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Roma: local do assassinato de Júlio César será aberto à visitação

O Largo di Torre Argentina passará por restaurações e tem previsão de ser aberto ao público no segundo semestre de 2021

Por Giovana Christ
Atualizado em 26 fev 2019, 18h53 - Publicado em 26 fev 2019, 18h43
Largo di Torre Argentina, Roma, Itália
O complexo arqueológico abriga um santuário de gatos mantido por voluntários, que deve permanecer intocado pelas reformas (Athanasios Gioumpasis/Getty Images)
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A partir do segundo semestre de 2021 — segundo a previsão da prefeita de Roma, Virginia Raggi — as ruínas do Largo di Torre Argentina serão abertas para visitação. O local é conhecido por ter sido palco do assassinato de Júlio César, ex-ditador romano vítima de uma conspiração de seus senadores.

O  episódio ocorreu no ano de 44 a.C. no Largo di Torre Argentina, onde ficava o complexo do Teatro de Pompéia. Os senadores tinham medo de que Júlio César retomasse a monarquia e se estabelecesse como rei. Quando estava na Cúria de Pompeu, que faz parte do teatro, ele levou 23 punhaladas.

O complexo arqueológico foi descoberto durante obras ordenadas por Benito Mussolini, no final da década de 1920. O líder do Partido Nacional Fascista e primeiro-ministro italiano investiu esforços para demolir prédios da época e procurar por resquícios do Império Romano, com a intenção de ligar as glórias romanas com os feitos de seu regime.

Atualmente, as ruínas somente são acessadas por gatos, considerados patrimônio biocultural da cidade, que têm um abrigo em uma região do Largo, e pelos voluntários que ajudam a cuidar dos felinos. A promessa é de que a reforma não irá afetar o santuário dos animais e eles poderão continuar a vivendo ali. As reformas devem contemplar passarelas, luzes, saídas de emergência e banheiros.

O projeto de revitalização custará € 985.000 e será patrocinado pela marca BulgariNão é a primeira vez que uma grife investe na restauração de pontos turísticos de Roma. A Fendi bancou a revitalização da Fontana di Trevi em 2016.

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