Atualizado em julho de 2019
Ao cortar vales e vilas de uma Itália que fala alemão, herança do Império Austro-Húngaro, o trajeto para Cortina D’Ampezzo revela-se um dos mais interessantes (e lindos) dos Alpes. O degradê cultural se sobrepõe à fonteira, como provam as placas bilíngues e a arquitetura tirolesa em território italiano.
Happy, hit de Pharrell Williams, tocava no rádio, e eu cantava junto, feliz porque esquiaria no dia seguinte, no meu slalom possível, com uma cerveja nas pernas e a perspectiva de tirar as botas no fim do dia… O espírito do chill out alpino me arrebatara.
Nevava muito quando cheguei à região do Südtirol, oportunidade para ver o lado adverso da montanha, que força a população a retirar neve dos telhados e a colocar escavadeiras para liberar as ruas.
Cortina – onde se parla italiano – é uma estação badalada, que conhece os habitués pelo nome, como o “Mr. Barilla”, herdeiro da fábrica de alimentos. Minha estadia foi mais caseira do que descolada, no familiar hotel Ambra, mas cansei de ver madames de vison emulando Milão no Corso Italia.
Na montanha, o instrutor Nicoló me incentivou a fazer curvas em paralelo até cansar. Meus tríceps sedentários, doloridos de impulsionar os esquis, doíam ainda mais nas quedas e mais ainda para me levantar. No snowboard, é a mesma coisa, e não há os bastões de apoio…
Paramos num refúgio e “almoçamos” duas Paulaner com uns tecos de Lindt. Enfim, eu me tornara um esquiador intermediário, indiferente à dor nos braços, “like a room without a roof” (como uma sala sem teto), na música de Pharrell. Voltando do rolê, um teto solar se abriu e deu tom sépia às famosas Dolomitas, os paredões alaranjados que são Patrimônio da Unesco.
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