OMS aprova uso emergencial da CoronaVac
Com a aprovação, abre-se caminho para que o principal imunizante aplicado no Brasil seja aceito na Europa e em outros países. O turismo comemora
A Organização Mundial da Saúde aprovou no início da tarde desta terça-feira (1) o uso emergencial da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac. A OMS afirmou que a vacina atende aos padrões internacionais de segurança, eficácia e de fabricação. A inclusão da CoronaVac na lista de vacinas aprovadas deve aumentar a distribuição global do imunizante, já que agora ela pode ser comprada e incorporada ao consórcio Covax Facility, que distribui o imunizante para mais de cem países.
A inclusão da CoronaVac na lista de vacinas aprovadas abre uma pequena fresta para que brasileiros voltem um dia a viajar para a Europa, ainda que nada tenha sido oficializado e estejamos ainda proibidos de entrar no bloco europeu. Mesmo aprovada pela OMS, a CoronaVac ainda precisa do aval da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que seria o equivalente a Anvisa. Por enquanto, a Europa aprovou apenas a entrada de pessoas que tenham sido totalmente imunizadas com doses da Pfizer, Oxford/Astrazeneca, Janssen e Moderna.
Estudo indica que, com 75% de vacinados, pandemia pode ser controlada
Um estudo de efetividade da CoronaVac, conduzido pelo instituto Butantan, indica que a pandemia poderia ser controlada no país com 75% da população vacinada. Os dados foram apresentados pelo governo de São Paulo nesta segunda-feira (31). O estudo inédito no mundo teve como base o município de Serrana, no interior paulista, onde 95% da população adulta da cidade recebeu o imunizante chinês.
Após a aplicação das duas doses, foi constatada uma queda de 95% das mortes, 86% nas hospitalizações e 80% nos casos sintomáticos da doença. A cidade, de 45 mil habitantes, foi escolhida para a vacinação em massa porque tinha um alto índice de contágio. O que os números mostram, de forma categórica, é que só existe um caminho para controlar a pandemia: vacina para todos os brasileiros.