Vale do Loire para além dos castelos
Noites bem dormidas, mesas estreladas e um dos cenários mais encantadores da França
Natureza, arte e gastronomia. Assim, o Vale do Loire, conhecido pelos castelos de contos de fada, vem ressignificando o turismo nessa região da França. Propriedades têm investido em experiências que celebram a beleza e o terroir local.
Hoteleiros, chefs e empresários do Loire já pensavam, antes da pandemia, sobre a necessidade de explorar o potencial natural, artístico e gastronômico da região. Com a queda brusca na visitação, eles mudaram o foco, como mostra uma recente reportagem do suplemento de viagens do jornal The New York Times.
Declarado Patrimônio Mundial pela Unesco, o Vale do Loire atraía 9 milhões de visitantes por ano antes da pandemia. Mas, em 2020, a diminuição na visitação foi de 43%; e, em 2021, de 32%. Em busca de recuperar os visitantes e convidá-los a aproveitar mais do que belos castelos como o Château de Chenonceau, antigas e novas propriedades passaram a oferecer experiências genuinamente locais.
Uma das novidades é o Fleur de Loire, hotel de luxo que o chef Christophe Hay, dono de duas estrelas Michelin, abre em Blois no dia 13 de junho. Instalado em uma construção do século 17, terá dois restaurantes, uma pâtisserie em um quiosque, spa e 44 quartos. A estufa e a horta de 2,5 acres, com sistema de agricultura sustentável, serão abertas à visitação.
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Em setembro de 2020, a região já tinha ganhado o spa e hotel Les Sources de Cheverny, instalado em uma mansão do século 18 restaurada. Com 110 acres de campos e vinhedos, o lugar conta com dois restaurantes. O L’Auberge serve pratos tradicionais, enquanto o Le Favori acaba de receber sua primeira estrela Michelin pela cozinha do chef Frédéric Calmels. E não bastasse a gastronomia, a localização é outro trunfo: a propriedade fica a 10 minutos de bicicleta do Château de Cheverny e a 45 minutos do Château de Chambord. O Les Sources de Cheverny é do mesmo grupo dono do Les Sources de Caudalie, na região rural de Bordeaux e muito procurado por brasileiros.
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Já no pequeno Château de la Haute Borde, quatro dos nove quartos são reservados a artistas residentes para acomodações de uma semana a um mês. Passeios no bosque de carvalho, banhos na piscina aquecida e refeições comunitárias com os artistas estão entre as atividades oferecidas. Aberto há dois anos, o lugar fica a cinco minutos de carro do Domaine de Chaumont-Sur-Loire, conhecido centro de arte contemporânea na região.
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O trajeto de Paris ao Vale do Loire pode ser feito de trem pela SNCF, para cidades como Blois, Orléans, Nantes ou Amboise; o trajeto leva de uma a duas horas em média. Existem também tours diários partindo da capital francesa. Mas, para degustar a região com tempo, o indicado é alugar um carro e circular pelas cidades localizadas em 280 quilômetros ao longo do leito do Rio Loire, onde se concentram cerca de 300 castelos. Veja aqui um roteiro pelo Loire.
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