temporada do reality Casamento às Cegas: Brasil, da Netflix. Conheça também as expedições de barco da expedição Katerre, dos mesmos donos do Mirante do Gavião. Reserve sua hospedagem.

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2. Anavilhanas Jungle Lodge

Tem uma das melhores estruturas entre os hotéis de selva do Brasil. Da cama, o hóspede vê a mata – algumas paredes dos quartos são de vidro. Do alto dos 15 metros do mirante do hotel, os olhos percorrem o arquipélago de Anavilhanas. E a piscina por pouco não deságua no Rio Negro! Além disso, abriga lojas de artesanato local. As atividades incluem observação de botos-cor-de-rosa, focagem noturna, canoagem, caminhadas pela floresta e apreciação do nascer do sol e pesca recreativa de piranhas. Nos pacotes a partir de três noites, há ainda visita à uma comunidade cabocla, prática de arco e flecha, visita às Cavernas do Madadá e até navegação de dia inteiro em um barco tradicional. Reserve sua hospedagem.

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3. Cristalino Jungle Lodge

Único hotel da lista localizado no Mato Grosso, e não no Amazonas, o Cristalino Jungle Lodge fica à beira do Rio Cristalino em Alta Floresta. Ele costuma receber observadores de répteis, mamíferos e aves, já que há 600 espécies diferentes na região. A observação da fauna acontece durante trilhas, canoagem e passeios de barco – estão incluídas duas atividades guiadas por dia. Antes e após as expedições, os hóspedes podem usufruir a sala de leitura e o deck flutuante com redes e espreguiçadeiras. Reserve sua hospedagem.

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4. Iberostar Heritage Grand Amazon 

O Iberostar Heritage Grand Amazon não é exatamente um hotel de selva, mas sim um navio que faz cruzeiros entre os rios Negro e Solimões. Enquanto estão a bordo, os viajantes aproveitam o spa, a academia, a piscina e as cabines com varandas. São três opções de roteiro, um de três noites, um de quatro e outro de sete que é, na verdade, a soma dos dois primeiros. A viagem mais curta é pelo rio Solimões, com visita à população do lago Janauacá e observação da fauna de Manaquiri. A de quatro noites, por sua vez, passa pelos Igarapés de Jaraqui, a Ilha das Três Bocas ou Ariaú. Reserve sua hospedagem.

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5. Juma Amazon Lodge 

São apenas 19 bangalôs, totalmente integrados à floresta, cobertos com palha e construídos sobre palafitas a 15 metros do chão, interligadas por passarelas de madeira. A maioria tem vista para o Rio Juma, enquanto alguns poucos são voltados para a floresta. A estrutura inclui ainda um deck flutuante com piscina. Na hospedagem estão previstas atividades como canoagem, focagem noturna, trilhas pela floresta, pescaria de piranhas, palestra com pesquisadores e passeio para ver o encontro das águas. Mas há ainda visita à casa de um caboclo, plantio de árvore, escalada em árvore, visita à uma sumaúma (espécie de árvore gigantesca) e até pernoite na floresta para os que optarem pelos pacotes de três noites ou mais. Reserve sua hospedagem.

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Bônus: Juma Ópera

O Juma Amazon Lodge possui um hotel-irmão instalado em um casarão histórico de Manaus, o Juma Ópera. A hospedagem boutique recebe esse nome porque fica em frente ao Teatro Amazonas, que pode ser admirado da piscina no terraço. Ele figura aqui porque não raro será preciso um pernoite na capital antes ou depois da estadia nos lodges de selva. O risco? Querer deixar a selva pra depois. Reserve sua hospedagem.

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6. Amazon EcoPark Jungle Lodge

Por estar mais próximo de Manaus, é uma das maiores estruturas de selva do Amazonas: são quatro piscinas naturais, além da praia de rio privativa. Os quartos se espalham entre as árvores, com caminhos iluminados que levam até o restaurante ou o píer. Entre as atividades está caminhada ecológica, focagem noturna, pescaria, visita à casa de um caboclo e passeio até a “Floresta dos Macacos”, uma reserva onde os animais encontrados em situação irregular se readaptam à floresta. Ali, duas vezes por dia, os hóspedes podem acompanhar a alimentação de macacos, araras e outros bichos. Reserve sua hospedagem.

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7. Dolphin Lodge

Um deck flutuante recebe os hóspedes ao Dolphin Lodge, localizado em uma região onde é possível observar botos, macacos, jacarés e outros animais. As acomodações consistem em seis chalés e quatro bangalôs construídos sobre palafitas, todas são de madeira e têm teto de palha. Os guias levam para fazer passeios de barco, focagem noturna, visita à comunidades caboclas e caminhadas pela floresta para conhecer plantas medicinais ou colher frutas.

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8. Uiara Amazon Resort

A estrutura e o conforto internos lembram um hotel urbano, mas o que vale mesmo a pena são as atividades externas incluídas na diária. Entre elas estão o passeio noturno de bote, a caminhada na selva, a visita à uma comunidade indígena e uma ribeirinha, arco e flecha e zarabatana, contemplação do nascer do sol, pesca e acampamento na selva. Reserve sua hospedagem.

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9. Pousada Flutuante Uakari

A Pousada Uakari fica na reserva de desenvolvimento sustentável Mamirauá, com mais de um milhão de hectares e rica fauna: há desde o macaco uacari, fácil de encontrar, até a onça-pintada. O hotel é um dos locais favoritos dos observadores de aves e pesquisadores – muitos deles até palestram para os hóspedes. Da varanda e da janela dos quartos, veem-se o encontro de dois rios e a mata exuberante. A simpática equipe é composta por biólogos e guias locais muito bem-treinados. Há pacotes específicos para avistamento de aves e de onças-pintadas. Reserve sua hospedagem.

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10. Amazon Tupana Lodge

Aqui não há luxo: o hotel foi construído com as mesmas técnicas e materiais das comunidades ribeirinhas (não espere por Wi-Fi). As atividades autênticas, porém, compensam. Após o café da manhã, você pode sair pela selva com o guia, que ensina sobre a fauna, flora e técnicas de sobrevivência. Também montará um acampamento com recursos que a própria natureza oferece – o pernoite ocorre em redes com mosquiteiros. Reserve sua hospedagem.

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11. Tariri Amazon Lodge

Os hóspedes são recebidos em ambiente familiar administrado por Germano e Fabíola, que atuam como guia de selva e chef de cozinha, respectivamente. São 10 cabanas simples construídas sobre palafitas, com quartos duplos, triplos e quádruplos. O dia a dia consiste em fazer passeios de barco para observar a fauna e a flora local, pescar, remar canoas e conhecer comunidades ribeirinhas. Podem ser reservadas à parte excursões para ver o encontro das águas, os botos cor-de-rosa, tribos indígenas ou pernoitar na selva. Reserve sua hospedagem.

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12. Amazon Arowana Lodge

Localizado no rio Mamori, o Amazon Arowana Lodge têm quartos simples e se especializou em turismo ecológico e pesca esportiva. Os pacotes de turismo ecológico preveem passeios de canoa e de barco, contemplação dos botos cor-de-rosa e da vitória-régia, pesca de piranhas e focagem noturna para ver jacarés. Já os pacotes de pesca esportiva focam na captura de aruanãs, jacundás, pirarucus, traíras e, principalmente, tucunarés. Lembrando que é obrigatório soltar todos os peixes. Reserve sua hospedagem.

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13. Malocas Jungle Lodge

Construídas a partir de técnicas tradicionais indígenas, utilizando madeira nativa cobertas com cavacos e telhas de barro, as malocas fazem as vezes do restaurante e dos quartos por aqui, todas abastecidas com energia solar. As atividades privilegiam o contato com pessoas que vivem na floresta da caça, da pesca e do cultivo de plantas, mas há ainda focagem noturna, visita à cachoeiras, passeios de canoa e caminhadas pela floresta, quando o guia explica sobre plantas medicinais e aborda práticas de sobrevivência na selva. Os pacotes de três noites ou mais preveem ainda um pernoite em redes no meio da mata. Reserve sua hospedagem.

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As principais atividades na Floresta Amazônica

O clima na Amazônia se divide entre estação de chuva, de janeiro a maio, e a seca, de junho a dezembro (quando há menos chuva, mas a humidade ainda é grande).  Há programas interessantes para fazer nas duas épocas do ano. Veja a seguir:

1. Focagem noturna

Após o pôr do sol, os guias preparam seus barcos para levar turistas ao passeio em que a probabilidade de encontrar animais raros é maior. De lanterna nas mãos, eles conduzem as lanchas entre pequenos igapós e grande rios, onde se forma uma verdadeira constelação de luzes vermelhas – são, na verdade, os olhos dos jacarés, que costumam subir à superfície à noite. Nas árvores, a procura é pelas cobras (como a gigantesca sucuri) e por animais terrestres que se locomovem entre as copas, como a onça-pintada.

Melhor época: é mais fácil encontrar animais na seca.

2. Passeio de barco

É o mais comum da Amazônia e, normalmente, o primeiro a ser realizado em todos os pacotes. A bordo de um barco motorizado, turistas ouvem dos guias explicações sobre os animais e a vegetação. Costuma incluir também observação de pássaros e visita a regiões repletas de botos cor-de-rosa. É chamado também de “reconhecimento de fauna e flora”.

Melhor época: o ano todo.

3. Passeio de canoa

Remando, grupos de até quatro pessoas saem em busca de animais e árvores raras. As canoas entrecortam os igapós: os caminhos são tão estreitos que, ao olhar para cima, quase não se vê a luz do céu, apenas as copas das árvores. Sem o barulho do motor, é mais propício para ver animais terrestres e aves raras. Cada hotel tem uma política diferente: em alguns, o turista conduz o barco; em outros, é o guia quem faz força.

Melhor época: Apenas na cheia. Durante a seca, os igapós ficam rasos e as travessias, perigosas.

4. Pernoite na selva

Nada mais selvagem do que dormir em barracas entre as árvores. Os guias conduzem os turistas por trilhas pela mata, a partir do pôr do sol, até um ponto seguro – o abrigo é montado e acende-se o fogo para aquecer o jantar. Boa parte dos animais amazônicos tem hábito noturno, ou seja, é maior a chance de vê-los ou, ao menos, ouvir seus movimentos – o bicho mais aguardado é a onça-pintada. A atividade pode parecer perigosa, mas não é: não há registro de acidentes.

Melhor época: o ano todo.

5. Pesca

Entre no clima, mesmo que nunca tenha pescado antes. Nos hotéis, é tudo uma brincadeira: varas simples e iscas artesanais são as ferramentas para fisgar piranhas e peixes de pequeno porte. Para praticar a pesca esportiva, o melhor é viajar em barcos-hotéis em tours com esse objetivo.

Melhor época: nos meses de seca é mais fácil pescar piranhas.

6. Visitas às comunidades

As comunidades ribeirinhas são a principal reserva da cultura tradicional da Amazônia. Durante as visitas, moradores relatam seu cotidiano, narram histórias antigas e preparam uma refeição – um almoço ou lanche da tarde produzidos a partir de ingredientes típicos (frutas da região, farinha artesanal e peixes pescados por eles mesmos).

Melhor época: o ano todo.

7. Encontro das Águas

Antes ou depois da imersão na floresta, não deixe de visitar o Encontro das Águas nos arredores de Manaus. Com diferentes velocidades, temperaturas e níveis de acidez, as águas dos rios Negro e Solimões correm cerca de 6 km lado a lado antes de se transformarem no gigantesco Rio Amazonas. Durante o passeio você sente, com as mãos, a diferença de temperatura entre o Solimões, frio, e o Negro, mais quentinho – e observa os botos que frequentemente aparecem pelo caminho. Alguns hotéis já oferecem o passeio, que também pode ser contratado em agências diretamente em Manaus.

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Dicas para se hospedar em hotéis de selva na Amazônia

O que levo na mala?

Na Amazônia, o sol é inclemente. Protetor solar, óculos escuros e bonés são imprescindíveis. Para aproveitar as atrações, reserve roupas leves.

Há muitos mosquitos?

Nos arredores do Rio Negro, repelentes simples funcionam para espantá-los. No Rio Solimões, procure protetores potentes.

Preciso tomar vacina?

É recomendável tomar vacina contra a febre amarela pelo menos dez dias antes do embarque. A vacina tem validade de 10 anos.

Como ocorre o traslado a partir de Manaus?

Na reserva você combina o horário do traslado, que ocorre a partir do aeroporto ou do seu hotel em Manaus. O transporte é feito em vans e, no rio, em lanchas.

Dá para viajar com as crianças?

Sim, e alguns hotéis têm boa área de lazer e quartos amplos. Mas alguns trajetos de barco para os hotéis levam até três horas.

Qual o perfil dos hotéis?

Há os com conforto parecido aos dos resorts. Outros focam na experiência de imersão na floresta.

Como são as refeições nas hospedagens?

Tambaquis e pirarucus são servidos frescos. Acompanham feijão, arroz e farinha de mandioca uarini, típica do Amazonas. No café da manhã há frutas locais.

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