O voo da United sobrevoava há um bom tempo o leste do Colorado, mas nem sinal de neve ou de montanhas. Abaixo de mim era um imenso planalto árido. E então, como num estalar de dedos, elas apareceram. As famosas Montanhas Rochosas, que se esparramam por boa parte do estado, parecem surgir do nada a oeste de Denver, a capital, trazendo com elas uma densa floresta de pinheiros e algumas das estações de esqui mais famosas dos Estados Unidos: Aspen-Snowmass, Beaver Creek, Breckenridge, Keystone, Steamboat, Telluride, Winter Park e Vail, meu destino naquela viagem.
Não é exagero dizer que o esqui faz parte do DNA do Colorado. No início, ele era um meio de locomoção para as pessoas que buscavam prata e ouro nesse território do (velho) oeste do país. À medida que a mineração perdeu a força, o esqui fez a sua transição de meio de transporte essencial para a atividade recreativa como a conhecemos hoje. Por isso, muitas estações de esqui atuais descendem de antigas cidades mineiras.
A história de Vail, porém, é um pouco diferente. Durante a Segunda Guerra Mundial, o legado de esqui do Colorado assumiu uma nova identidade com a formação da 10th Mountain Division (Décima Divisão da Montanha), uma divisão militar que treinava esquiadores talentosos para se tornarem soldados aptos a lutar em regiões montanhosas. Os combatentes foram mandados em operações contra os japoneses no Alasca e contra os italianos na cordilheira dos Apeninos.
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Quando voltaram para casa, alguns dos veteranos encabeçaram a fundação de Vail em 1962. Inspirados nas estações de esqui que tinham visto na Europa, eles ergueram do zero construções ao estilo da Baviera e ruas que privilegiavam os pedestres. Tudo isso na base de uma montanha escolhida a dedo: estatisticamente, o destino tem em média mais de 300 dias ensolarados por ano, além de quase dez metros de neve.
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Vail é hoje a maior estação de esqui do Colorado (o que não é pouca coisa considerando a concorrência) e a terceira dos Estados Unidos, perdendo só para Park City, no Utah, e Big Sky, em Montana. A seguir, você confere um guia para aproveitar o melhor do destino no inverno:
O ESQUI EM VAIL
A estação de esqui de Vail consiste em uma única montanha que é atendida por quatro vilarejos em sua base, cada um com um meio de elevação principal. Olhando para a montanha, da esquerda para a direita, eles são Golden Peak (com o Riva Bahn Express Lift), Vail Village (com a Gondola One), Lionshead (com a Eagle Bahn Gondola) e Cascade Village (com o Cascade Village Lift).
Pouco movimentada, Golden Peak possui escolas de esqui para adultos e crianças, que ministram aulas em grupo e particulares. A área de aprendizagem fica bem na base, de forma que os iniciantes sequer precisam pegar o Riva Bahn Express Lift. Para quem já esquia, o teleférico de cadeira aberta deixa no meio da montanha, próximo a opções de pistas para todos os níveis. É entre Golden Peak e Vail Village, aliás, que ficam boa parte das pistas avançadas.
Em Vail Village, a escola de esqui ministra apenas aulas particulares para adultos e crianças que estão nos níveis intermediário e avançado. Ou seja, nada de iniciantes e nada de aulas em grupo por aqui. Os alunos se reúnem com os professores na base da montanha e embarcam juntos na Gondola One, com cabines fechadas que conseguem transportar até dez passageiros. O desembarque é em uma porção intermediária da montanha conhecida como Mid-Vail, onde há infraestrutura de restaurantes, bares e banheiros.
Quando cheguei ali, entendi o porquê de Vail Village não ter aulas para quem está esquiando pela primeira vez: ainda que existam pistas para iniciantes, o terreno íngreme exige destreza e experiência. Há boa quantidade de pistas intermediárias e, mais perto do lado de Golden Peak, pistas avançadas.
Mas vale pegar a Gondola One e conhecer Mid-Vail nem que seja como pedestre: há um bom restaurante ali, o The 10th (veja em “Onde comer em Vail”), e a vista é lindíssima.
Lionshead, mais democrática, tem escolas de esqui com aulas em grupo e particulares para todas as idades. As crianças aprendem em uma área lúdica na base da montanha, onde há inclusive um parquinho. Adultos que nunca esquiaram na vida encontram com o professor na base da montanha para pegarem juntos a Eagle Bahn Gondola, que tem capacidade para doze pessoas em cabine fechada.
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Apesar de eu já ter feito duas aulas no Valle Nevado seis meses antes, preferi me juntar aos iniciantes. Meu professor, Martín, era um sorridente argentino de Buenos Aires que passa metade do ano lecionando na estação de Cerro Catedral, em Bariloche, e a outra metade em Vail. Não são poucos os professores argentinos e chilenos e há uma quantidade significativa de alunos mexicanos, de forma que o espanhol é língua franca em todos os lados da montanha.
A Eagle Bahn Gondola, na qual eu embarquei, deixou o nosso grupo em uma porção bastante plana da montanha chamada Eagle’s Nest que, puxa, é um verdadeiro paraíso para os iniciantes (e inseguros) como eu. Há vários declives leves para treinar as primeiras descidas e mais uma porção de pistas curtas e fáceis para ir ganhando coragem. E o melhor: com magic carpets, espécie de esteiras rolantes que agilizam a subida. Com isso, senti que evoluí e no dia seguinte tomei coragem para encarar descidas sozinha.
Os alunos que já esquiaram antes se encontram com o professor direto em Eagle’s Nest, onde há também infraestrutura de restaurantes, bares e banheiros. De lá partem várias pistas iniciantes e intermediárias: são poucas as avançadas em Lionshead.
Cascade Village, por fim, basicamente se resume ao Cascade Village Lift, teleférico de cadeiras abertas que se conecta com a vizinha Lionshead.
No total, a estação possui 32 meios de elevação e 278 pistas demarcadas: 18% de nível iniciante (sinalizadas no mapa pela cor verde), 29% de nível intermediário (azul) e 53% de nível avançado (preto). Veja o mapa aqui ou pelo aplicativo (disponível para iOS e Android), que também traz câmeras ao vivo, previsão do tempo e alertas.
QUANTO CUSTA ESQUIAR EM VAIL?Os Lift Tickets, que permitem usar os meios de elevação, custam a partir de US$ 249 por um dia (os valores podem variar de acordo com a data e a disponibilidade). Há desconto comprando três dias ou mais. É possível reservar com antecedência pelo site. Dica: caso você queira usar a Gondola One (em Vail Village) e a Eagle Bahn Gondola (em Lionshead) apenas para curtir as vistas ou almoçar, sem esquiar, existe o Scenic Gondola Ride, que custa US$ 75. Compre na bilheteria local ou pelo site. As aulas de esqui ou snowboard em grupo, divididas por nível de habilidade, custam US$ 264 por meio dia (2h30) e US$ 355 pelo dia inteiro (5h30). Já as aulas privativas custam US$ 1.102 por três horas e US$ 1.426 pelo dia todo. Reserve pelo site. São várias as lojas em Vail Village e Lionshead que alugam equipamentos. Para o combo de botas, esquis e bastões ou botas e snowboard, os preços giram em torno de US$ 70 por dia nas mais econômicas, US$ 80 em lojas de marcas especializadas como a Burton e US$ 100 em lojas multimarcas mais luxuosas como a Gorsuch. Se precisar também de capacete, considere mais US$ 15 por dia. *Preços para adultos em fevereiro de 2024. |
VAIL ALÉM DO ESQUI
Em Golden Peak e Cascade Village praticamente só existem condomínios de apartamentos e alguns hotéis. Por isso, os principais vilarejos são Vail Village e Lionshead, onde o programa consiste em perambular pelas ruas, muitas delas fechadas para carros, de olho nas charmosas construções com telhados pontiagudos.
Vail Village tem o maior número de hotéis, restaurantes, comércios e galerias de arte. O centro de tudo é a Solaris Plaza, onde fica a pista de patinação Solaris Plaza Ice Rink e o boliche DECA + Bol.
Ali também está o novo Chasing Rabbits. O espaço descolado, aberto em dezembro de 2022, tem temática de Alice no País das Maravilhas e mistura arcades, restaurante, bar speakeasy e baladinha.
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Uma parada imperdível é no Colorado Snowsports Museum and Hall of Fame, de entrada gratuita. A exposição conta a interessante história da 10th Mountain Division e da fundação de Vail, mas pirei mesmo com a parte que mostra a evolução nas roupas e nos equipamentos de esqui nos últimos cem anos.
Entre as lojas, não espere encontrar grandes grifes: a maioria vende roupas de inverno, equipamentos esportivos e souvenires. Algumas, porém, se destacam e valem a espiada, mesmo que você não tenha a intenção de comprar nada.
É o caso da Kemo Sabe, que vende botas, cintos e fivelas no melhor estilo Velho Oeste. O destaque são os chapéus e a possibilidade de personalizá-los com uma infinidade de acessórios: tem correntes, broches, penas, fitas e cartas de baralho. São verdadeiras joias, até porque um chapéu não sai por menos de US$ 350 e pode custar até US$ 1.000.
Na Loro Piana encontrei as peças de cashmere mais macias que eu já toquei, enquanto a J. Cotter Gallery tem brincos, colares, anéis e pulseiras de ouro e prata com designs descolados. A Gorsuch, por fim, é uma multimarcas local com uma curadoria do que há de mais elegante em roupas de esqui.
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Lionshead é mais compacta e também mais charmosa. Na maior parte do tempo, eu andava olhando para cima para não perder os detalhes das construções ao estilo da Baviera – especialmente na Vail Square, que corresponde ao coração do vilarejo.
Nesse sentido, o destaque é o hotel The Arrabelle. A cada vez que olhava, eu descobria um novo ornamento: desenhos esculpidos na pedra, pinturas florais na fachada, madeiras trabalhadas nas sacadas… Me lembrou muito o reino fictício de Arendelle da animação Frozen. Seria coincidência nomes tão parecidos?
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Para tornar o cenário ainda mais digno de contos de fada, em frente ao The Arrabelle fica a pista de patinação Alderhof Ice Rink. E essa não é a única atração que faz de Lionshead uma boa opção para as famílias com crianças: há ainda o charmoso parquinho Sunbird Park e o museu infantil Imagination Station, com experimentos científicos, telas interativas e outras atividades mão-na-massa.
Vail como um todo é conhecida pelos spas, que também entram na lista de opções de atividades além do esqui. Com piscinas aquecidas, jacuzzis, saunas e tratamentos mil, eles ficam dentro dos hotéis, mas recebem também não-hóspedes. Os melhores são o do Four Seasons, The Lodge at Vail, The Sebastian e The Sonnenalp, em Vail Village, e The Arrabelle, em Liosnhead.
Fique de olho ainda nos eventos que rolam durante o inverno. O Revely Vail marca o início da temporada com apresentações de patinação, baladas e workshops. O Vail Holidays, de dezembro ao início de janeiro, traz um mercado natalino e visitas do Papai Noel. O Winterfest, durante o mês de janeiro, exibe esculturas de gelo ao longo da Gore Creek Promenade. Já as 10th Mountain Parades homenageiam a 10th Mountain Division em 24 de fevereiro e 10 de março com um desfile de homens com trajes de soldados da antiga divisão.
ONDE FICAR EM VAIL
O Four Seasons, onde me hospedei, tem como trunfo a localização na porta de entrada de Vail Village, mas ainda a uma caminhada de distância de Lionshead. O hotel guarda um dos maiores spas do pedaço e mima os hóspedes com shuttle gratuito e serviço de ski concierge, que cuida dos equipamentos de esqui e snowboard para você. Veja o relato completo da minha experiência no Four Seasons.
Do outro lado da rua está o The Sebastian, dono de uma piscina aquecida ao ar livre escoltada por hot tubs.
Um pouco mais adiante, The Sonnenalp tem toda uma carinha alemã com os móveis de madeira encomendados da Baviera e estampas xadrez nos quartos. O hotel mantém uma base para os seus hóspedes guardarem os equipamentos de esqui aos pés da Gondola One.
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A poucos metros da Gondola One, The Lodge at Vail abriu em 1962 como o primeiro hotel de Vail e por isso conserva um charme antigo e ares europeus, ainda que os quartos tenham passado por uma boa modernização. No miolinho de Vail Village, em uma rua por onde só circulam pedestres, o Austria Haus é inspirado em um chalé austríaco e possui apenas 25 quartos.
Bem no coração de Lionshead, a alguns passos da Eagle Bahn Gondola, o destaque é já citado e belíssimo The Arrabelle, com arquitetura inspirada nas construções da Baviera. Os quartos são munidos de lareiras e cortinas de dossel sobre as camas e há um spa de quase mil metros quadrados.
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Um pouco mais distante da gôndola, mas ainda a uma curta caminhada de distância, The Ritz-Carlton é composto exclusivamente por apartamentos, que podem ser de dois, três ou quatro quartos. Todos são munidos de salas de estar e cozinha.
Em Cascade Village, o Grand Hyatt é uma opção de hotel ski-in/ski-out, ou seja, em que é possível chegar e sair esquiando. Moderno e luxuoso, ele fica praticamente colado no Cascade Village Lift, que se conecta com as pistas de Lionshead.
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VAIL VILLAGE x LIONSHEAD: ONDE SE HOSPEDAR?Hospede-se em Vail Village se você… Hospede-se em Lionshead se você… |
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RESTAURANTES, BARES, CAFÉS E APRÈS-SKI EM VAIL
Um hit no café da manhã é o Little Diner em Lionshead, que desde 1975 tem decoração e cardápio clássicos de diner americano: espere encontrar ovos com bacon e panquecas. Mas se estiver a caminho da gôndola em Vail Village, convém fazer uma parada no Two Arrows e abastecer-se com croissants, bagels e quiches.
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O almoço geralmente é na montanha, já que a prioridade é curtir as pistas. Na chegada das principais gôndolas e lifts há restaurantes que servem lanches rápidos. O destaque fica mesmo para o The 10th, no topo da Gondola One em Vail Village, cujo carro-chefe é a pot pie (espécie de empadão recheado de frango e legumes).
Ao entardecer, o après-ski rola em bares na base da montanha. Um dos mais famosos em Vail Village é o do The Red Lion: os esquis ficam “estacionados” do lado de fora enquanto a turma curte o pub com cervejas locais e música ao vivo todos os dias a partir das 16h.
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Outra boa opção é o Pepi’s, pertinho da Gondola One, que desde 1964 serve comidas austríacas, como é o caso dos pretzels e do schnitzel. Mais casual é o The George, frequentado inclusive pelos instrutores de esqui.
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Agora, se o que você procura é sofisticação, vá ao The Fitz Elevated Bar + Bites, que serve drinques em um terraço ao ar livre, ou ao Remedy Bar dentro do hotel Four Seasons, que prepara o chocolate quente mais famoso do pedaço.
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No Garfinkel’s, clássico de Lionshead, é preciso escolher entre o salão, repleto de memorabília nas paredes, e a área externa, que fica ao lado da gôndola e tem vista para as pistas. Já o Bart & Yeti’s, todo de madeira, é um favorito dos locais há quatro décadas: peça o chilli, que ganhou vários prêmios ao longo dos anos.
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A depender da animação, o après-ski pode se estender noite adentro. Mas geralmente o pessoal volta para o hotel a tempo de se arrumar e ir jantar cedo – afinal, as pistas aguardam no dia seguinte. Comecemos pelos restaurantes em Vail Village.
O Flame, dentro do hotel Four Seasons, é uma steakhouse com ingredientes típicos do Colorado e toques latinos. Vale provar a macia costela de wagyu, que cai bem com o cremoso risoto de quinoa trufado com cogumelos, ou a levíssima truta com creme de cebola.
O Russell’s e o Slope Room também entram na lista de steakhouses. No primeiro, os diferentes tipos de cortes de carne são acompanhados de batata e brócolis, sendo que é possível adicionar uma gorda pata de king crab ao prato. Já no Slope Room, o destaque vai para os ingredientes orgânicos vindos de fazendas e ranchos das Montanhas Rochosas.
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Ainda falando de culinária norte-americana, o Sweet Basil é um clássico de Vail. Aberto desde 1977, ele serve carnes de caça como o lombo de veado, que chega coberto com sementes de mostarda e molho de mirtilo. Em 2012, foi inaugurado seu “irmão caçula” Mountain Standard. Pedi dois favoritos do restaurante: a salada wedge com bacon e molho de queijo azul e o pimento cheese (pasta feita com queijo, maionese e pimentão) servido com pãezinhos. Deliciosos!
A inspiração alpina está não só na arquitetura, mas também na gastronomia de Vail. Completando 50 anos de existência em 2024, o Alpenrose é um restaurante de culinária alemã, austríaca e suíça: batata rosti, schnitzel com spatzle e goulash estão entre as opções servidas no chalé de madeira que mais parece uma casinha de bonecas.
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Mais recentemente, cinco cabines de gôndola trazidas da Europa foram instaladas no pátio do restaurante, cada uma delas equipada com mesa para quatro pessoas, aquecedor, luzes ajustáveis e caixas de som Bluetooth. Ali são servidos pretzels como aperitivo e fondue e raclette como pratos principais. Reserve com antecedência aqui.
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Você também encontra boa fondue e raclette no Swiss Chalet, dentro do hotel Sonnenalp. Já no Leonora, do The Sebastian, a inspiração é nos Alpes Franceses e nos Pirineus Espanhóis: a proposta é pedir várias tapas para dividir.
Para culinária francesa, vá à brasserie Vintage ou ao restaurante La Tour, cujo carro-chefe são as ostras.
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Dentre os italianos, o Vendetta’s é um favorito dos locais: assa pizzas o dia todo e possui um menu cheio de clássicos descomplicados como minestrone, lasanha e spaghetti com almôndegas. O La Bottega foca na culinária toscana, sendo que no início da temporada há um menu especial com pratos que recebem generosas lascas de trufas. E o La Nonna prepara massas frescas todos os dias.
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O japonês mais famoso da cidade continua sendo o Matsuhisa, do renomado chef Nobu, que mescla pratos tradicionais japoneses e ingredientes peruanos. Mas vem chamando atenção também o Osaki’s, cujo chef Takeshi Osaki aprendeu a fazer sushi com o avô em Osaka e trabalhou no Nobu em Aspen antes de abrir o seu restaurante em Vail.
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Por fim, Vail Village também tem bons mexicanos. Aos pés da Gondola One está o Los Amigos, restaurante mexicano mais antigo de Vail. O El Segundo, mais no miolo do centrinho, foca em tacos e tequilas.
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Lionshead tem menos opções gastronômicas. A maioria dos restaurantes fica dentro dos hotéis, como é o caso do Tavern on the Square do The Arrabelle, com um menu variado que vai de hambúrgueres e tacos a massas e carnes.
Outras boas pedidas incluem o Blue Moose, pizzaria bem próxima das pistas que está em funcionamento desde 1995, e o Montauk Seafood Grill, que serve os melhores frutos do mar da região.
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COMO CIRCULAR EM VAIL
Vail possui um serviço de ônibus gratuito que fica circulando entre Golden Peak, Vail Village, Lionshead e Cascade Village. Painéis luminosos, presentes na maioria dos pontos, indicam quanto tempo falta para a chegada do próximo ônibus, o que geralmente acontece em menos de dez minutos. Ainda assim, as paradas principais são cobertas e possuem bancos para você aguardar sentado.
Dentro do ônibus, há televisores e avisos informando a próxima parada. Mais fácil de usar, impossível. Nenhuma vez peguei o ônibus cheio: o horário de pico corresponde à abertura das gôndolas, quando os assentos se enchem, mas ainda sobra espaço para ir em pé, mesmo com todo mundo carregando seus equipamentos de esqui e snowboard.
Com um sistema de transporte público desse, você não precisa de mais nada, mas muitos hotéis ainda oferecem shuttles entre os vilarejos. Também anda-se muito a pé: Vail Village e Lionshead possuem ruas por onde só circulam pedestres e com calçadas aquecidas, o que impede que a neve se acumule. O Uber é uma opção para deslocamentos mais longos, como para ir até outras estações de esqui do Colorado.
COMO CHEGAR EM VAIL
Os aeroportos mais próximos de Vail são o de Eagle, a quarenta minutos, e o de Denver, a duas horas e meia.
-> Por Eagle:
Até Eagle, saindo de São Paulo, a United voa com conexão em Nova York (9h30 no voo internacional + 4h37 no doméstico) ou em Chicago (10h35 + 2h57). A Delta leva via Atlanta (9h53 + 3h29) ou Los Angeles (12h20 + 2h17). Já a American Airlines faz conexão em Miami (8h25 + 4h47).
Charmoso que só, o Aeroporto de Eagle ocupa uma construção pequena com telhado pontudo de madeira. É o tipo de aeroporto que não tem erro: há apenas os guichês das companhias aéreas, três esteiras de bagagem e um balcão das empresas que fazem transporte para as estações de esqui dos arredores.
A Highmountain Taxi, por exemplo, leva para Vail em van compartilhada com até seis pessoas por US$ 165. Outra opção é contratar previamente o serviço de carros de luxo privativos, como os da B-LineXpress, que cobra US$ 285 pelo trajeto.
Alugar carro só vale a pena se você pretende conhecer outras estações de esqui, já que em Vail o veículo vai ficar estacionado o tempo todo.
-> Por Denver:
Até Denver, saindo de São Paulo, a United voa com conexão em Nova York (9h30 no voo internacional + 4h27 no doméstico), Chicago (10h35 + 2h41) ou Washington D.C. (10h05 + 3h43). A Delta leva via Atlanta (9h53 + 3h24) e a American Airlines, por Dallas (10h25 + 2h06).
Ao desembarcar no Aeroporto de Denver, maior e mais estruturado, é possível seguir em carro alugado ou contratar um shuttle de empresas como a Epic Mountain Express (a partir de US$ 99).
Existe ainda a possibilidade de, no próprio aeroporto, embarcar na Linha A dos trens RDT (US$ 10) e descer na Denver Union Station, onde saem os ônibus da linha West Line da Bustang (US$ 17) rumo a Vail Village.
Veja no mapa abaixo todas as atrações (vermelho), hotéis (verde) e restaurantes (azul) mencionados na reportagem:
Veja as melhores opções de voos para Vail