O digital está em múltiplas esferas de nossas vidas e, mais do que nunca, também está presente na arte. O Mori Building Digital Art Museum, por exemplo, foi o primeiro museu do mundo a ser completamente digital. Junto com o teamLab, um coletivo de arte formado por artistas, engenheiros, arquitetos, programadores, matemáticos e animadores, o Mori Building apresenta a exposição colaborativa, a Borderless (sem fronteiras, em inglês), que tem instalações especiais de acordo com a estação do ano.
O local, inaugurado em 2018, localiza-se na ilha Odaiba, nos arredores de Tóquio. O nome da mostra refere-se à inexistência de separação entre as obras, o que intensifica a imersão do espectador e cria no ambiente a sensação de “fluxo contínuo”, segundo os criadores. Os trabalhos são projetados em grande escala nas salas, o que faz com que os visitantes “entrem” nas obras e literalmente caminhem sobre elas – e algumas até reagem ao toque.
No espaço de 10 mil metros quadrados são cerca de 50 obras interativas, divididas em zonas diferentes: Borderless World, Athletics Forest, Future Park, En Tea House e Forest of Lamps. Esta última é a instalação mais famosa, na qual a pessoa interage com lâmpadas que mudam de cor de acordo com seu andar. Olha só como funciona no vídeo abaixo:
Já o Future Park é quase um playground destinado às crianças e tem até uma cama elástica. No En Tea House, tome seu chá e veja pétalas de rosa florescerem na xícara – na verdade, elas não passam de projeções!
Durante a primavera japonesa, uma instalação especial mostrava o desabrochar das cerejeiras no país. Na mostra “O Espírito das Flores”, que expressa as fases de evolução de uma flor, o visitante via imagens produzidas em tempo real pelo computador.
O Mori Building Digital Art Museum: teamLab Borderless abre todos os dias das 10h às 19h. O ingresso para maiores de 15 anos é 3.200 ienes (cerca de R$ 113), enquanto crianças entre 4 e 14 anos pagam mil ienes (R$ 35). Você pode comprar seu ingresso aqui.
Museus imersivos viraram uma tendência e estão se espalhando pelo mundo da arte. Em Paris, a exposição tecnológica Van Gogh, Starry Night ficou em cartaz no Atelier des Lumières e foi um sucesso. Os quadros do pintor eram projetadas em 360º, o que também dava a sensação de “estar dentro” da obra de arte. Em São Paulo, a exposição sobre Leonardo da Vinci, no novo MIS, também foi um estrondo de público.